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Telhado Verde x Telhado Convencional

Por:   •  28/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.666 Palavras (15 Páginas)  •  268 Visualizações

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TRABALHO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

TELHADO VERDE X TELHADO CONVENCIONAL

Alana Grochowalski Araújo (1), Ana Nataly dos Anjos Costa (2), Salomão Alves (3), Leonardo Cotinguiba(4)

  1. Graduanda em Engenharia Civil na UFRB Campus Cruz das Almas

alanagrocho@hotmail.com

  1. Graduanda em Engenharia Civil na UFRB Campus Cruz das Almas

ananatalycosta@gmail.com

  1. Graduando em Engenharia Civil na UFRB Campus Cruz das Almas

salomaoalves00@hotmail.com

  1. Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental na UFRB Campus Cruz das Almas

leocotinguiba@hotmail.com

RESUMO

A crescente urbanização vem trazendo consequências graves às populações, como: enchentes, alagamentos, poluição das águas, escassez e desperdício de água, entre outras. Assim a utilização de tecnologias que combatam tais problemas se torna fundamental. Uma inovação que surgiu como alternativa sustentável e racional é o emprego do telhado verde em substituição ao convencional, que visam ser implantados como um mecanismo de eficiência energética, de conforto térmico e acústico e um potencial redutor da vazão de água pluvial escoada. Com o objetivo de fazer uma análise comparativa, entre a aplicação do telhado verde e do telhado convencional, de características de custo-benefício, de contribuição na redução da vazão da água pluvial escoada, do aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis e do conforto térmico e acústico, este estudo, através de revisão bibliográfica, mostrou a aplicação de telhados verdes como um sistema construtivo eficiente no planejamento urbano, podendo chegar a uma diminuição de até 70% do calor transferido via telhado para o interior das edificações.

PALAVRAS-CHAVE: Telhado verde, Inovação tecnológica, Análise comparativa.

  1. INTRODUÇÃO

Cinquenta por cento da população mundial vive em cidades. Parte contribuinte neste número são os países em desenvolvimento como o Brasil em que a população urbana é cerca de 80%. Isso ocasiona uma demanda exorbitante por água e infraestrutura correlacionada. No que tange a manutenção da vida, e preservação das atividades políticas, socioeconômicas e ambientais [2]. Assim, observa-se o crescimento da ocupação informal, que além da pressão sobre os recursos naturais, aumenta às áreas impermeáveis, ou seja, uma grande densidade populacional inevitavelmente modifica o ambiente, e seu em torno.

A remoção da vegetação natural, e sua substituição por pavimentos menos porosos e mais impermeabilizados, com coeficiente de escoamento (run-off) próximo de um e uma taxa de infiltração baixa provoca o acúmulo de água, que inicialmente recebem contribuição das residências e se juntam com as das demais áreas urbanas, gerando um aumento acentuado no escoamento superficial de águas pluviais, o que acarreta em maior volume de água para drenagem, acelerando os escoamentos, favorecendo o acúmulo de água em pontos de saturação, provocando inundações nestes locais [4]. O aumento da destruição vegetal e alteração da paisagem natural têm afetado diretamente o ciclo hidrológico, que aliados ao aumento da área impermeável e a falta de tratamento dos efluentes gerados têm vitimado toda a população.

A busca por soluções que minimizem o desperdício de água, aliado a segurança e sustentabilidade dos produtos são grandes preocupações nos diversos setores sociais. Devido à escassez de água que vem rondando o país, a adoção de sistemas de captação e armazenamento de água da chuva tem se tornado cada vez mais frequente nas cidades brasileiras visando o aproveitamento desta água para fins não potáveis. Assim, com a intenção de incentivar a adoção e auxiliar na implantação desses sistemas de aproveitamento de água pluvial, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), criou uma comissão para elaboração dos critérios para aproveitamento de água da chuva para fins não potáveis em áreas urbanas.

Devido ao surgimento desses impactos ambientais o aparecimento de alternativas sustentáveis, beneficia diretamente o usuário que implementa essas ações e, também, toda a população que interage ou está conectada indiretamente com a bacia. Há tanto um benefício econômico (aproveitamento do volume de chuvas e redução da temperatura local), social (redução de áreas alagadas) e do ambiental com a redução dos processos erosivos e, consequentemente, dos processos de assoreamento e de degradação dos corpos d'água [4].

Nesse contexto o estudo do telhado verde se mostra viável, pois é uma das alternativas sustentáveis existentes hoje no mercado frente aos telhados e lajes convencionais, pois atua como gerenciador de grandes volumes de chuvas, retardando sua drenagem (aumento do run off), para as galerias pluviais, contribuindo de forma importante para a mitigação de inundações e enchentes.

Este trabalho tem como objetivo revelar e divulgar a técnica do telhado verde como um sistema construtivo eficaz quando se pensa na busca de novas ideias para minimizar o impacto que a construção civil causa no meio ambiente. As vantagens com relação ao telhado convencional são inúmeras e serão apresentadas junto com as pequenas desvantagens que apresenta.

  1. TELHADO VERDE

Ao se elaborar um projeto arquitetônico, uma das primeiras preocupações é com a cobertura, já que ela tem como função essencial garantir a estanqueidade (capacidade de reter a água) e ter bom desempenho térmico e acústico.  Assim o telhado verde se torna uma solução tão interessante afinal possui grande capacidade de reter água, melhora muito as condições térmicas e acústicas e ainda confere uma grande qualidade estética.

A mais famosa referência de colocação de vegetação na cobertura da antiguidade são os Jardins Suspensos da Babilônia. Originalmente as pesquisas sobre esta tecnologia iniciaram-se na Alemanha em 1950 com o intuito de mostrar os benefícios das plantas em coberturas, e seu papel na conservação de energia, e redução do consumo de água [1].

O telhado verde, também chamado de ecotelhado, é uma técnica de arquitetura que consiste no uso de vegetação sobre a cobertura de casas e edifícios, com impermeabilização e drenagem adequadas, proporcionando melhorias nas condições de conforto termoacústico (tanto no inverno quanto no verão) e paisagismo das edificações, reduzindo a poluição ambiental comum em grandes centros urbanos.

A estruturação do telhado verde consiste no emprego de cobertura vegetal sobre o telhado das construções, com aplicação de métodos de impermeabilização e drenagem da água [3]. Além disso, a parte estrutural da edificação deve suportar a sobrecarga estática proveniente do acumulo de água, e das partes que compõem o telhado.

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