Discussão Testes de Identificação

DISCUSSÃO

-- Testes de Identificação

Escolheu-se a amostra S-5 entre as opções disponibilizadas no laboratório para análise e identificação. A princípio, fez-se um exame preliminar e registrou-se as características aparentes da substância, um sólido branco, amorfo e bem pulverizado.

De posse de uma pequena quantidade de amostra (cerca de 50 mg), e com o auxílio de uma lamparina acesa, observou-se a inflamabilidade do sólido e a natureza da chama. Logo em seguida, verificou-se que o sólido ao ser queimado desprendeu fuligem escura em meio a uma chama levemente colorida (amarela-azul), detalhes estes que, respectivamente, evidenciam a presença de uma substância aromática com um número considerável de insaturações e também dotada de oxigênio em sua constituição.

Em seguida, deu-se início aos testes de solubilidade da amostra em solventes de diversificadas características com o intuito de verificar a identidade química do composto, no que diz respeito a acidez ou basicidade do mesmo e também sua polaridade. Em água, o composto apresentou pouca solubilidade mesmo depois de agitação vigorosa. Seguindo o esquema proposto no roteiro, dada a considerável insolubilidade do composto em meio aquoso, partiu-se para a verificação da solubilidade em NaOH 5% v/v que foi rapidamente confirmada. Adiante, verificou-se a solubilidade em NaHCO3 5% v/v, novamente confirmada, o que atestou que a amostra era um ácido orgânico. Para comprovar essa natureza do composto, realizou-se um teste de pH. Após mergulharmos a fita indicadora na solução aquosa, constatou-se um pH entre 2 e 3, o que atestou a eficiência das análises anteriores.

A amostra desconhecida em estudo foi classificada através dos testes de solubilidade como A1, onde enquadram-se ácidos orgânicos fortes – podendo ser características de ácidos carboxílicos ou fenóis com grupamentos em posição orto e para. Mediante este feito, pôde-se escolher e aplicar os testes de funcionalidade adequados.

Fez-se então testes para essas duas principais categorias, iniciando pelo Teste de pH para Ácidos Carboxílicos. Neste teste, os ácidos carboxílicos são solúveis em solução aquosa de NaOH 5% v/v e em NaHCO3 5% v/v, com liberação de dióxido de carbono através de bolhas em solução. Realizou-se o teste proposto e confirmou-se ambas as solubilidades e o desprendimento de bolhas na solução contendo bicarbonato de sódio.

Nos testes para Fenóis, iniciou-se pelo Teste do Hidróxido de Sódio, no qual a amostra de fenol reage com hidróxido de sódio produzindo fenolatos, que podem ser coloridos ou tornarem-se marrons, por oxidação. Para a amostra utilizada no laboratório, porém, verificou-se apenas a sua solubilidade na solução de NaOH 10% v/v, resultando em uma negativa sobre o composto se tratar de um fenol (ou possuir esse grupamento funcional como principal da molécula). Em contrapartida, no Teste do Cloreto Férrico, as amostras formam complexos coloridos com o íon Fe3+, com variação de coloração do azul ao vermelho. Fazendo uso de uma solução de FeCl3 3% v/v, observou-se o desenvolvimento de uma coloração roxa-azulada no meio em que se encontrava a amostra S-5, o que pôde-se confirmar a presença de um grupamento fenol na molécula em questão.

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