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A Gestão de Pessoas

Por:   •  12/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  182 Visualizações

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Matriz de atividade individual

Disciplina: GPESEAD-24 - Gestão de Pessoas

Módulo: 4- Liderança: tendências e desafios

Aluno: Marcela Carvalho Gonçalves de Sá

Turma: ONL018C1-ZOGEVT11T1

Introdução

Este trabalho refere-se à análise de alguns dos estilos de liderança mais conhecidos e vivenciados no contexto organizacional. No qual constam as características mais expressivas de cada tipo de liderança, seguido com as vantagens e desvantagens de cada um, com a finalização a respeito dos tipos destacando a maior frequência de uso, bem como o que é mais almejado no ambiente corporativo.

Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança

Baseado nas considerações de Souza e Santos (2010) ser líder é administrar os conflitos, transformando-os em oportunidades, apresentando os suportes necessários para que os objetivos da organização sejam alcançados. Ao descrever um processo de liderança eficaz, Salantini (2004 apud (SOUZA; SANTO, 2010) expôs que,

Não pode ignorar o fato de que as pessoas possuem qualidades humanas, com personalidades diferentes que mudam de acordo com acultura que os cerca. Desta forma, precisa ser capaz de compreender e lidar com problemas que envolvem motivação, trabalho em equipe, criatividade, mudança etc.

        Visto isto, para poder ter uma melhor compreensão dos tipos de liderança, abaixo estão destacados os 5 (cinco) tipos de liderança que são mais encontrados, sendo o autocrático, democrático, liberal, situacional e o transformacional, estando descritos as principais características de cada tipo de liderança, bem como suas vantagens e desvantagens.

        A liderança autocrática, de acordo com Kurt Lewin (1973 apud FERREIRA et al., 2017) é adotada por líderes centralizadores, coercitivos, tendo assim o rígido controle dos processos, portanto a ênfase é no líder. Este tipo de liderança apresenta como vantagem alta produtividade, porém as desvantagens são maiores, pois os liderados geralmente são expostos em ambientes com maior tensão, frustração e agressividade (CHIAVENATO, 2005). Acrescenta-se a estas características, a comunicação deste tipo de liderança é geralmente superficial e padronizada; com baixa participação e iniciativa da equipe; baixa constância de feedback; baixa aderência às responsabilidades por parte dos liderados, uma vez que a “ordem” é sempre do líder e então as responsabilidades passam também a ser dele; tendo a necessidade de presença constante do líder, pois quanto este se ausenta, há pouca tendência de formação de espírito de equipe, o que causa queda no rendimento de trabalho (CORRÊA, 2011). De acordo com Basso (2016) este estilo apresenta pouco espaço para questionamentos e sugestões por parte dos liderados, o que causa também insatisfação e desmotivação, e apresenta um ambiente sensível a tensões e conflitos.

        Já o líder liberal (laissez-faire), apresenta-se como “oposto” do primeiro, visto que a ênfase é na equipe, e esta tem a liberdade para tomar decisões, com participação baixa do líder (CHIAVENATO, 2005). Mello (2010) define que este estilo de líder delega os poderes e fica à disposição quando necessário para os liderados, porém fica exposto ao nível de maturidade e conhecimento da equipe, e quando não há acompanhamento do líder, a equipe pode ficar perdida, gerando baixa produtividade e dificuldade na conclusão do trabalho. De acordo com a exposição de Souza e Santo (2010) a liberdade também ocasiona desvantagens visto que,

é o excesso de liberdade para os colaboradores; isto é maléfico para a organização e para o controle dos colaboradores. A liberdade que o líder dá aos seus colaboradores em demasia acarreta, também, intrigas e individualismo por parte dos colaboradores.

        Ainda sobre o estilo liberal e a respeito da liberdade, é necessário destacar que a ausência de foco e objetivo, leva há uma acomodação dos colaboradores (SOUZA; SANTO, 2010). Bem como de acordo com Chiavenato (2005), há uma baixa produtividade e qualidade das atividades, pouco feedback, com elevado grau de individualismo, baixo grau de espirito de equipe, insatisfação, e pouco respeito ao líder.

        O terceiro tipo de liderança é o líder democrático que tem o foco no líder e na equipe, visto que o líder estimula a participação coletiva para as tomadas de decisão (CHIAVENATO, 2005). Neste estilo o líder busca ser um facilitador dos processos, tendo característica de ser participativo, no qual ouve e apresenta ideias quando necessário, oferece feedback constante, e auxilia no desenvolvimento da equipe, favorecendo a um bom relacionamento entre os membros, com comunicação assertiva, incentivo e responsabilidade por parte de todos (BASSO, 2016). Para Mello (2010), este estilo exige uma maturidade elevada dos membros da equipe, o que favorece o aumento de produtividade, porém pode gerar indecisão devido à diversidade de ideias. Este estilo de liderança é o mais almejado no ambiente organizacional pela interação da equipe, o tratamento conferido a todos, a motivação e satisfação gerada, a realização profissional, a autoestima elevada, o aumento das responsabilidades dos membros da equipe, bem como a eficiência conquistada a partir da conduta dos colaboradores e o respeito ao líder (SOUZA; SANTO, 2010).

        Como quarto estilo de liderança, vem crescendo no ambiente corporativo, a liderança situacional que surgiu a respeito da necessidade de adaptação da capacidade do líder em utilizar o estilo mais adequado diante da diversidade de situação em que é exposto (LEWIN, 1973 apud FERREIRA et al., 2017). Desta forma, podemos destacar como pontos portes dessa liderança a alta adaptabilidade para lidar com o ambiente competitivo, porém, é necessário um alto grau de maturidade do líder, para que este consiga identificar os perfis e necessidades de cada momento e cada liderado. Segundo Cavalcanti, et al. (2009, apud FERREIRA et al., 2017) às circunstâncias levam o líder a definir suas ações, considerando de forma essencial o nível de maturidade dos liderados, tanto de conhecimento do trabalho, quanto a psicológica. Portanto, conforme apresenta Basso (2016), cabe ao líder à ênfase na orientação ou apoio ao liderado para a execução da tarefa, assim:

- Para subordinados com baixa competência e alto empenho, o líder deve fornecer direção para desenvolver suas habilidades.

- Para subordinados com alguma competência, mas baixo empenho, o líder deve fornecer direção e estímulo para continuar a desenvolver as habilidades e restabelecer o empenho.

- Para subordinados com média a alta competência e empenho variável, o líder deve fornecer apoio para estimular a motivação e a autoconfiança.

- Para subordinados com alta competência e alto empenho, o líder deve delegar responsabilidades.

        Diante do contexto organizacional que apresenta hoje a característica de necessidade constante da inovação, a liderança transformacional, quinto estilo de liderança, desempenha um importante papel, visto que os líderes têm como papel principal incentivar, inspirar e motivar a inovação e mudanças que favoreçam o crescimento da equipe (WHITE, 2018). Estes líderes são os “que inspiram seus seguidores a transcender os próprios interesses e que são capazes de causar um impacto profundo e extraordinário em seus liderados” (ROBBINS, 2000 apud FERREIRA et al., 2017). Os principais atributos deste líder destacam o alto incentivo e motivação, atua como exemplo aos liderados, transparência de suas ações criando ambiente pautado na ética, valores e padrões, desenvolvimento de interesse dos colaboradores, cooperação e comunicação assertiva, empatia, orientação e feedback constantes. Robbins, Judith e Sobral (2010, apud FERREIRA et al., 2017) destacam que esta liderança resulta em indivíduos que buscam metas ambiciosas, além de um maior alinhamento dos valores e objetivos dos liderados com a organização.

Considerações finais

De acordo com todo o exposto, é imprescindível que seja destacado que a liderança é uma influência pessoal (CORRÊA, 2011), e que para Chiavenato (2006 apud CORRÊA, 2011)

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

        Os estilos de liderança mais almejados no ambiente corporativo são a liderança transformacional, situacional e democrática, devido a alta performance que desenvolve nos liderados, e também a interdependência e resultados obtidos. Já as lideranças autocráticas e liberais, são ainda muito praticadas hoje, porém resultam em menor eficácia.

        Sendo assim, podemos destacar que cada líder terá seu tipo de liderança e que tanto o ambiente quanto os liderados irão influenciar constantemente.

Referências bibliográficas

BASSO, Carlos. Principais estilos de liderança e suas consequências na organização. 2016. Disponível em: < https://www.crbasso.com.br/blog/principais-estilos-de-lideranca/>. Acesso em 29/07/2018.

CAVALCANTI, Vera Lucia dos Santos et al. Liderança e motivação. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009. In FERREIRA, V.C.P. et al. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2017.

CHIAVENATO, Idalberto. A Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier Campus, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. In CORRÊA, Guilherme Metidieri. Estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal. 2011. Disponível em: . Acesso em 29/07/2018.

CORRÊA, Guilherme Metidieri. Estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal. 2011. Disponível em: . Acesso em 29/07/2018.

FERREIRA, V.C.P. et al. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2017.

LEWIN, Kurt. Princípios de psicologia topológica. São Paulo: Cultrix, 1973. In FERREIRA, V.C.P. et al. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2017.

MELLO, Fábio Bandeira de. Conheça os 10 perfis de liderança mais comuns. 2010. Disponível em: . Acesso em 29/07/2018.

ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000. In FERREIRA, V.C.P. et al. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2017.

SALANTINI, R. M. C. A arte da liderança como uma competência essencial do secretário executivo. Monografia: Disponível em: . In SOUZA, J.P.S.; SANTO, E.E. Uma análise dos estilos de liderança organizacional. Biblionline, João Pessoa, v. 6, n. 1, p. 160-169, 2010.

SOUZA, J.P.S.; SANTO, E.E. Uma análise dos estilos de liderança organizacional. Biblionline, João Pessoa, v. 6, n. 1, p. 160-169, 2010.

WHITE, Sarah K. Liderança transformacional: um modelo para motivar a inovação. 2018. Disponível em: . Acesso em 29/07/2018.

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