A ANÁLISE ERGONÔMICA

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) DO ESCRITÓRIO DE UMA EMPRESA DE PRÉ-MOLDADOS DA CIDADE DE MARABÁ-PA[pic 1]

Anderson Filgueira Amorim (UEPA) – filgueira.amorim@hotmail.com

Kaio Matheus Marques de Oliveira (UEPA) – matheukaio255@gmail.com

Lucas Alves Do Nascimento (UEPA) – lucas_nascimento23@hotmail.com

Marcos Gabriel Castro De Miranda (UEPA) – mgdemiranda@hotmail.com

RESUMO

A análise ergonômica é fundamental para adaptação do posto de trabalho ao funcionário, pois disponibiliza um ambiente mais confortável para execução das atividades. Para isso é necessário levar em consideração diversos fatores tanto físicos quanto ambientais, buscando erradicar os erros no local de estudo. Dessa forma o artigo traz como objetivo avaliar os postos de trabalho de um escritório localizado na cidade de Marabá-PA, realizando uma análise ergonômica do trabalho e propondo um layout adequado para o desenvolvimento das tarefas. A partir disso foi realizada a entrevista com o colaborador da empresa utilizando de um questionário cujo intuito é avaliar as condições de trabalho.

Palavras-chaves: Análise ergonômica, escritório, layout.

Graduandos do Curso de Engenharia de Produção, Centro De Ciências Naturais E Tecnologia Departamento De Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado do Pará

1. INTRODUÇÃO

O início do século XX foi marcado por disputas de território e por poder do conhecimento tecnológico. Dentre as diversas ciências que se aprimoraram a partir das necessidades, a ergonomia alavancou-se a partir da I e II guerra mundial, quando houve a precisão de se adaptar os equipamentos bélicos para os soldados. A partir desses fatos históricos a ergonomia “surgiu” através da Ergonomics Research Society ampliando sua área de contribuição.

Segundo Grandjean (1998) a palavra ergonomia vem do grego “ergon” (trabalho) e “nomos” (legislação, normas). Segundo a IEA - Associação Internacional de Ergonomia (2000) a Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Ou seja, o seu objetivo é regulamentar o trabalho de acordo com as necessidades fisiológicas, psicológicas, biológicas e antropológicas do ser humano que o realiza, apresentando-se na tentativa de atuar como participante do processo adequando o trabalho ao ser humano, reduzindo os fatores de stress, promovendo o bem-estar do colaborador.

As atuais condições de mercado tornam as empresas mais competitivas, assim para que possam produzir com mais eficiência elas começam a se preocupar com a saúde do trabalhador, deixando um pouco do foco Taylorista se preocupando mais com a adaptação de maquinas, ferramentas, equipamentos, ambiente e materiais as condições normais de trabalho. Estudos apontam que, na União Europeia, 30% das pessoas se queixa de dores nas costas, 17% de dores musculares e 45% de dores causadas por posturas fatigantes. Dentre as lesões mais frequentes estão: tendinite, diminuição da acuidade visual, dores nas costas.

Devido a essa frequente preocupação o presente artigo fará um estudo de caso no escritório de uma empresa de pré-moldados situado na cidade de Marabá-PA. A empresa é uma referência no ramo no estado do sul e sudeste do Pará, atendendo toda a região.

Deste modo o objetivo de estudo do presente trabalho será avaliar os postos de trabalho, aplicando os métodos de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e adequando o layout do escritório.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1. Ergonomia

A ergonomia mantem o seu foco nos projetos de trabalho e nas situações, a ergonomia tem como foco o homem. Consiste em estudar os diversos fatores que influenciam os sistemas produtivos, visando reduzir as possíveis consequências nocivas sobre os trabalhadores. Leva em consideração as condições de insegurança, insalubridade, desconforto e ineficiência.

Frank B. Gilbreth concluiu que a fadiga predispõe o trabalhador a: diminuição da produtividade e da qualidade do trabalho, preda de tempo, aumento da rotação de pessoal, doenças, acidentes e diminuição da capacidade de esforço. Para que se evita-se a fadiga foi proposto relativos ao do uso do corpo humano, relativos ao arranjo do material, e relativos ao desempenhos das ferramentas e do equipamentos. Assim a ergonomia busca a redução da fadiga humana e o aumento de sua produtividade (MOTTA, 2009).

A ergonomia possui um caráter interdisciplinar, pois reúne e integra conhecimentos de diversas áreas cientificas e apresenta uma natureza aplicada, pelo fato de objetivar a adaptação do posto de trabalho e do ambiente às necessidades do ser humano (Dul; Weerdmeester, 2004). Tendo o objetivo de transformar o posto de trabalho, em suas diferentes dimensões, adaptando-os às características e aos limites do ser humano.

Entre diversos fatores que auxiliam nas questões de motivação de funcionários, está a ergonomia, que proporciona uma melhora na relação do homem com seu ambiente de trabalho, otimizando os processos e interferindo diretamente na qualidade e produtividade em geral. Coerentemente, a ergonomia necessita de uma abordagem holística de todo o campo, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais e ambientes (Turella et al. 2011).

A ergonomia tem como alvo o estudo do homem, da máquina, do ambiente, da informação, a organização, consequências do trabalho. A ergonomia busca a segurança, satisfação e o bem estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. Dessa forma, os domínios de especialização da ergonomia são classificados em:

Ergonomia cognitiva – Analisa os processos mentais, como percepções, memória, raciocínio, resposta motora, compreensão, lógica, compatibilização de repertórios e informações, significado de mensagens, complexidade da tarefa, dentre outras tarefas que atrapalham a seleção de informações, comprometendo a autonomia na resolução de problemas e tomada de decisões.

Deste modo, trata do fato de como do processamento de informações nos âmbitos do trabalho e sua capacidade de abstração e raciocínio mediante a pressão do cotidiano. A dificuldade de percepção, absorção e retenção de informações se decorrem da carga mental, estresse, pressão psicológica, o âmbito social dentre outros fatores.

Ergonomia Operacional – Caracteriza-se por estudar a anatomia humana, antropometria, fisiologia, biomecânica com as atividades físicas. Também se relaciona com o ritmo intenso das atividades, a repetitividade e a monotonia inerente ao processo produtivo, bem como a pressão por prazos de produção e de controle (Moraes e Mont’Alvão 2003).

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