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Os Benefícios de um pneu agrícola ideal

Por:   •  7/12/2017  •  Artigo  •  1.367 Palavras (6 Páginas)  •  344 Visualizações

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Pneus Agrícolas

Os benefícios do pneu agrícola ideal

O tipo do pneu utilizado é um fator limitante para que o trator tenha uma tração ideal, para que haja redução na compactação do solo melhorando sua conservação, redução nos custos de operação e otimização do sistema produtivo. Portanto as curvas de comparação das áreas de contato pneu/solo auxiliam o produtor na escolha desse item tão importante na mecanização do campo.

        A mecanização agrícola no Brasil teve seu boom após a Segunda Guerra Mundial, isso por conta dos incentivos governamentais a industrialização do país e principalmente a compra de maquinário provindos dos mercados americano e europeu. Entretanto, todas essas inovações tecnológicas importadas não eram adaptadas a realidade brasileira, segundo a revista Mundo agrícola de 1965 a implantação da indústria nacional de tratores só teve início no mesmo ano com a criação do Grupo de Trabalho de Mecanização de Agricultura, na qual começaram-se os estudos para adaptações dessas importações a nossas necessidades.

        Durante esse período o Brasil sofreu grande escassez de produtos básicos para a alimentação, esse fato foi resultante da alta demanda de alimentos de grandes centros urbanos atrelada a baixa produção no campo, por causa da falta de bons recursos tecnológicos e pouco respaldo técnico para o aumento de rendimento no cultivo. A partir dai surgiu-se a necessidade de expandir o setor agrícola no país, e então foi durante o regime militar que começaram os avanços das fronteiras agrícolas para o cerrado e pantanal brasileiro, juntamente a ampliação do número de culturas cultivadas internamente que, ao longo do tempo, foram se adaptando a realidade do clima e solo tropical.

        De vinte anos para cá o panorama do mercado agrícola (setor agronômico, florestal e pecuário) brasileiro vem se desenhando conforme a globalização, e em oposição a antiga forte participação do estado no mercado, as empresas vem se fortalecendo e dando as coordenadas no agronegócio atual. Com essas inúmeras inovações e soluções o produtor precisa de conhecimento para decidir o que é melhor para a sua necessidade, sempre levando em consideração o rendimento no campo do investimento feito.

        Atualmente é evidente que o agronegócio nacional vem se superando a cada ano em contrapartida a aqueles tempos em que faltavam produtos para suprir necessidades internas, isto é demonstrado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que comparou os primeiros semestres de 2013 e 2014, na qual houve um crescimento de 2,3% do volume exportado de um ano para outro, e de que o setor representa 45% do valor (faturamento) das exportações totais brasileiras, ou seja, o país não só conseguiu suprir as necessidades internas como também praticamente metade das exportações provém do mercado agrícola, evidenciando um desenvolvimento acelerado da mecanização do campo para tal feito. Isto só é possível se o  desempenho da cadeia produtiva "dentro da porteira" for altíssima, e a principal variável é sem dúvida a escolha de equipamentos a serem utilizados na lavoura. Em feiras de comercialização de máquinas destinados a produtores como Agrishow, realizado anualmente na cidade de Ribeirão Preto, ou Expoforest em Mogi Guaçu, é oferecida uma extensa gama de produtos e marcas para que o consumidor faça a escolha do que mais se adeque as suas necessidades, cultura e propriedade, e isso sem dúvida requer experiência e embasamento para que a utilização dessas máquinas não comprometam as colheitas futuras, sempre conservando  o mais importante no plantio que é o solo.

        Conforme o desenvolvimento e expansão das fronteiras agrícolas tem se observado uma crescente movimentação de máquinas e equipamentos para o manejo do solo e plantio das culturas, assim como o aumento de peso e potência dos tratores utilizados. Esse tráfego crescente de maquinário nas áreas cultivadas tem causado alterações significativas no solo ao que diz respeito à compactação, resultando no aumento da resistência a penetração das raízes, diminuição de porosidade, da permeabilidade, disponibilidade de água e nutrientes a planta. Resulta ainda em um aumento nas perdas de nitrogênio, aumento dos custos para preparo do solo e aumento da erosão devido a redução da condutividade hidráulica.

        Dentre as especificações do trator a ser utilizado, o agricultor deve se ater ao pneu na hora da escolha, pois esse é o principal fator responsável no contato trator/solo. Tradicionalmente, desde o período pós guerra com as importações e os incentivos governamentais ao desenvolvimento industrial, são utilizados nas máquinas agrícolas brasileiras os pneus chamados convencionais ou diagonais, que se caracteriza principalmente por possuir a carcaça composta por lonas que se sobrepõem umas sobre as outras, formando um ângulo de 45o em relação ao eixo de rotação da roda. Contudo, a abertura da economia para maior volume de importações, resultado do plano real a partir de 1994, permitiu a entrada do pneu radial que vem se destacando até os dias atuais, ele é amplamente difundido no mercado tanto agrícola quanto florestal, e se diferencia do diagonal por possuir o ângulo das lonas com 90o em relação ao eixo de rotação. Pela recente chegada deste tipo de pneu no mercado interno é que demandamos mais estudos sobre seu funcionamento e rendimento comparado ao convencional.

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