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A Resenha Crítica

Por:   •  30/3/2022  •  Resenha  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  70 Visualizações

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O artigo em tela traz uma análise sistemática de fatores ligados ao saneamento básico nas capitais brasileiras abrangendo também os possíveis impactos que isso acaba trazendo para a saúde da população.

Os autores afirmam que os problemas de saneamento são agravados sobretudo pelo crescimento não planejado dos centros urbanos. Tal crescimento desordenado tem suas raízes fincadas em acontecimentos históricos que não deram margem para se pensar num crescimento ordenado das cidades da época. Esses acontecimentos foram tão impactantes que até hoje conseguimos notar reflexos significativos das suas influências na sociedade brasileira contemporânea.

A própria Revolução Industrial e a consequente mecanização da produção agrícola por exemplo, desencadeou um intenso processo de migração de moradores do campo em direção aos centros urbanos em busca de trabalho e impulsionados pela esperança de melhores condições de vida. No entanto, as cidades da época não contavam com a infraestrutura adequada para comportar uma quantidade tão expressiva de pessoas. Por consequência, desencadeou-se o surgimento de conglomerados habitacionais que se desenvolveram em regiões periféricas aos centros urbanos. Justamente por conta da falta de estrutura das cidades, essas regiões não recebiam os devidos cuidados no que tange não só ao saneamento básico, mas também a vários outros direitos que hoje são garantidos (pelo menos na teoria) pela Constituição Federal de 1988.

Não é difícil inferir que, ao menos em algum nível, cedo ou tarde essas deficiências iriam impactar diretamente a saúde da população. A exposição a fatores de risco ambientais, como as condições de moradia, água e saneamento, está intimamente ligada aos determinantes sociais da saúde da população. Um dos objetivos do artigo é justamente evidenciar essa relação existente entre o acesso ao saneamento básico e a forma como os cidadãos autoavaliam a sua situação em termos de saúde.

No transcorrer do artigo os autores asseveram que embora o Brasil tenha mostrado expressivo progresso na redução das iniquidades em saúde nas últimas décadas, ainda continua sendo um país que apresenta sérios desafios relacionados às desigualdades na cobertura de serviços de saneamento. Ou seja, houve grande preocupação na resolução do problema fim, mas pouco se pensou na raiz do problema. Em temos mais gerais, empurraram a sujeira para baixo do tapete. Um país com um sistema de saneamento deficiente ou desigual, como é o caso do Brasil, invariavelmente sofrerá com problemas ligados à saúde da sua população no futuro.

A metodologia do artigo se deu a partir da realização de entrevistas com moradores das 27 capitais brasileiras buscando entender de que forma esses moradores autoavaliavam a sua saúde. Os números obtidos através dos questionários aplicados viabilizaram algumas constatações. A maior presença de avaliação ruim de saúde esteve associada ao sexo feminino, a faixas etárias mais elevadas, ao baixo nível de escolaridade e ao histórico de tabagismo.

Também foi possível constatar uma significativa variação e heterogeneidade na distribuição da cobertura dos serviços de saneamento, especificamente esgotamento sanitário, abastecimento de água e coleta de resíduos sólidos nas capitais brasileiras. Outra constatação foi que quanto maior fosse o nível de cobertura

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