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A DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Por:   •  30/3/2017  •  Artigo  •  955 Palavras (4 Páginas)  •  2.012 Visualizações

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ARTIGO 1: DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

De que forma o docente universitário pode e deve utilizar a didática como elemento facilitador do processo de ensino-aprendizagem?

O artigo propõe discutir a problemática da didática no ensino superior, tendo em vista necessidade crescente de formação de professores de ensino superior, que mais que dobrou à partir de 2001. Com a origem grega didaktiké (“a arte de ensinar”), sua definição de um conjunto de atividades organizadas pelo docente, visando favorecer a construção do conhecimento pelos estudantes, sem caráter normativo ou mesmo prescritivo, ajustando-se ao projeto educativo necessitado por aquela sociedade (ESPIRITO SANTO, 2013) e objetivando aprimorar o profissional, que além de desenvolver sua prática numa competência específica do conhecimento, deve refletir sobre ela.        Os educadores da corrente Didática crítico-social, objetivando a educação como instrumento transformador de mudanças sociais, defendem o aluno como agente atuante dessas mudanças. Desde 2007, através do triângulo didático de Fiore Ferrari e Leymonié Sáen, objetivando uma melhor compreensão dos processos de ensino-aprendizagem, através do contrato didático(propostas para superar os obstáculos e promoção do aprendizado, considerando aquilo que seja importante para o professor e para o aluno), defendem a didática sob uma ótica que contemplaria as dimensões dos saberes culturais(os conceitos teóricos daquela área do conhecimento), além do aluno(as distintas estratégias de aprendizagem, a psicologia de quem aprende, suas concepções prévias, condicionadas num modelo sócio cultural) e o docente(modelos de ensino, o projeto das atividades, a psicosociologia dos professores condicionados pela instituição e o contexto em que ensina).

Com base nos estudos de Filosofia, recebe à partir do século XX contribuições importantes da Biologia e Psicologia, favorecendo aspectos psicológicos cada vez mais relevantes relacionados com o processo de ensino e aprendizagem e contribuindo na elaboração dos objetivos e planos de ensino, além da seleção dos conteúdos e técnicas de ensino (GIL, 2008).

O entendimento de como deve ocorrer o processo de aprendizagem é imprescindível para obter êxito nas estratégias de transposição didática, através de pelo menos cinco abordagens distintas:

1-Tradicional - O processo de aprendizagem é centrado no professor especialista, que transmite os conteúdos para os alunos, e que por sua vez, devem assimilar passivamente as informações e consequente memorização dos conteúdos.

2-comportamentalista ou behaviorista - A aprendizagem é fruto da experiência, como resposta aos estímulos do docente que são mensurados quantitativamente, modelando ou reforçando o comportamento desejado determinado pelas condições do meio, sendo o estudante um ser passivo que reage aos estímulos do meio, podendo gerar mudanças nos educandos ao manipular as condições do meio e tendo o professor esse controle, independente da interação do aluno. Gil, 2008);

3-humanista – com ênfase no papel do sujeito como principal elaborador do conhecimento humano, dando ênfase ao crescimento que dela se resulta , centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo na sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada . O professor em si não transmite o conteúdo , dá assistência sendo facilitador da aprendizagem, criando condições para que os alunos aprendam. Mizukami, 1986.

4-cognitiva - Fundamentado nas teorias da reestruturação que concebem a aprendizagem como uma mudança, não automática nem tampouco mecânica, implicando que aquele que aprende tem consciência de seus próprios saberes, sendo capaz de refletir sobre eles e dando-lhes novos significados a partir dos conceitos atuais, tendo como estratégia de ensino ajudar o aluno no desenvolvimento de um pensamento crítico e autônomo baseado na instigação constante por parte do docente.

5-sociocultural - principalmente através de Paulo Freire(2007), que atribui ênfase especial ao sujeito como autor e criador de seu próprio conhecimento, fundamentado na dialogicidade-transformação e questionamento contínuo, sendo o ser humano o sujeito integrado ao seu contexto e capaz de refletir sobre este e evoluir rumo a uma consciência mais crítica. Mizukami(1986 apud Espirito Santo, 2013).

Necessitando ser vivenciada e aplicada pelos educadores, essas práticas didáticas e pedagógicas na Andragogia (KNOWLES, 1970) fundamentam-se em cinco princípios básicos (LIMA, 2006; GIL, 2008):

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