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Os Desafios da escola pública na pós-modernidade: a decadente autoridade do professor e a violência nas instituições de ensino

Por:   •  3/12/2017  •  Resenha  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  332 Visualizações

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Desafios da escola pública na pós-modernidade: a decadente autoridade do professor e a violência nas instituições de ensino

A presente resenha tem como objetivo discutir a relação entre professor e aluno no ensino médio a partir do artigo “Encontros com professores e alunos de uma escolar estadual do ensino médio – uma escuta em que a dimensão objetiva se vê alinhada pela subjetividade dos atores”, de Mônica Amaral, retirado do livro “Educação, psicanálise e direito”.

O foco do artigo estudado foi a problematização da relação entre professores e alunos, especialmente a partir de uma rebelião iniciada pelos alunos de uma escola pública do estado de São Paulo. Segundo a autora, é importante que se observe o quanto a relação entre professores e alunos se torna palco de transferências. De acordo com Gutierra (2003), “na adolescência, a relação com o professor é permeada pela questão imaginária: até que ponto esse professor é ou não aliado dos pais?”. Amaral (2006) entende que essa relação está intrinsicamente ligada às relações sociais a que esse aluno é submetido. Sendo assim, é necessário que o professor compreenda os afetos envolvidos em uma sala de aula para que consiga criar vínculo com os alunos, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

Uma das grandes preocupações atualmente é a violência que ocorre dentro das salas de aula, chegando ao ponto de serem relatadas agressões físicas. Existem algumas possíveis causas para o aumento da violência em sala de aula. Uma das explicações é a dificuldade que existe no transmitir conhecimento na sociedade pós-moderna em que vivemos. Nela, escondem-se os afetos porque não se sabe lidar com eles. Outro ponto a ser considerado é o declínio da figura do pai, da autoridade, não havendo noção de limite nos adolescentes. Há ainda o fato de que o aluno possui a sensação de não pertencimento àquele local, seja a sala de aula, a escola como um todo, ou até mesmo a comunidade em que está inserido, aumentando sua falta de disciplina. Também existe o fato de que a escola permanece insistindo em um ensino tradicional, quando há uma demanda de uma participação mais efetiva no universo dos jovens.

Todas essas questões foram trabalhadas pela autora do artigo na escola. A princípio, a autora tentou uma aproximação com os professores e não obteve muito sucesso. Havia desinteresse e um esforço em maquiar a situação de violência na escola, que estava prestes a explodir. Também existia um forte preconceito social com os alunos, assumindo que eram delinquentes. Esses pensamentos afastam os professores dos alunos, e os impede de entenderem os afetos e transferências presentes em sala de aula. Um claro exemplo disso foi a rebelião que ocorreu porque os alunos não concordavam com a metodologia de uma professora.

A rebelião causada pelos alunos nada mais foi que uma forma de chamar a atenção de professores, coordenadora e diretora para abrir espaço ao diálogo. Já haviam sido feitas reclamações e, no entanto, não havia sido tomada nenhuma posição dos agentes educativos.

Após a rebelião, a autora do artigo se reuniu com alguns representantes dos segundos e terceiros anos da escola, conduzindo um debate sobre o que é ser adolescente. Um método bastante eficaz utilizado pela autora foi o de deixar que eles expusessem

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