Análise de Cátions e Ânions

FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria e RAMOS, Marise. O trabalho como princípio educativo no projeto de educação integral dos trabalhadores.

(P.1-2) Os autores iniciam o texto questionando o fato de que na atual situação em que o trabalhador se encontra é difícil fazer uma relação entre trabalho e educação. O primeiro se encontra diretamente relacionado à alienação que o capitalismo proporciona. “Como pode ser educativo algo que é explorado e, na maior parte das vezes, se dá em condições de não escolha? Como extrair positividade de um trabalho repetitivo, vigiado e mal remunerado?”.

(P. 3-4) Em meados de 1980 começou-se a discutir o vínculo entre trabalho e educação. O filósofo Georg Lukács contribuiu com alguns ideais a respeito da ontologia do ser, que significa os seres que são e não são ao mesmo tempo, porque estão em processo de mudança. Ele relacionou essa antologia ao trabalho e a educação. “O trabalho é a base estruturante de um novo tipo de ser, de uma nova concepção de história”.

(P. 5-6) “Toda práxis social, se considerarmos o trabalho como seu modelo, contém em si esse caráter contraditório. Por um lado à práxis é uma decisão entre alternativas, já que todo indivíduo singular, se faz algo, deve decidir se faz ou não. Todo ato social, portanto, surge de uma decisão entre alternativas acerca de posições teleológicas futuras” (LUKÁCS)

(P. 6) Os autores citam Saviani, que propõe três princípios educativos: o primeiro é referente à determinação do grau do desenvolvimento social; o segundo, relativo às exigências que a educação tem de integrar, pois seus membros têm de ser socialmente produtivos, ele está relacionado à politecnia; e a terceira, determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico.

(P. 7) Segundo os autores, a educação tecnológica no Brasil acontece no ensino médio, pois é geralmente neste momento que as escolha profissional acontece, e a educação que acontece nesse período possibilita um melhor desenvolvimento intelectual.

(P. 8) (...) “Muitas vezes, o acesso ou o retorno à vida escolar ocorre motivado pelas dificuldades enfrentadas no mundo do trabalho, pela necessidade de nele se inserir e permanecer”.

(P. 9-10) É preciso ter como meta, no momento da formação de cidadãos, um equilíbrio entre a educação voltada para o mundo do trabalho (...) “reconhecer o trabalho como princípio educativo, primeiro por sua característica ontológica e, a partir disto, na sua especificidade histórica, o que inclui o enfrentamento das instabilidades do mundo contemporâneo”.

(P. 11-12) Para os autores, o que diferencia o homem dos animais é a atividade vital, a consciência. É através dela, que a ciência é formada. Ainda, segundo eles: “cultura é o processo de produção de símbolos, de representações, de significados e, ao mesmo tempo, prática constituinte e constituída do/pelo tecido social”, dai a importância de se relacionar o saber cientifico, com o processo de trabalho, possibilitando ao trabalhador explorar suas capacidades.

(P. 13) O trabalho contribui para a compreensão da evolução da ciência, e desenvolve os conhecimentos humanos. Consequentemente, a ciência proporciona um melhor desenvolvimento na formação do trabalho.

(P.14) “Formação profissional, por sua vez, é um meio pelo qual o conhecimento científico

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