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Trabalho Derivados de Soja

Por:   •  12/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.362 Palavras (14 Páginas)  •  469 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China (BRASIL, 2004).

Foi introduzida na Europa por um botânico alemão, aproximadamente em 1712 e, mais tarde, recebeu do botânico sueco Lineu o nome científico de Glycine max. Tendo sido iniciados estudos da soja como fonte de óleo e nutriente animal por pesquisadores europeus, no final do século XVIII a soja chegou aos EUA, embora a introdução oficial como cultura comercial não tenha ocorrido antes do início do século XX. A partir do final da Primeira Guerra Mundial, em 1919, a soja passou a ter destaque efetivamente internacional e, em 1921, foi criada uma associação para cuidar dos interesses de toda a cadeia da soja nos EUA, a American Soybean Association (BENASSI, 2011).

No Brasil, foi cultivada pela primeira vez em 1901, na Estação Agropecuária de Campinas; foi trazida também pelos primeiros imigrantes japoneses em 1908 e sua introdução oficial foi em 1914, no Rio Grande do Sul. Porém, sua expansão aconteceu nos anos 70, com o interesse crescente da indústria de óleo e a demanda do mercado internacional (BRASIL, 2004).

A soja, pelas suas qualidades nutricionais, facilidade de adaptação a quase todas as regiões do globo, alta produção e facilidade de cultivo, pode ser considerada como um dos alimentos para a população do futuro (BRASIL, 2004).

Segundo Alencar et al., (2008), as principais características que determinam a qualidade dos grãos são: teor de água baixo e uniforme; percentuais reduzidos de material estranho, de descoloração, de susceptibilidade à quebra, de danos pelo calor (trincas internas), danos causados por insetos e fungos; valores elevados de massa específica, concentração de óleos e proteínas e viabilidade.

O rápido desenvolvimento do cultivo da soja no País, a partir dos anos 60, fez surgir um novo e agressivo setor produtivo, altamente demandante por tecnologias que a pesquisa ainda não estava estruturada para oferecer na quantidade e qualidade desejadas. Consequentemente, os poucos programas de pesquisa com soja existentes na região foram fortalecidos e novos núcleos de pesquisa foram criados no sudeste e centro oeste, principalmente (BRASIL, 2004).

Visto que a cultura da soja possui um papel importante na economia brasileira, constituindo-se fontes de matéria prima para uma série de alimentos industrializados, se torna relevante um estudo a cerca de suas características, bem como das etapas do seu processamento até a obtenção de produtos que estarão disponíveis aos consumidores.

  1. OBJETIVOS

A finalidade deste trabalho é apresentar, através de uma revisão bibliográfica e fluxogramas, o processo de transformação da matéria prima, soja, em produto acabado, e desta forma, obter condições para desenvolver um produto a partir de um derivado deste grão.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  1. SOJA

A soja é um produto agrícola de grande interesse mundial devido a sua versatilidade de aplicação em produtos alimentícios e ao seu valor econômico no mercado nacional e internacional. A soja é uma leguminosa super nutritiva que contêm proteínas, vitaminas, minerais e fibras.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de grão de soja, com uma produção de 85,656 milhões de toneladas, sendo o Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja) com uma produção de 26,442 milhões de toneladas (EMBRAPA 2014).

A soja é considerada a rainha das leguminosas, dispõe de uma oferta muito grande do óleo, pois quase 90% da produção de óleo no Brasil provém dessa leguminosa (Ferrari, 2005).

Segundo ANVISA (2006), óleo de soja, é um óleo refinado obtido dos grãos da espécie Glycine max (L) Merrill, por meio de processos tecnológicos adequados.

Os óleos vegetais são produtos naturais constituídos por uma mistura de ésteres derivados de glicerol (triacilgliceróis ou triglicerídeos), cujos ácidos graxos contem cadeias de 8 a 24 átomos de carbono com diferentes graus de instauração. Conforme a espécie de oleaginosa, variações na composição química do óleo vegetal são expressas por variações na relação molar entre os diferentes ácidos graxos presentes na estrutura (OLIVEIRA, 2008; NETO e ROSSI, 200).

Óleos e gorduras tem um papel fundamental na alimentação humana. Além de fornecerem calorias, que agem como veículos para as vitaminas lipossolúveis, como A, D, E, K1 (OLIVEIRA, 2008). São varias as aplicações do óleo de soja para a alimentação humana, mas não depende só da composição, mas também da quantidade ingerida.

Hoje, os alimentos de soja e suas técnicas de preparação estão difundidos por todo o mundo As inovações em termos de processamento e de embalagem modernizaram os métodos tradicionais, com aumento no rendimento e na qualidade dos produtos e redução nos custos de produção, resultando no aumento da popularidade desses produtos (BENASSI, 2011).

A soja proporciona diversos benefícios para a saúde. O grão auxilia na redução dos níveis do colesterol ruim, o LDL, e ajuda a elevar os níveis de HDL, o colesterol bom. O alimento também possui isoflavonas, substâncias que ajudam a atenuar os efeitos da menopausa e evitar a perda de massa óssea. Também é rica em proteínas, nutriente que auxilia no crescimento de crianças, na formação e manutenção dos órgãos e na cicatrização. Assim, ela pode ser um bom substituto para a carne. Ela também é rica em fibras, por isso o seu consumo ajuda a melhorar o trânsito intestinal.

A recomendação do Ministério da Saúde é consumir uma quantidade diária máxima de uma concha de soja por dia, o equivalente a cerca de 100 gramas. Também é interessante não comer o alimento diariamente, procure restringir o consumo para três vezes por semana devido à alta quantidade de isoflavonas que, por terem efeito semelhante ao hormônio feminino, podem causar problemas quando ingeridas em excesso. A orientação vale tanto para homens quanto para mulheres. 

É a soja a maior responsável pela implementação da mecanização das lavouras brasileiras, pela modernização do sistema de transportes, pela expansão da fronteira agrícola, pela profissionalização e pelo incremento do comércio internacional, tendo contribuição direta na tecnificação de outras culturas como trigo e o milho (BRASIL, 2004).

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