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A Otimização De Recursos

Por:   •  11/3/2023  •  Artigo  •  1.926 Palavras (8 Páginas)  •  67 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Os investimentos na produção de biocombustíveis no Brasil e no exterior têm apresentado um crescimento acentuado nos últimos anos na medida em que se tornaram crescentes as preocupações com o meio-ambiente, com os reflexos econômicos dos elevados níveis do preço internacional do petróleo e com a dependência do fornecimento deste produto a partir de regiões politicamente problemáticas no globo. A conjunção destas preocupações criou as condições necessárias para a adoção e difusão do uso de biocombustíveis em escala mundial, entre os quais, destaca-se o etanol.

Tal como evidenciados correntemente, o etanol tem sido produzido e consumido como combustível ao redor do mundo e o Brasil é um de seus principais produtores globais. Este país possui um programa de produção e uso de álcool carburante posto em prática há mais de 30 anos com um sistema de produção baseado na cana-de-açúcar. Além disso, tem sido historicamente um grande produtor de açúcar e, recentemente, tem utilizado a queima do bagaço da cana como uma fonte para a geração de energia elétrica para o autoconsumo das usinas e para venda às distribuidoras de energia elétrica do país.

Estudos recentes declaram que as perspectivas para a demanda mundial por etanol tendem a crescer, passando dos atuais 51 milhões de metros cúbicos para cerca de 64 milhões de metros cúbicos já em 2010 (ORGANISATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT - OECD, 2007), caracterizando uma possibilidade real de o Brasil tornar-se um exportador global do produto. Já no mercado interno brasileiro, o estímulo à demanda é resultado da expansão da frota de carros bicombustíveis ou flex. As vendas crescentes destes veículos têm estimulado a produção de etanol para fins carburantes uma vez que este combustível é substituto direto da gasolina que tem seu preço diretamente atrelado ao do petróleo.

Estudos recentes declaram que as perspectivas para a demanda mundial por etanol tendem a crescer, passando dos atuais 51 milhões de metros cúbicos para cerca de 64 milhões de metros cúbicos já em 2010 (ORGANISATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT - OECD, 2007), caracterizando uma possibilidade real de o Brasil tornar-se um exportador global do produto. Já no mercado interno brasileiro, o estímulo à demanda é resultado da expansão da frota de carros bicombustíveis ou flex. As vendas crescentes destes veículos têm estimulado a produção de etanol para fins carburantes uma vez que este combustível é substituto direto da gasolina que tem seu preço diretamente atrelado ao do petróleo.

Ressalte-se que a expansão do setor sucroalcooleiro pode ser limitada devido a uma série de fatores dentre os quais figuram-se a capacidade de expansão nacional da cultura de cana-de-açúcar; a necessidade e disponibilidade de investimentos em modernização e construção de novas unidades de produção de açúcar e álcool; a infraestrutura necessária à produção e à comercialização; os impactos no preço do álcool, açúcar e alimentos; o preço do petróleo e seus derivados; a disponibilidade de energia elétrica; entre outros.

Objetivo

Este trabalho objetiva analisar o uso de fatores primários de produção e as relações intersetoriais da produção brasileira de etanol por meio de uma análise detalhada da sua estrutura socioeconômica, à luz dos multiplicadores contábeis da matriz de contabilidade social do País. Especificamente, pretende-se mostrar os impactos econômicos de uma provável expansão do setor sucroalcooleiro, em especial da produção e consumo de etanol, bem como discutir suas principais limitações.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com a metodologia adotada para o presente trabalho, a SAM foi estimada a preços básicos e desagregada em 142 contas. As atividades produtivas foram divididas em 108 contas distribuídas entre setores (atividades) e em produtos, com o número de setores igual ao número de produtos (54 setores e 54 produtos). Os salários foram divididos em 10 faixas de remunerações e o excedente operacional bruto foi expresso em duas contas representadas pelo fator capital e fator terra. Finalmente, a renda das famílias foi também dividida em 10 faixas, conforme explicado no capítulo 3 deste trabalho. Todas as 142 contas são apresentadas na Tabela 10, na qual também constam uma abreviação e sua descrição, bem como o número que identifica a localização de cada conta na organização da matriz de contabilidade social estimada.

As identidades contábeis das contas nacionais dentro do escopo das matrizes de contabilidade social devem reproduzir o circuito econômico, assim, a soma das linhas e das colunas correspondentes devem se igualar. Por exemplo, a conta “Atividades” soma R$ 3,4 trilhões em valores de 2004. Este valor, do lado da produção, refere-se à soma da produção destinada ao mercado interno com a produção destinada às exportações que é exatamente igual ao somatório do consumo intermediário e valor adicionado, que representa o lado da demanda para as “Atividades”.

Tabela 1 - Descrição das contas da Matriz de Contabilidade Social 2004

[pic 1]

[pic 2]

Destaca-se que o consumo intermediário está a preços básicos dado que não são considerados, neste valor, uma série de impostos indiretos e margens. Estes foram desagregados e passaram a ter uma conta própria. Tais impostos e margens são representados na SAM pelos itens: comércio – “Comércio”, transporte – “Transporte”, outros impostos sobre a produção – “OutImpProd”, impostos indiretos – “ImpInd”, impostos sobre produtos exportados – “ImpIndExp” e outros impostos sobre as famílias – “OutImpFam”.

O fator trabalho, como apontado anteriormente, foi dividido em 10 categorias de salários como uma proxy para identificar o tipo de qualificação do grupo de trabalhadores. Nesse sentido, o fator trabalho é o somatório dos salários que é direcionado às famílias (FAM) com volume de recursos total de R$ 777,1 bilhões em valores de 2004.

É importante salientar que as informações referentes aos salários das atividades agropecuárias resultado da estimação da SAM2004 diferem dos dados originais do Sistema de Contas Nacionais - SCN brasileiro. Isto deve-se a uma alteração contábil que consiste em transferir parte da renda computada como excedente operacional bruto da atividade agropecuária para a conta de salários. Esta transferência, entretanto, não é total. Uma proporção desta renda é mantida como renda ao fator primário de produção terra. Este procedimento utiliza os números cedidos por Ferreira Filho (2008)14 (comunicação pessoal) aplicados em Ferreira Filho e Cunha-Filho (2008 apud LIMA, 2007).

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