Terapias Corporais Com o Enfoque Cognitivo Comportamental

O texto “Terapia de casais com enfoque cognitivo-comportamental”, traz um olhar diferente para a terapia de casais, um olhar baseado na teoria cognitivo- comportamental, além de uma explanação sobre as diversas técnicas e avaliações que podem ser usadas neste tipo de terapia e exemplos esclarecedores sobre como tais podem ser executadas durante as sessões.

O texto inicia com uma explicação bem detalhada sobre o modelo cognitivo- comportamental e sobre os temas dentro desse modelo, como por exemplo as crenças sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. A teoria cognitivo- comportamental parte do pressuposto que toda ação é influenciada por um pensamento que gera uma emoção para então acontecer uma ação.

Dentro da terapia então o terapeuta dessa abordagem irá trabalhar as  crenças de cada um dos indivíduos, mas isso será feito numa terapia conjunta e não individualmente. Porém o texto relata a possibilidade de uma terapia individualmente em alguns casos, como por exemplo, nas primeiras sessões em que é avaliado a relação e os conflitos existentes nela, além de ser necessária a terapia individual no início.

Após falar sobre a teoria cognitivo-comportamental, o texto começa a explicar o “passo a passo” de como deve ser feita a terapia nesta abordagem. Num primeiro momento o terapeuta deve avaliar a relação identificando os conflitos atuais, os recursos existentes na relação do casal, avaliar as características de cada cônjuge, verificar os principais estressores, avaliar suas habilidades de comunicação, as crenças de cada um e buscar estabelecer uma relação de confiança com o casal.

Na primeira sessão o objetivo deve ser obter o máximo de informação sobre o casal, na segunda sessão o terapeuta precisa discutir sobre a disposição do casal  às mudança. A seguir, de acordo com o texto, o terapeuta deve estabelecer o foco para começar o processo terapêutico, feito isso é necessário que o casal então aprenda a identificar os pensamentos automáticos - neste caso o terapeuta explicará o que são esses pensamentos e como identifica-los.

Pensamentos automáticos são aqueles que surgem espontaneamente em nossa mente, eles podem ser equilibrados ou podem ser disfuncionais. Os disfuncionais são pensamentos distorcidos baseados nas crenças centrais ou intermediárias de cada indivíduo. Essas crenças são desenvolvidas a partir da vivência do indivíduo desde a sua infância.

A partir do momento em que o casal aprender a identificar os pensamentos automáticos disfuncionais devem seguir passos em direção à reestruturação desses pensamentos, no texto é listado algumas das distorções mais comuns entre os casais, algumas delas são: Inferência arbitrária, quando um dos cônjuges tira conclusões precipitadas sem qualquer embasamento; abstração seletiva, quando um dos cônjuges atribui um significado negativo a um detalhe de um interação sem olhar o contexto; hipergeneralização, quando um dos cônjuges toma por base um elemento isolado e estende a sua interpretação para várias situações diferentes, entre outras distorções.

Durante o processo o terapeuta deve levantar questionamentos sobre tais distorções levando o casal a pensar outras possibilidades para o pensamento automático disfuncional, além de indicar que o casal liste os seus pensamentos, o momento em que eles ocorreram e resposta emocional diante deles.

O texto fala sobre uma questão extremamente importante que é a importância da família de origem. De acordo com o texto, os eventos ocorridos na família, a vivência na infância são a fonte das crenças distorcidas que afetam a forma como os indivíduos interpretam o mundo. Durante o processo o terapeuta deve levar em consideração esses eventos.

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