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PROJETO TCC CINTO DE SEGURANÇA

Por:   •  28/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.089 Palavras (21 Páginas)  •  869 Visualizações

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO EM ALTURA

Elton Astur Keller, Pós-Graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho Universidade Estadual do Amazonas, UEA, AM/Brasil

 eltonkeller@hotmail.com

RESUMO

Atualmente uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve por acidentes relacionados à trabalhos em altura, em grande parte dos casos, devido à falta de prevenção adequada. O risco de queda existe em vários ramos de atividades, deve-se intervir nessas situações de risco, regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros, promovendo assim a capacitação dos trabalhadores que realizam trabalhos em altura, no que diz respeito à prevenção de acidentes no trabalho, além de colocar em prática os métodos para análise de riscos, e o uso correto e particularidades do EPI e EPC, sempre levando em consideração o uso correto das Normas Regulamentadoras. O objetivo deste estudo é mostrar, através de dados extraídos por revisão literária, as medidas de prevenção de acidentes no trabalho em altura.

Palavras chaves: Trabalho em altura, Prevenção, Queda, Normas Regulamentadoras.

INTRODUÇÃO

O acidente do trabalho, ainda nos tempos atuais, com todo o conhecimento adquirido pela espécie humana, é capaz de causar grande quantidade de vítimas. Esses acidentes não ocorrem por acaso, e podem ser evitados, em quase sua totalidade. Há sempre uma ou mais causas que podem ser prevenidas com planejamento, organização, métodos adequados e aperfeiçoamento profissional (Rousselet, 1999).  

Conhecer vários aspectos e causas dos acidentes do trabalho sob diferentes perspectivas permite explorar o problema de forma integrada. São necessárias investigações de caráter multiprofissional e interdisciplinar que forneçam subsídios às políticas de prevenção e controle, (Yamakami, 2008).

Segundo Benite, 2004, os novos modelos de gestão não devem ter como objetivo apenas atender as exigências legais, mas, a partir delas, instituir uma cultura de prevenção de acidentes de trabalho que garanta a segurança e a integridade dos trabalhadores, podendo desencadear, como consequência, o aumento da produtividade e a melhoria na qualidade dos serviços.

O alto índice de acidentes provocados por queda de altura mostra uma necessidade maior de entendimento dos procedimentos constantes nas Normas Regulamentadoras, especialmente as NR´s 6, 18 e 35 a fim de reduzir ao máximo, possíveis acidentes para os trabalhadores nos diversos ramos de atividades.

A Norma Regulamentadora n° 35 determina, portanto, os requisitos mínimos para atividades executadas acima de 2,0 metros e recomenda a realização das tarefas ao nível do chão, ou seja, não expor o trabalhador ao risco de queda por meio da busca de alternativas. (Revista Proteção, Ed. 247 de Julho de 2012).

Caso não existam alternativas a norma obriga que sejam tomadas ações para eliminar o risco, como por exemplo, através de prevenções ao local onde possa ocorrer a queda, ou então para minimizar as consequências dos efeitos em caso de queda. (Honeywell, 2013).

Dessa forma, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão teórica, com base em literatura especializada, sobre as quedas de altura nos mais variados setores e as medidas de prevenção para evitar que tais acidentes ocorram.

1. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS

Segundo (Ayres, 2001), os acidentes relacionados às quedas estão entre os acidentes que mais ocorrem, e os motivos estão muito relacionados à falta de equipamentos disponibilizados pelas empresas e a inexistência de treinamentos específicos para trabalhos em altura.

Para que houvesse a viabilização da presente pesquisa e com o objetivo de obter maiores conhecimentos sobre o assunto abordado, a metodologia utilizada para contemplar este projeto se deu através o levantamento bibliográfico sobre trabalho em altura e assuntos pertinentes ao tema.

Levantaram-se bibliografias sobre procedimentos de segurança em obras de manutenção em edificações verticais, e demais obras relevantes, importância do uso de equipamentos de proteção individual, riscos e prevenção de acidentes no trabalho em altura, assim como uma pesquisa detalhada na Norma Regulamentadora para trabalhos em altura, a NR35.

1.1 Levantamento Bibliográfico

1.1.2 Trabalho em altura

Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. (NR 35, 2014). Adotou-se essa medida de referência por ser diferença de nível consagrada em várias normas, inclusive, internacionais.

1.1.3 Acidentes no trabalho em altura

Conforme conceitua o Ministério da Previdência Social, acidente do trabalho é o que pode vir a ocorrer durante o exercício do trabalho com o empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, durante suas atividades, que provoque lesão corporal ou perturbação funcional causando a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho (MPS, 2011).

O principal risco inerente ao trabalho em altura é a possibilidade de queda. Estatísticas indicam que acidentes relacionados ao trabalho em altura, em especial decorrente de quedas de nível, são representativos e frequentemente citados como uma das principais causas de lesões fatais ocupacionais.

Quedas são consideradas como significante problema no trabalho, acarretando fatalidades, dias perdidos e custos à indústria. As maiores taxas de acidentes fatais decorrentes por quedas de altura são encontradas nos setores da construção, da agricultura, da mineração e dos serviços públicos (Lucca; Mendes, 1993; Niosh, 2000; HSE, 2003; HSC, 2006).  

Quedas de altura constituem 28% dos acidentes de trabalho relatados nos Países Baixos (Aneziris, 2008). Constituem, também, a principal causa de lesões graves (amputação, fratura e traumas múltiplos) na Dinamarca, com significante aumento de casos nos últimos anos (Kines, 2003). 

O National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) identificou as quedas de altura como a quarta causa (10%) de lesões fatais no trabalho. No período compreendido entre 1980 e 1994, cerca de 8.102 trabalhadores morreram em decorrência de quedas de altura nos Estados Unidos (Niosh, 2000).

No Brasil, o MTE identificou 314.240 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT), cerca de 17,6% referentes a quedas durante período de janeiro de 2005 a maio de 2008. Dessas, 205.832 (65,5%) correspondem a quedas com diferença de nível (BRASIL, 2002a). Telhados (15,2%), andaimes (13%) e escadas (12,3%) foram identificados como os agentes mais comuns associados a lesões fatais no trabalho (Niosh, 2000).

Depois de descargas elétricas, o trabalho em altura é uma das principais causas de acidente do trabalho fatal no Brasil. Alguns setores de atividades profissionais, dentre elas a construção civil, se destaca como uma das grandes fontes de acidente dessa natureza. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatam que em 2011 quase 12% do montante de acidentes do trabalho correspondem a quedas com diferença de nível (Ministério da Previdência Social [MPS], 2011)

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