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Fabricação de Sabão Ecológico com Reaproveitamento de Óleo

Por:   •  2/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.229 Palavras (5 Páginas)  •  353 Visualizações

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Curso de Engenharia Química

Disciplina: Introdução à Engenharia

Projeto: Fabricação de Sabão Ecológico com Reaproveitamento de Óleo

Introdução

Dentre os diversos poluidores o óleo de soja provoca graves consequências ao planeta, tanto no ecossistema aquático, pelo fato de ser insolúvel e menos denso que a água, como na impermeabilização do solo, além de trazer implicações econômicas devido aos custos gastos em tratamentos da poluição causados pelo óleo utilizado no cotidiano da população, que é altamente prejudicial quando descartado em rede de esgoto (GODOY et al., 2010). Pode resultar no entupimento dos canos contribuindo para a ocorrência de enchentes. Com o contato ao solo seu processo de decomposição libera gás metano trazendo mau cheiro. Assim uma das maneiras encontrada para o reaproveitamento do óleo é a produção do sabão ecológico, que vem como uma alternativa de amenizar os impactos a natureza.  Desta forma o reaproveitamento do óleo evita que este seja jogado como lixo ao meio ambiente sendo utilizado como um resíduo transformado em um produto higiênico.

Segundo Souza et al. (1998) o sabão atende requisitos de descontaminação de utensílios usados na medicina, pois, reduz a quantidade de microorganismos. Esta informação pode ser trazida para o cotidiano, haja vista que o sabão deve ser utilizado em todas nossas descontaminações básicas diárias. No entanto, é importante atentar para o pH dos sabões, se este se apresentar elevado, pode acarretar irritação da pele. Os sabonetes em barra, por exemplo, apresentam pH entre 9 e 10 e os sabonetes líquidos apresentam pH em torno de 8 (VOLOCHTCHUK et al., 2000). Se os sabonetes, que são utilizados na pele do corpo todo apresenta pH nessas faixas, então, deve-se ter cuidado também com o pH encontrado nos sabões que são utilizados para outras atividades, tais como, lavar louças e outros utensílios.

Segundo Wolf et al. (2001), a composição dos produtos deve ser analisada e conhecido seu potencial toxico e irritante para determinar o risco na utilização do produto.

É relatado que sabonetes com pH ácido não interferem na microflora cutânea e possuem menor ação irritante. Tais produtos são opção valiosas nos tratamentos de doenças dermatológicas, pois, não agridem ou agridem muito pouco a pele que já sofre com a doença (VOLOCHTCHUK et al., 2000).

No presente trabalho objetivou-se descrever testes de síntese de sabão ecológico a partir de uma receita simples utilizando somente de óleo em processo de reutilização a partir de fritura, hidróxido de sódio e água.

Metodologia

Para a produção do sabão foi utilizado o laboratório de química das dependências do IFMT Campus Juína-MT. Foram feitas quatro amostras de sabão ecológico, cada uma contendo distintas quantidades de NaOH, óleo e água deionizada. Após prontas, as amostras foram armazenadas e guardadas durante uma semana (tempo de maturação), medido o pH de cada amostra e do sabão comercial para comparação e avaliação.

No teste da síntese do sabão ecológico foram utilizados seis copos descartáveis de poliestireno de 200 mL, 125 g de soda cáustica em escama (hidróxido de sódio- NaOH) marca IMPEX de teor 99 %, 160 mL de água deionizada e 800 mL de óleo de soja reaproveitado de fritura da cozinha do IFMT Campus.

Foram sintetizadas três (3) amostras de sabão ecológico com teores diferentes de NaOH. Cada amostra de sabão foi sintetizada a partir de 200 mL de óleo de soja reaproveitado de fritura do restaurante do IFMT Campus Juína, 40 mL de água e mais as diferentes proporções de NaOH. Para cada amostra de sabão foram acrescentados 35, 30 e 25 g de NaOH, fazendo a síntese da amostra 1, 2 e 3 respectivamente.

O óleo de soja reaproveitado foi aquecido em forno micro-ondas, durante um minuto e quarenta segundos, para alcançar uma temperatura de aproximadamente 60 ºC. Ao mesmo tempo foram pesadas as quantidades de NaOH para cada amostra de sabão a sintetizar e cada quantidade dissolvida no volume de 40 mL de água deionizada, dentro de um Becker de polipropileno de capacidade de quatro litros. O óleo quente foi acrescentado aos poucos, com agitação mantida durante mais trinta minutos.

Após estes procedimentos, os testes de sabões foram acondicionados nos copos de poliestireno, durante sete dias para que as reações de saponificação se completassem, a este tempo é atribuído o nome de tempo de maturação.

Para se medir o pH das amostras, foram cortadas em secção e raspadas internamente de tal forma que obteve-se uma quantidade suficiente para pesar uma grama de cada amostra. Tais quantidades foram dissolvidas em água deionizada até formação de uma solução de 20 mL. Nestas soluções foram feitas as medidas de pH com um equipamento conhecido como pHmetro, os dados foram anotados a partir da estabilização de cada medida.

Resultados e discussão

Foram obtidas as medidas de pH a partir das soluções descritas na metodologia. As respectivas amostras geraram os seguintes resultados: - na amostra que continha 35g de NaOH apresentou um pH de 13,54, na de 30g obteve-se um pH de 13,60. Já a amostra de 25g obteve-se um pH de 13,45.

A partir da análise dos resultados do pH de cada amostra de sabão ecológico foi possível observar que estes sabões ecológicos necessitam de ajustes, pois, o seus respectivos pH se apresentaram mais elevados que uma amostra de sabão industrializado comercial (pH = 10,95), ou seja, o sabão ecológico produzido poderá provocar irritações na pele no seu uso constante, porém o sabão ecológico é mais econômico e menos prejudicial ao meio ambiente por não ter em sua composição outros aditivos orgânicos que são na maioria persistentes no ambiente.

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