OS PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS

1 – Introdução:

                       Os comboios de navegação são, em síntese, um conjunto de equipamentos ou veículos ligados entre si com uma função de transportar cargas e pessoas. Consiste em um meio de transporte de suma importância no modal hidroviário, responsável pelo escoamento de mercadorias e produtos em rios navegáveis. É um meio de transporte de grande qualidade, apresenta uma grande capacidade de transporte, de forma econômica e versátil. Abrange diversas regiões interioranas, levando também, o bem estar à população, qualidade de vida, desenvolvimento econômico e renda, gerando polos empregatícios de uma forma geral. De forma a aprofundarmos no tema, procuraremos descrever sobre o transporte fluvial, que é o transporte hidroviário realizado em rios, utilizando as vias fluviais nacionais, ou até mesmo internacionais.

                        Algumas vantagens podem ser observadas a partir da utilização dos comboios de navegação, tais como, a sua capacidade de torná-lo um modal com um frete bastante baixo e com grande competitividade em relação aos demais modais.

                         O modal hidroviário é considerado mais seguro que os modais de transporte terrestres. Outra vantagem deste modal reside no fato de que ele é menos poluente do que os outros tipos de modais., apresentando um baixo índice de agressão ao meio ambiente. Segundo estudos realizados na Alemanha, o custo de manutenção da qualidade do meio ambiente das hidrovias é quatro vezes menor que nas ferrovias e, vinte vezes menor do que nas rodovias.

                         

2 - Objetivos:

2.1 Gerais

• Estudar os comboios de navegação quanto ao seu  funcionamento e sua estrutura.

2.2 Específicos

• Conceituar os comboios de navegação e as partes que o compõem.
• Entender o funcionamento e quais os tipos de comboios de navegação.
• Avaliar as atividades exercidas pelos comboios de navegação.
• Identificar problemas no uso dos comboios de navegação.
• Verificar as vantagens de utilização de comboios de navegação.

3 – Desenvolvimento do Tema.

3.1 – Definições de Comboio

                      Meio de transporte composto por um ou vários veículos ligados entre si, com a função de transportar pessoas ou cargas.

3.2 - Tipos de Embarcações

                          No Transporte fluvial os equipamentos utilizados são as balsas, chatas, barcaças, pequenos barcos, bem como navios de médio e grande porte, sempre dependendo das finalidades a que se destinam. Também deve ser considerada a capacidade da hidrovia, principalmente quanto ao calado, já que é comum os rios terem pequena profundidade, podendo variar de até 1,5 ou 2 metros. No transporte fluvial é frequente a utilização de comboios, formados por diversas barcaças, chatas ou balsas, cuja tração é dada por um empurrador ou rebocador. A viabilidade econômica de utilização de um comboio de navegação tem uma relação direta com sua capacidade de carga, ou seja, quanto maior for sua capacidade de carga, mais viável será sua utilização. Um comboio pode transportar milhares de toneladas de mercadorias, pois cada barcaça, individualmente, pode transportar cerca de 500, 1.000, 1.500 toneladas de carga.

Figura 1 - Barcaça

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Figura 2 – Balsa

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Figura 3 – Chata

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Figura 4 – Comboio de Navegação 1

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Figura 5 – Comboio de Navegação 2

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3.3 – Rebocador

                        O rebocador é um barco projetado para empurrar, puxar e rebocar barcaças ou navios em manobras delicadas (como atracação/desatracação). Eles são caracterizados por ter pequeno porte, motores potentes e alta capacidade de manobra.

Figura 6 – Rebocador 1

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Figura 7 – Rebocador 2

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                        Os Rebocadores são embarcações que atuam para auxiliar a navegação e manobra de sistemas flutuantes ou até mesmo outras embarcações. Tem como característica principal a sua força de tração estática (bollard pull), cuja principal unidade de torça é a tonelada (ton). Sua força de tração é a capacidade máxima de puxar, empurrar ou tracionar um navio ou sistemas flutuantes.

                        O Bollard Pull, também denominado Toneladas de Tração Estática (TTE) é a medida em toneladas da capacidade de reboque de um rebocador. É o valor da carga de tração que deve ser imposta ao cabo de reboque. Para a medição do Bollard Pull, o rebocador é colocado à potência máxima no motor enquanto é verificada a força que ele está fazendo em um dinamômetro. A força máxima que ele consegue obter no teste representa o Bollard Pull e, assim, fica definida sua capacidade de reboque.

Figura 8 – Medição Bollard Pull

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                        Podemos destacar algumas tarefas desempenhadas pelos rebocadores, de forma geral, em atuações em meio fluvial e marítimo:

• Atuar como facilitador de manobras de atracação, desatracação, manobras de giro e paradas em áreas pequenas. Nos portos brasileiros é obrigatória a utilização de rebocadores em auxilio aos navios, conforme definido pelo Departamento de Portos e Costa Marinha;
• Auxiliar e rebocar navios sem propulsão ou danificados;
• Em unidades marítimas e em instalações costeiras é utilizado para apoio e combate a incêndios;
• Atua no controle de poluição em caso de derramamentos;
• Atua no transporte de sistemas flutuantes;
• Escolta embarcações, em áreas de risco, com cargas perigosas;
• Proporciona apoio para neutralizar a ação do vento, correntes ou ondas.

3.3.1 - Tipos de propulsão

                      Existem três tipos de propulsão para rebocadores que podem ser classificadas como propulsão convencional, propulsão azimutal e propulsão cicloidal. Os propulsores quanto à sua posição do ponto de aplicação da força podem ser ainda divididos em duas categorias: rebocadores com propulsão a vante e rebocadores com propulsão a ré.