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AS BASES TEÓRICAS DE APRENDIZAGEM

Por:   •  27/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.150 Palavras (9 Páginas)  •  471 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS[pic 1]

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CARLA ALINE DE ABREU AYALA DE CASTRO

RELATÓRIO – AVALIAÇÃO ESCRITA 2

Dourados-MS

2017

  1. INTRODUÇÃO

O presente relatório trata-se de uma síntese acerca dos conteúdos discutidos ao longo das aulas da disciplina Bases Teóricas de Aprendizagem II (BTA)

e Experimentação no Ensino de Química, ambas ministradas no curso de Química pela professora Vivian Calixto, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

No interior das discussões em torno dos conteúdos desenvolvidos através da disciplina intitulada Bases Teóricas de Aprendizagem II, serão abordados os principais conceitos referentes à Teoria da Aprendizagem, segundo ambos os teóricos: Vygotski e Piaget. Aqui, pretende-se promover um movimento crítico de retomada e reflexão a respeito das atividades e discussões realizadas em sala de aula, tais quais os limites e potencialidades dos conceitos piagetianos e vygotskianos, sobretudo quando aplicados ao ensino de Química.

Já em relação à disciplina Experimentação no Ensino de Química, serão retomadas as Abordagens Investigativa e Problematizadora da Experimentação. Seus principais conceitos serão revisitados de modo a criar um contexto de reflexão sobre as possibilidades de aplicação das referidas abordagens a aulas de Química, especificamente à sua aplicação em atividade de experimentação em sala de aula.

As discussões sobre os conteúdos desenvolvidos ao longo das duas disciplinas têm por propósito principal mostrar os pontos em que as teorias sobre a aprendizagem e sobre a experimentação se articulam. Neste momento será abordado, desse modo, as questões desenvolvidas no decorrer do semestre em torno do Pensamento Crítico.    

  1. TEORIA DA APRENDIZAGEM

  1. Jean William Fritz Piaget 

Jean William Fritz Piaget, nascido em 1896, na cidade suíça de Neuchâtel, foi um biólogo cuja influência sobre o campo da educação durante a segunda metade do século XX foi crucial, sobretudo em decorrência das contribuições que suas reflexões propiciaram ao campo de estudo da Pedagogia.  Especialmente seus estudos sobre as concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, possibilitaram à Piaget a criação de um campo de investigação que o próprio denominou de epistemologia genética, a qual trata-se de uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. Tais estágios resumem o que ficou conhecida como a Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Piaget.

Segundo essa teoria, o processo de construção do conhecimento não pode ser entendido como algo pré-determinado pelas estruturas internas do sujeito e tampouco pelas características do objeto. Tais estruturas resultam, ao contrário, de uma construção contínua, enquanto que as características do objeto só são conhecidas pela mediação dessas estruturas. O conhecimento seria, assim, o resultado de interações que se produzem entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, contendo um elemento de elaboração novo.

Segundo Piaget, todo o conhecimento em si pode ser considerado como um processo de construção que vai sendo elaborado desde a infância, por intermédio de interações entre o sujeito e os objetos desse conhecimento, sejam estes do mundo físico ou cultural. Com isso em mente, o biólogo propôs que o desenvolvimento mental, desde a sua gênese, pode ser definido como uma equilibração progressiva, dividida em quatro estágios, sendo cada qual responsável por determinadas construções. São eles: Estágio sensório-motor (de 0 a 2 anos de idade); Estágio Pré-operatório (de 2 a 6 anos de idade); Estágio operatório concreto (de 7 a 11 anos de idade); Estágio das operações formais.

Cabe abordar aqui os dois últimos estágios de desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget, uma vez que foram estes os estágios abordados durante as aulas da disciplina BTA.

  • Estágio operatório-concreto: Nesse estágio a criança torna-se capaz de efetuar operações mentais, tais como classificação e agrupamento, ou de recordar o todo enquanto divide partes ou coordenar sequencialmente as ideias, iniciando a construção de operações reversíveis, podendo considerar, simultaneamente, o todo, e também, os diversos reagrupamentos de suas partes. Com a reversibilidade, a criança pode explorar caminhos distintos para se resolver um problema e, ao pensar sobre um fato, fazê-lo valendo-se de diferentes perspectivas.

  • Estágio das operações formais: A partir de 12 anos, aproximadamente, a criança, agora no estágio das operações formais, inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz agora de formular um pensamento abstrato, culminando no final desse período, geralmente aos 15 anos, quando atinge a maturidade intelectual. Nesta fase, a linguagem oferece um suporte coerente ao pensamento conceitual, onde se verifica a capacidade de formular proposições e hipóteses, e o acesso ao conhecimento filosófico e científico. O indivíduo atinge a autonomia quando já é capaz de refletir sobre valores sociais e posicionar-se criticamente frente a eles.

  1. Lev Semenovitch Vygotsky

Lev Vygotsky nasceu em 1896, na cidade russa de Orsha. Pensador influente de sua época, Vygotsky foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.

Vygotsky trazia muita ênfase ao processo histórico/social, bem como ao papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo. Tinha também como questão central a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para ele, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação. Ele sempre considerou o homem inserido na sociedade e, sendo assim, sua abordagem sempre foi orientada para os processos de desenvolvimento do ser humano com ênfase da dimensão sócio histórica e na interação do homem com o outro no espaço social.

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