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Arteterapia e o uso da Argila

Por:   •  10/7/2018  •  Artigo  •  2.588 Palavras (11 Páginas)  •  654 Visualizações

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Paloma Bolsnavel de Toledo – RA: 7921154 – Artes Visuais 5ºB Noturno

Tema: Arteterapia e o uso da Argila

Autores Referência:  Regina Fiorezzi Chiesa / Deolinda Fabietti / Selma Ciornai

Título da pesquisa: Arteterapia: o processo de criar em argila.

Linha de pesquisa: Arte Educação

1 Metodologia

O presente artigo tem como objetivo analisar a arteterapia no processo de criação em argila, através de autores com conhecimento na área, como, por exemplo, Regina Fiorezzi Chiesa. Esta pesquisa pretende explorar como se dá a manifestação do subconsciente no processo arteterapêutico, trazendo a arteterapia a partir de Jung, além de Naumberg e Florence na continuidade e consolidação da arteterapia.

Trazendo a oficina de argila estudada por Chiesa e a estudada por Fabietti como objeto de relação entre o processo criativo de acesso ao subconsciente e a materialização do mesmo, é possível relacionar a eficácia do método da argila na arteterapia.

De maneira clara, pretende-se mostrar aqui o embasamento teórico que define a importância da arteterapia no bem-estar pessoal e transformador como ferramenta de alcance ao subconsciente.

Através da observação dos autores em seus ateliês e centros de arteterapia e os resultados que encontraram no processo de criação através da argila, este trabalho visa relacionar o uso da arteterapia com os resultados positivos por meio da liberação do inconsciente.

2 Introdução

Apesar de no Brasil a arte como instrumento terapêutico ainda estar em expansão e ser recente, dentro do universo junguiano é familiar, pois é uma prática rotineiramente incluída entre as estratégias terapêuticas dos profissionais que trabalham com esta abordagem.

De acordo com Ciornai (2004), três definições de arte podem estar sempre presentes na atuação do aprendizado terapêutico. A arte como “fazer”, como “conhecer” ou como “exprimir”. É a partir destas três formas que a arteterapia interagem com seus adeptos. A arteterapia é capaz de cuidar da pessoa humana em sua totalidade e em sua essência mais profunda, integrando as áreas básicas do homem: a neurológica, cognitiva, afetiva e emocional. A partir daí, pode promover a aprimoramento das funções egóicas, como a memória, a percepção, a atenção, o pensamento, a capacidade de previsão, exploração, execução, controle da ação.

A prática tem como objetivo ampliar a consciência do ser humano sem adjetivos, aprofundando o significado do homem como indivíduo e ser social, no sentido de compreender o conhecimento e o ensino como processo de construção.

2.1 BASE E CONSOLIDAÇÃO DA ARTETERAPIA

O processo de cura do indivíduo, das suas frustrações, ou de resgate do passado através da arte, e o processo da criação através do acesso ao subconsciente, é tratado por Jung desde seu rompimento com Freud, quando se encontrou em situação de extremo estresse mental, sem saber certamente como lidar com suas faculdades do subconsciente, passou por períodos assustadores ao ter pesadelos recorrentes, e sem conseguir ter uma reflexão intelectual acerca destes sonhos para decifrar o que lhe ocorria.

A partir do ocorrido, decidiu então se entregar ao inconsciente, e ignorar todo seu passado, que ao tentar acessar de forma consciente, não lhe serviram de ferramenta para entender seus sonhos, foi aí que a partir da entrega ao seu imaginário, através do impulso de sua imaginação, decidiu ignorar tudo a tal ponto que simplesmente faria o que lhe ocorresse. (Jung, 1963).

Apareceram-lhe então lembranças de infância em que se entregava a brincar com construção com materiais de sucata. É quando algo de muito importante surge: a lembrança aparece carregada de emoção.

Através desse método, possivelmente hoje chamaríamos de arte-terapia, ele recupera sua capacidade criativa para sair do vazio a que chegou após o rompimento com Freud, recupera seu próprio caminho, restituindo sua saúde mental. “Com isso meus pensamentos se tornavam claros e conseguia apreender, de modo mais preciso, fantasias das quais até então tivera um vago pressentimento” (Jung, 1963).

Jung descobre a partir daí o método da utilização terapêutica da arte, e passa a utilizá-lo em toda sua vida.

Além de Jung, outros autores também puderam contribuir para a consolidação do uso da arteterapia, como foi o caso de Margareth Naumburg, nos EUA, esta autora chama seu método de “Arteterapia de orientação dinâmica”, e pela sua concepção, a arteterapia funcionaria como um espelho das projeções de conflitos inconscientes, desta forma, ajudando a comunicação entre o paciente e o terapeuta, para que ambos pudessem tratar das questões encontradas no imaginário do analisado.

Diferente de Naumburg, Florence Cane, também pioneira no estudo e ensino da arteterapia, trouxe contribuições mais voltadas à expressão artística, não tão relacionadas a psicoterapia, que era o caso de Naumberg, sua irmã. Para Florence, fica evidenciada a cura através do processo artístico. Mais tarde sua metodologia de técnica do rabisco, ficou conhecida como Arte-educação.

2.1 A ARTETERAPIA E A ARGILA

A argila é um material maleável e também por isto “proporciona a oportunidade de fluidez entre material e manipulador como nenhum outro” (Oaklander, 1980). A arteterapia, tendo como objetivo alcançar zonas não facilmente expressadas pelo indivíduo, tem como uma forte vantagem o alcance do inconsciente do paciente ou daquele que faz uso dela deliberadamente.

Algumas técnicas de modelagem podem ser usadas para tratar da cerâmica e entre elas tem-se: pinch ou beliscões – moldagem através do toque com os dedos; cobrindo ou bolo – através de cobrinhas unidas, sobrepondo camadas até alcançar a altura desejada da peça; placas – abre-se com um rolo em uma superfície lisa, até obter a espessura desejada; forma – a massa é aberta e colocada em cima da forma desejada até que seja moldada; construção – cortam-se as placas nas medidas desejadas e depois forma-se uma estrutura a partir da junção das placas; torno – dar forma à argila com as mãos com o auxílio de um prato giratório; escultura – pode possuir diversos formatos, porém, a ideia da escultura é de que a obra seja apreciada de maneira mais ampla.

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