TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

EFLORESCÊNCIAS E DESCOLAMENTO DE PINTURA EM FACHADAS DAS CASAS DE PATOS DE MINAS

Por:   •  20/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.746 Palavras (7 Páginas)  •  511 Visualizações

Página 1 de 7

EFLORESCÊNCIAS E DESCOLAMENTO DE PINTURA EM FACHADAS DAS CASAS DE PATOS DE MINAS

INTRODUÇÃO

O ramo da construção está em constante mudança em todos os setores, e devido a tantas mudanças, surgem também cada vez mais problemas no decorrer das obras ou até mesmo ao longo do tempo depois que foram concluídas. É bastante visível o mal planejamento feito pelos profissionais, as vezes por serem problemas que não sejam levados tão a sério, a patologia em fachadas é tão comum. KLEIN (1999) ainda cita a má qualidade da mão-de-obra como favorecimento do surgimento de anomalias.

Para os profissionais da construção civil, é de vital importância ter o conhecimento sobre patologias nas edificações. Segundo VERÇOZA (1991), quando se conhece os problemas ou defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, a chance de se cometer erros reduz muito.

Desde o século XX, a palavra patologia vem se tornando cada vez mais comum no ambiente da construção civil, fazendo similaridade às enfermidades da medicina. Definindo a palavra patologia, de acordo com Do Carmo (2003) A ciência da patologia das construções pode ser entendida como o ramo da engenharia que estuda os sintomas, causas e origens dos vícios construtivos que ocorrem na construção de edificações.

        O foco desta pesquisa está nas manifestações patológicas que surgem em fachadas. Nas edificações, as fachadas têm grande valor estético, ao mesmo tempo em que são a parte mais exposta às intempéries naturais, passando por mecanismos de degradação (CHAVES, 2009).

        Entre as anomalias presentes nas fachadas, encontram-se as eflorescências e descolamento de pintura, que são os objetos de estudo deste artigo.

As eflorescências são ocasionadas pela cristalização de sais solúveis à superfície dos parâmetros, em geral sulfatos de sódio, potássio ou magnésio, contidos nos materiais das paredes, na argamassa ou no terreno e transportados pela água até a superfície, onde precipitam (BAUER, 1994).

A pintura tem por finalidade proteger os elementos construtivos das edificações e também têm objetivo de manter um padrão agradável de estética. O descolamento ocorre quando placas de tinta soltam da parede, geralmente ocasionado pela perca de adesão da tinta à superfície devido ao mau preparo da mesma ou incompatibilidade entre as camadas de tinta.

Objetiva-se com este trabalho, o propósito de fazer um comparativo entre os bairros visitados, caracterizando-os quanto à quantidade de anomalias entre eles e quanto às suas origens e naturezas. Com estes objetivos determina-se a finalidade de aprofundar o estudo da ocorrência das patologia e como podem ser evitadas.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

Possíveis causas para o surgimento de patologia

A eflorescência aparece devido a um processo químico, o cimento comum reage com a água e resulta em uma base medianamente solúvel, denominada hidróxido de cálcio. Como a argamassa de assentamento e de rejuntamento contém cimento e essas camadas são porosas, em sua composição encontra-se o hidróxido de cálcio livre, ocasionando o contato com o ar, que por sua vez, contém anidro carbônico, dá-se a reação entre essas duas substâncias, resultando em carbonato de cálcio, sal insolúvel de coloração branca.

Já as causas mais prováveis para o descolamento da pintura em geral são a escolha inadequada da tinta por conta da exposição ou por incompatibilidade com o substrato, condições meteorológicas inadequadas por temperatura e/ou umidade muito elevada ou muito baixa ou ventos fortes, ausência de preparação do substrato ou preparo insuficiente, substratos que não apresentam estabilidade, umidade excessiva no substrato, diluição excessiva da tinta na aplicação e a formulação inadequada da tinta.

Principais tipos que conduzem ao aparecimento de anomalias na construção civil

  • Congênitas: aquelas que estão ligadas aos projetos, principalmente do descumprimento de normas técnicas, ou de erros e omissões dos projetistas, que resultam em falta e/ou falhas de detalhamento e, aplicação inadequada dos revestimentos. São responsáveis por grande parte das avarias registadas em edificações. CÁNOVAS (1988) diz que: "a patologia na execução pode ser consequência da patologia de projeto, havendo uma estreita relação entre elas; isso não quer dizer que a patologia de projeto sendo nula, a de execução também o será. Nem sempre com projetos de qualidade desaparecerão os erros de execução. Estes sempre existirão, embora seja verdade que podem ser reduzidos ao mínimo caso a execução seja realizada seguindo um bom projeto e com uma fiscalização intensa".

• Construtivas: quando a sua origem está relacionada com a fase de execução da obra, resultante do emprego de mão-de-obra desqualificada, produtos não certificados, ausência de metodologia construtiva, o que, segundo pesquisas mundiais, também são responsáveis por grande parte das anomalias em edificações. Conforme SOUZA e RIPPER (1998): "o surgimento de problema patológico em dada estrutura indica, em última instância e de maneira geral, a existência de uma ou mais falhas durante a execução de uma das etapas da construção, além de apontar para falhas também no sistema de controle de qualidade próprio a uma ou mais atividades".

• adquiridas: quando ocorrem durante a vida útil dos materiais, sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou da ação humana, em função de manutenção inadequada ou realização de interferências incorretas principalmente em revestimentos, sejam eles cerâmicos, cimentícios, pinturas e nos revestimentos impermeabilizantes, danificando camadas e desencadeando processos patológicos. Segundo HELENE (1986), os fenômenos patológicos geralmente apresentam manifestação externa característica, a partir da qual se pode deduzir a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos. Certas manifestações têm maior incidência, devido à necessidade de cuidados que frequentemente são ignorados, seja no projeto, na execução ou até mesmo na utilização.

Grau de acometimento e incidência da patologia

O grau de acometimento é relacionado ao quanto a patologia incide sobre a fachada, determinando assim:

  • Fase inicial: Ocupando até 30% da fachada.
  • Fase intermediária: De 30% a 50%.
  • Fase avançada: Acima de 50%.

A incidência é indicada a qual direção geográfica a anomalia está situada. Sendo possível ser influenciada por esta característica, devido à pouca ou excessiva exposição ao sol.

MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia consistiu em vistoriar visualmente as edificações, registrando o número de ocorrências patológicas observadas, além da orientação geográfica, finalidade de uso das edificações, compondo ainda, um registro fotográfico para posterior análise. Ressalta-se que na ocorrência de duas ou mais áreas da fachada acometidas com a mesma manifestação patológica gera-se apenas um registro.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.2 Kb)   pdf (481.6 Kb)   docx (583.1 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com