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A Ergonomia - Escola Bandeirantes

Por:   •  1/12/2019  •  Resenha  •  1.955 Palavras (8 Páginas)  •  164 Visualizações

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ESCOLA BANDEIRANTE

Avaliação Ergonômica do Trabalho – AET

Professores da escola de ensino fundamental Bandeirante

A ergonomia trata dos aspectos humanos relacionados ao trabalho em qualquer situação onde este é realizado. Geralmente para escolas não se faz estudos ergonômicos e consequentemente não se tem um direcionamento para atendimento da legislação, e assim se identificar os problemas físicos, cognitivos ou organizacionais existentes. A qualidade ergonômica para os professores é de suma importância para a escola, sendo assim fundamental a qualidade do ambiente de trabalho que reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados por estes profissionais, pois são eles que entregam o produto final para o cliente, o ensino.

Este documento segue, para abordagem dos problemas, as seguintes etapas: Identificação dos problemas; descrição da metodologia que será aplicada para resolver os problemas identificados; apresentação da expectativa de resultados; apresentação dos benefícios diretos e indiretos da solução dos problemas e o investimento necessário para implementação das ações propostas.

  1. Objetivo

Este trabalho objetiva analisar ergonomicamente os postos de trabalho, bem como, apresentar as medidas corretivas necessárias e suficientes para corrigir os riscos advindos dos agentes ergonômicos, presentes nos ambientes, atividades, operações e postos de trabalho; atender aos dispositivos legais, em especial, a Norma Regulamentadora 17 (NR-17) do Ministério do Trabalho, integrante do Capítulo V, Título II da consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

  1. Escopo da Análise

Funcionários - O escopo da avaliação e análise abrange todas as atividades da jornada de trabalho dos professores, atividades exercidas até mesmo no horário do intervalo; a escola funciona com 35 professores, sendo 33 do sexo feminino e 2 do sexo masculino; o período diário de trabalho é compreendido das 07:00h às 18:00h com intervalo de 2:00h para o almoço.

Escola - Aulas ministradas em quadro negro com escrita a giz; Salas possuem como mídia uma televisão e um aparelho de DVD, alguns professores têm que levar seus equipamentos (Tablet e computadores) para dinamizar as aulas com recursos audiovisuais; os professores acompanham aulas na piscina, configurando desvio de função; professores levam atividades para corrigir em casa o que acaba efetivamente ampliando a carga horária de trabalho; Reposição do galão de água realizada frequentemente pelos professores, não sendo realizado, na maioria das vezes, pelo zelador; atritos com pais de alunos devido monitoramento das atividades por câmeras de vigilância nas salas de aula.

Perfil epidemiológico – Embora não haja um perfil epidemiológico descrito, fica evidenciado que a utilização de alguns instrumentos e alguns costumes podem acarretar danos à saúde dos professores, como é os casos descritos abaixo:

  • Uso de giz e quadro negro - essa prática está associada a alergias de pele e doenças do trato respiratório, doenças que acometem uma grande parte dos professores;
  • stress causado pelo enfrentamento com os pais dos alunos, agravado pelo monitoramento das salas de aula com câmeras de vigilância;
  • desgaste físico e emocional devido à dificuldade de preparar e ministrar aulas sem muitos recursos audiovisuais;
  • problemas na coluna e dores lombares devido ao tempo passado em pé, visto que não há muitos recursos e somente pode-se ministrar aulas escrevendo no quadro negro.

  1. Condições Encontradas na Escola

Os professores realizam tarefas que não fazem parte das atividades profissionais, como o carregamento de galões de água para reposição do fornecimento do bebedouro e acompanhamento como monitores em atividades na piscina, podendo a obrigatoriedade destas tarefas serem caracterizadas como desvio de função.

A falta de estrutura, faz com que os professores façam o uso do giz escolar para ministrar aulas, podendo causar irritações e alergias tanto no trato respiratório quanto na pele, gerando afastamentos por doenças ocupacionais.

A precária estrutura de trabalho faz com que alguns professores utilizem equipamentos de suas propriedades para cumprirem com eficiência suas funções.

A distância percorrida até o sanitário é outra falha ergonômica, pois os sanitários para funcionários foram construídos no terceiro andar do prédio, não atendem às NR17 e NR24 por se tratarem de sanitários unissex, mesmo só havendo dois professores do sexo masculino.

As escadas estão com o piso bastante desgastado pelo uso, isso pode causar acidentes pois esse tipo de piso quando está desgastado fica muito liso, podendo causar escorregamento, os patamares também estão fora dos padrões normativos, a NBR 9050 que estabelece que os patamares devam ter no mínimo 28cm.

A NBR 10152 determina que o nível de ruído aceitável para efeito de conforto deve ficar entre 40 e 50 (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) deve apresentar valor não superior a 35 e 45dB, sendo que as salas de aula possuem incidência de som externo com valor de 68dB(A), portanto fora dos limites estabelecidos pela Norma.

Conforme o Projeto de Adequação de Prédios Escolares – PAPE, desenvolvido pelo Ministério da Educação - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, o pé direito das instituições de ensino deve ter mínimo 2,60m de altura, as salas de aula possuem pé direito de 2,20m de altura, logo em desconformidade com o PAPE.

Os professores trabalham das 07:00 às 18:00 com direito a duas horas de intervalo para almoço, representando assim carga de 9 horas diárias trabalhadas, totalizando assim 45 horas semanais, quando a Lei 13.415/2017 estabelece que os professores possuem uma carga horária máxima de trabalho de 40 horas semanais, além da obrigatoriedade da correção das provas em casa, ampliando a jornada de trabalho.

A divisão das tarefas feita de forma aleatória entre os próprios colegas, o processo decisório individualizado, fazendo com que as ações fiquem dispersas pois cada um age conforme seus valores e costumes.

O nível de iluminação está de acordo com o estabelecido pela NBR 5413, como estabelece a NR17.

  1. Diagnóstico

A escola apresenta falhas claras na gestão de seus funcionários, não há nenhuma política de gestão ou qualquer cuidado com as condições de trabalho e bem-estar dos professores.

Há excessos na carga horária de trabalho devido a quantidade de professores insuficientes ou até mesmo pelo modelo de ensino adotado.

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