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MALASSEZIA PACHYDERMATIS E SUA CORRELAÇÃO CLÍNICA NA OTITE EXTERNA DE CÃES

Por:   •  22/10/2019  •  Artigo  •  1.261 Palavras (6 Páginas)  •  364 Visualizações

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ARTIGO DE REVISÃO

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MALASSEZIA PACHYDERMATIS E SUA CORRELAÇÃO CLÍNICA NA OTITE EXTERNA DE CÃES

Aline Carvalho Araújo

Artur Oliveira Rocha

Amanda Rodrigues de Meneses

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise sobre a otite externa em cães, que é uma afecção do epitélio do conduto auditivo, podendo também acometer o pavilhão auricular. O micro-organismo mais comumente isolado das otites externas de cães é a levedura Malassezia pachydermatis. Diagnosticada por métodos de exame microscópico direto e cultivo em meio de cultura. A levedura faz parte da microbiota da pele e quando ocorrem alterações no microambiente local como aumento da umidade, da temperatura e do substrato, determinando uma elevação do número de células, ocorre a transição da forma comensal para o parasitismo. Um diagnóstico laboratorial criterioso, associado ao exame direto e às observações clínicas, está diretamente relacionada a benefícios na terapêutica a ser empregada pelo clínico, visando o bem estar do animal.

Palavras Chave: cão, otite externa, Malassezia pachydermatis, micologia

ABSTRACT        

This work presents an analysis of external otitis in dogs, which is an affection of the auditory canal epithelium, and may also affect the auricular pavilion. The most commonly isolated microorganism from external dog otitis is Malassezia pachydermatis. Diagnosed by methods of direct microscopic examination and cultivation in culture medium. Yeast is part of the microbiota of the skin and when changes occur in the local microenvironment as humidity, temperature and substrate increase, causing an increase in the number of cells, the transition from the commensal form to the parasitism occurs. A careful laboratory diagnosis, associated with direct examination and clinical observations, is directly related to the benefits of the therapy to be used by the clinician, aiming the welfare of the animal.

Keywords: dog, otitis externa, Malassezia pachydermatis, mycology

INTRODUÇÃO

A otite externa é a inflamação do tecido cutâneo que recobre a orelha externa, sendo essas desordens observadas no cotidiano da clínica de pequenos animais, principalmente em cães (GUILLOT & BOND, 1999).

Muitas vezes é difícil chegar à etiologia da otite, principalmente nos casos crônicos, onde o fungo leveduriforme M. pachydermatis é um microrganismo comumente presente no epitélio auditivo de cães sadios e naqueles com otite externa.

A M. pachydermatis se apresenta como células isoladas ou em grupo, é lipofílica-não-dependente, com formato oval ou com genulação unipolar, adquirindo o formato de "garrafa".

As otites externas apresentam causas multifatoriais, que provocam alterações locais, seja de pH, umidade, temperatura, seja na microbiota, que facilitam o desenvolvimento de agentes secundários e oportunistas, dificultando o tratamento eficiente (MACY, 1992: LOBELL et al., 1995; BOND et al., 1996).

METODOLOGIA

O acervo tido como base para confecção do artigo de revisão foi acessado por meio de aparelhos eletrônicos com acesso a internet no período de junho de 2018 a fim de concluir a matéria de Microbiologia Veterinária II reafirmando os estudos obtidos sobre o determinado assunto ao longo das aulas.

A pesquisa bibliográfica teve como base um total de 4 (quatro) dissertações, com perfil linguístico somente em português.

Após a leitura dos trabalhos realizou-se a seleção de pontos de relevância considerável em cada documento e, a seguir, foi feita a exposição de forma direta e informativa nas discussões observadas neste artigo.

DISCUSSÕES

A sintomatologia clínica de otite externa, é caracterizada principalmente por hiperalgia periauricular, eritema e balançar constante da cabeça. O aspecto clínico predominante é a presença de exsudato e/ou cerúmen abundante e de consistência pastosa, com hiperplasia e hiperemia do epitélio do conduto auditivo. O excessivo exsudato forma concreções na escafa, às vezes obstruindo o óstio do canal horizontal.

Em um dos estudos no qual analisou 60 amostras, pode-se observar que 49 (81,67%) das amostras apresentavam pelo menos um sinal de otite clínica, concordando com os estudos de BORNAND (2003). Destas 49 amostras, 30% apresentavam no exame direto mais que cinco leveduras por campo microscópico, o que demonstra a atividade comensal nos ouvidos. Resultado este facilmente explicado, uma vez que além da Malassezia pachydermatis, outras leveduras não patogênicas podem ser encontradas no pavilhão auricular. Em relação ao diagnóstico laboratorial de Malassezia sp, foi observado que das 49 amostras positivas por exame direto para leveduras, apenas 16 eram também positivas para Malassezia sp (26,67% do total de amostras).

Esse estudo demonstrou que o diagnóstico laboratorial está associado aos sinais clínicos (100%), confirmando a hipótese que leveduras do gênero Malassezia sp estão envolvidas com otites. E ainda, os resultados desse trabalho, concordam com ANGUS (2004) que reporta em seu trabalho, que a Malassezia pachydermatis é responsável por mais de 57% de todas as infecções que ocorrem nos condutos auditivos de cães.

Outro estudo avaliou o exame direto das amostras dos ouvidos clinicamente normais, no qual 83,3% não apresentaram células morfologicamente compatíveis com M. pachydermatis. Das amostras provenientes de otites, 50% apresentaram mais de 10 células/campo e em somente 12,8% não foram encontradas células de M. pachydermatis.

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