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A Efluentes na indústria de laticínios

Por:   •  20/11/2017  •  Resenha  •  2.023 Palavras (9 Páginas)  •  438 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Trabalho de EMA - Efluentes

Efluentes na indústria de laticínios

05 out 2017


Enfluentes na Indústria de Laticínios

  1. Introdução

A pecuária de leite e a indústria de laticínios representam atividades de grande importância na economia mundial. A cadeia agroindustrial do leite no Brasil tem grande relevância tanto do ponto de vista econômico quanto social. O país é o sexto maior produtor de leite e possui condições para se tornar um dos maiores exportadores de produtos lácteos devido às suas vantagens competitivas tais como disponibilidade de água e terra, tecnologia e custo de produção competitivo.

As indústrias de laticínios são consideradas, dentre as indústrias alimentícias, as mais poluentes, devido ao seu elevado consumo de água e geração de efluentes líquidos, que por sua vez, constituem a principal fonte de poluição dessa tipologia de indústria. Esses efluentes se caracterizam por apresentar elevada carga orgânica e de nutrientes, e, quando descartados de maneira incorreta, podem causar grandes problemas ambientais.

  1. Origens do Efluente

Na indústria de laticínios, são gerados alguns tipos de efluentes. Os efluentes que tem relação direta com o processo produtivo contém quantidades significativas de matéria orgânica, enquanto os que não tem são efluentes industriais típicos, como resíduos de lubrificantes ou soluções de limpeza. Os despejos líquidos industriais que são originados nos diversos setores do processo produtivo, tem as seguintes fontes:

  • Lavagem e limpeza dos tanques de transporte do leite, tubulações, tanques de processo, pasteurizador e padronizadora, pisos e demais equipamentos envolvidos direta ou indiretamente no processo produtivo;
  • Derrames devido a falhas de operação ou equipamentos em manutenção;
  • Perdas no processo, durante a operação de equipamentos;
  • Descartes de subprodutos ou produtos rejeitados;
  • Soluções usadas na limpeza dos equipamentos e pisos, tais como os detergentes. neutros, alcalinos e ácidos e ainda os desinfetantes;
  • Lubrificantes dos equipamentos, tais como óleo dos redutores e dos compressores; de refrigeração e ar comprimido;
  • Derrame ou descarte de soro proveniente da fabricação de queijos e manteiga, que quando descartado junto com os efluentes líquidos, se torna um forte agravante pelo seu elevado potencial poluidor (DBO entre 30.000 a 50.000 mg O2/L). Devido sua alta quantidade de matéria orgânica se descartado de forma incorreta leva a uma contaminação da água, matando peixes ou aumentando a poluição de efluentes, ou seja,do meio ambiente. O soro do queijo tem seu volume constituído de aproximadamente 80 a 90% de leite, podendo ser aproveitado como por exemplo na produção de bebidas lácteas e na obtenção do pó de soro, através da desidratação e utilizado na produção de suplementos nutricionais diversos, para uso humano ou animal.

  1. Caracterização dos efluentes

As tabelas a seguir apresentam alguns dos parâmetros fisicoquímicos típicos dos efluentes gerados na indústria de laticínios:

[pic 1]

[pic 2]

Podemos perceber que os efluentes da indústria de laticínios apresentam grandes quantidades de óleos e graxas e também valores de DQO e DBO elevados. Além disso, há presença de sólidos dissolvidos e nutrientes, dentre eles nitrogênio e fósforo.

  1. Impactos provocados caso não haja tratamento e reuso

Com relação aos efluentes gerados especificamente para essa indústria, o mais preocupante seria o derrame ou descarte de soro proveniente da fabricação de queijos e manteiga, pois quando descartado junto com os efluentes líquidos, se torna um forte agravante pelo seu elevado potencial poluidor (DBO entre 30.000 a 50.000 mg O2/L).

Devido à sua alta quantidade de matéria orgânica, se o descarte for incorreto, levaria a uma contaminação da água, podendo prejudicar meio ambiente e causar desequilíbrios com consequências graves para as vidas aquáticas.

A melhor sugestão, nesse caso, é aproveitar esse efluente para usos alternativos e que gerem lucro. O soro do queijo tem seu volume constituído de aproximadamente 80 a 90% de leite, podendo ser aproveitado na produção de bebidas lácteas e na obtenção do pó de soro, através da desidratação e utilizado na produção de suplementos nutricionais diversos, para uso humano ou animal. O reuso faz com que menos efluente seja produzido e ainda apresenta a possibilidade de transformá-lo em produtos com valor agregado.

  1. Tratamentos adequados

Os efluentes originados na indústria de laticínios devem passar por etapas de tratamento, que englobam o tratamento preliminar, primário e secundário.

  • Tratamento preliminar

Nesta primeira etapa do tratamento, a partir de operações estritamente físicas, removem-se os sólidos em suspensão maiores, carreados nas águas residuárias afluentes a estação de tratamento.

Os despejos industriais são encaminhados inicialmente a um sistema de peneiramento para separação de sólidos grosseiros. São utilizadas comumente peneiras estáticas autolimpantes, com fendas horizontais espaçadas a distancia de 0,5 mm, dotadas de barras de seção trapezoidal. O mais comum é a utilização de aço inoxidável na confecção dessas telas e a estrutura das peneiras pode ser feita em aço carbono ou concreto/alvenaria.

  • Tratamento primário

Após o tratamento preliminar, os despejos industriais devem ser encaminhados à etapa correspondente ao tratamento primário. Para essa etapa do tratamento, são normalmente indicadas as seguintes alternativas, a depender do fluxograma de tratamento a ser adotado:

a)Caixa de gordura: para separação de material solido gorduroso presente no fluxo, antes ou após a neutralização e homogeneização dos despejos em um tanque equalizador, o qual proporciona a eliminação das flutuações de vazão.

b)Flotação por ar dissolvido: após o tratamento preliminar, o efluente pode ser encaminhado ao tanque equalizador, cuja função será absorver as variações nas características físico-químicas do efluente antes da coagulação/floculação, resultando em maior eficiência e menor custo operacional do sistema de flotação, sendo bombeado a partir dessa unidade ao sistema de flotação por ar dissolvido. A flotação e uma operação unitária utilizada para separar partículas liquidas ou solidas de uma fase liquida. Consegue-se a separação introduzindo microbolhas bolhas de ar na água residuaria. As microbolhas aderem-se as partículas e a força ascendente do conjunto particula-microbolha, faz com que as partículas subam ate a superfície, desta forma, faz-se ascender ate a superfície partículas de densidade maior que a do liquido. Utiliza-se flotação no tratamento de água residuaria tanto na eliminação do material suspenso quanto para redução da concentração de gorduras. Sua principal vantagem sobre o sistema convencional (caixa de gordura) é a eficiência da separação do material sobrenadante, além da economia de área. Podem ser utilizados produtos químicos auxiliares nessa etapa do tratamento, tais como coagulantes e floculantes, para incremento da eficiência do processo de separação de sólidos.

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