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Implementação do Bioconcreto Como Agente de Reparação em Construções e Embelezamento de Fachadas

Por:   •  17/11/2021  •  Artigo  •  1.657 Palavras (7 Páginas)  •  113 Visualizações

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Implementação do bioconcreto como agente de reparação em

construções e embelezamento de fachadas.

Brenda de Mello Bomsenhor

Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo: Com o crescimento desenfreado das cidades a necessidade de inovações tanto técnicas como ecológicas é de grande vália, principalmente no ramo da construção onde se faz necessário o pensamento consciente. Dessa forma muitas vezes utilizam-se os jardins em estruturas prediais, principalmente os verticais, mas ainda sim é inconveniente pelo fato de gerar carga na estrutura, além da carência de umidade e demandar a poda. Dessa forma nesse trabalho utilizaremos de alternativa as possibilidades do concreto biológico, onde poderemos ter a presença de matéria viva e o bioconcreto onde auxiliara literalmente na construção e manutenção de uma estrutura de forma ecológica e eficiente.

Palavras-chave: Bioconcreto; Biológico; Concreto; Estrutura; Eficiência.

Abstract: With the unbridled growth of cities the need for innovations both technical and ecological is of great value, especially in the construction industry where it is necessary to think consciously. Thus, gardens are often used in building structures, especially vertical ones, but it is still inconvenient because it generates load on the structure, besides the lack of moisture and require pruning. Thus in this work we will use the alternative possibilities of biological concrete, where we can have the presence of living matter and bioconcrete where it will literally assist in the construction and maintenance of a structure in an ecological and efficient way.

Keywords: Bioconcrete; Biological; Concrete; Structure; Efficiency.

  1. Introdução

Todos os dias, tanto quanto as grandes metrópoles e pequenas cidades vem crescendo de forma desenfreada, consequentemente a quantidade de verde existente é extremamente baixa, gerando uma qualidade de vida inferior. Quando pensamos em concreto, não imaginamos o quão poluente pode ser, o concreto armado possui uma emissão de CO₂ em torno de 0,53 kg por kg de concreto (CUNHA, 2016). O cimento por si só, já é responsável por 7 a 12% da emissão de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, além de ter um alto custo de recuperação e manutenção de estruturas de concreto, tanto que na Europa, o gasto pode chegar a 6 bilhões de euros.

Começou-se a aplicar jardins nas estruturas, em relevância os vergéis verticais, para tentar solucionar os problemas, possuindo apenas 60 edifícios no mundo que possuem essa arborização (Backyarbend). Entretanto, acaba gerando carga na estrutura, além da carência de umidade e demandar a poda.

Portanto, pesquisadores tanto nacionais quanto internacionais, focaram na resolução desse problema, onde iniciaram pesquisas baseadas nas necessidades ambientais e técnicas, a partir do concreto biológico e bioconcreto, que possuem suas devidas diferenças.

  1. Concreto biológico e Bioconcreto

Na Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) começou a se desenvolver o concreto biológico, através dos estudos dos pesquisadores, Dr. Antonio Aguardo, Dr. Ignacio Segura e a bióloga Dra. Sandra Manso.

O Primeiro ponto a ser pensado foi a criação de um concreto bio-receptivo, onde tivesse um clima ideal para o recebimento de microalgas, fungos, líquens e musgos. Para ser viável ecologicamente e tecnicamente, não poderá agredir o concreto estrutural, deve ter um pH mais baixo por conta da alcalinidade, onde se utiliza o concreto de cimento Portland comum carbonatado e de fosfato de magnésio. Tanto o concreto com alta porosidade onde absorverá a umidade e dará conta de do lixo biológico e ainda se faz necessária a rugosidade superficial que nada mais é a impermeabilização reversa.

Logo se estabelece o painel do concreto biológico, onde teremos três camadas, camada de revestimento descontinua, a segunda é o concreto biológico por si só e a última é a impermeabilizante, para não ter alteração estrutural. Se feito de forma correta com a umidade em 60% tem-se o crescimento dos pequenos seres vivos vegetais.

Ainda promove uma renovação arquitetônica a partir de edificações recém construídas e já existentes, além da variação estético-cromática com as estações do ano. Contudo, as vantagens ambientais superam pela captura de radiação solar e regulagem da condutividade térmica no interior do edifício e promove a fotossíntese (ou seja, absorção do CO₂ e liberação de O (oxigênio)). Por exemplo, um banco de musgo em Londres faz o trabalho de 215 árvores.

[pic 1]

Fonte imagem: https://www.bol.uol.com.br/noticias/2018/03/21/banco-com-jardim-vertical-promete-diminuir-a-poluicao-do-ar-em-areas-urbanas.htm

Tratando do bioconcreto que tem inúmeras hipóteses de revolucionar o mercado da construção, foi desenvolvido na Delft Technical University, nos países baixos, pelo microbiologista Hendrik Jonkers e pelo especialista em desenvolvimento de concreto Eric Schalnger.

A análise primária foi o cálcio dos ossos onde há uma restauração quando há quebra, pensando nesse sentido, iniciou-se a busca por bactérias para serem inseridas no concreto, que fizesse o mesmo processo, uma calcinação que fechasse as rachaduras do concreto tal qual a regeneração do osso humano. Dessa forma as bactérias precisam ter características especificas, onde tenham a formação de esporos, seja resistente a pH 12 – 13 e tolerante ao calor.

Ao encontrar as bactérias Bassillus pseudofirmus e a Sporosarcina pasteurii, desenvolveram um encapsulamento dos esporos com nutrientes, onde produziram uma capsula com bactéria, nitrogênio, fósforo e lactato de cálcio. Deixando esses elementos em uma forma de hibernação, porém, quando houver rachaduras entrará em contato com a água e o oxigênio fazendo essas substâncias se desenvolverem, produzindo a restauração.[pic 2]

Fonte imagem: https://www.atex.com.br/blog/materiais/bio-concreto-concreto-autorregenera/

Todavia o lactato de cálcio é muito caro, deixando todo o contexto da construção mais cara, foi utilizado um açúcar, mas acabou ficando muito mole, e atualmente estão desenvolvendo um açúcar que supra as necessidades e fique mais em conta.

  1. Métodos

O primeiro passo para tornar a pesquisa possível foi estabelecer um “esqueleto”, sobre o que gostaria que fosse exposto no artigo, em que foi definido o que teria de relevância a ser estudado. Colocando no esquema as principais dúvidas a respeito do bioconcreto e como o essa inovação iria ajudar, utilizando também as definições dos mesmos para auxiliar na explicação.

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