A Engenharia e Sustentabilidade

Ludjan Acassio de Oliveira - 119024753

Rafael Winter Esteves - 119053948

Yara Bernardo Oliveira – 119060000

 Nas principais conferencias ambientais dos últimos anos o Brasil apresentou proposta boas, mas o declínio das questões sustentáveis do país não faz jus ao planejamento apresentado. O Brasil como quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, já tinha uma agenda fraca no que diz respeito a mudanças climáticas, em 2020 se superou na incompetência e segundo Climate Change Performance Index (CCPI) e caiu da 21 posição para 25 se tornando o 5° país que mais produz GEE. O Brasil não é o único a fracassar  na missão de diminuir os gases de efeito estufa, o estudo mostra que nenhum país vai bem nas avaliações, um grupo que se destaca são os mais poluidores no qual o Brasil faz parte, países como Rússia e EUA estão no fim da lista, mesmo com orçamentos gigantescos, pelo que parece dinheiro não é o que define o sucesso no combate ao GEE, com países de baixa renda se destacando e surpreendendo por seu sucesso no avanço da agenda de suas políticas climáticas, exemplo é nosso vizinho Chile que ocupa a 9 posição na lista da CCPI.

A crise econômica e sanitária global devido à Covid-19 foi e está sendo uma grande distração para que os grandes agricultores e pecuaristas brasileiros prejudiquem o meio ambiente sem limites, haja visto que o ano de 2020 foi o segundo pior ano de desmatamento na Amazônia Legal (G1, 2021). O brasileiro está precisando comprar os produtos mais baratos devido à crise e não está podendo escolher algo que tenha sido produzido de forma sustentável. E para piorar a situação, o governo apoia diretamente esse tipo de atitude ao demitir fiscais, ter aprovado 475 novos agrotóxicos em 2019 e 150 no ano de 2020 (PÚBLICA, 2020), e cortar verba para prevenção e controle de incêndios mesmo depois de prometer dobrar recursos para o meio ambiente durante a reunião do clima com outros 40 países (ESTADÃO, 2021).

O governo aparenta estar procurando medidas não sustentáveis para tentar recuperar a economia do país, porém isso vai ao contrário da demanda mundial pela preservação do meio ambiente e é um tiro no pé pois isso tem o potencial de deixá-la muito pior.

E enquanto o caos acontece aqui, as mudanças andam acontecendo nos Estados Unidos, onde o novo presidente tem trabalhado e investindo fortemente nas questões climáticas, focando sobre tudo na produção de energia limpa. O “Plano de Empregos Americanos”, contempla desde a recuperação e expansão de estradas e ferrovias, a modernização de equipamentos de educação, saúde e de saneamento básico e abastecimento de água, a reforma de portos e aeroportos, até a instalação de novas plantas de geração elétrica solar e eólica e investimentos no desenvolvimento de tecnologia para geração de energia a partir do hidrogênio (CLIMAINFO,2021), ações importantes para o país já que é o segundo maior produtor de GEE no mundo. Joe Biden, além de fazer pressão interna nos EUA, também tem agido de forma externa colocando a Amazonia em seu plano de recuperação, prometendo ajuda financeira e cobrando o Brasil no combate ao desmatamento.

Referencias:

Número de alertas de desmatamento na Amazônia é o 2º pior em 5 anos, apontam dados do Inpe. G1 - Globo, 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/amazonia/noticia/2021/01/08/desmatamento-na-amazonia-legal-em-2020-foi-o-segundo-pior-nos-ultimos-5-anos-apontam-dados-do-inpe.ghtml. Acesso em: 23/04/2021

Em meio à pandemia, governo Bolsonaro aprova 118 agrotóxicos em dois meses. Publica, 2020. Disponível em: https://apublica.org/2020/05/em-meio-a-pandemia-governo-bolsonaro-aprova-96-agrotoxicos-em-dois-meses/.  Acesso em: 23/04/2021