A IMPORTÂNCIA DO LÍDER NA MUDANÇA DA CULTURA ORGANIZACIONAL

A IMPORTÂNCIA DO LÍDER NA MUDANÇA DA CULTURA ORGANIZACIONAL

Andre Luiz Raulino (FMP)

andreraulino@gmail.com

RESUMO: O presente estudo tem como objetivo a compreender o espaço do líder na cultura organizacional, tendo como inicio no pressuposto que é essencial a percepção da influencia do líder sob o trabalho de seus liderados, e da necessidade na devida condução das pessoas num ambiente de fortes turbulências e mudanças, para o decorrer do processo. A fundamentação do tema foi realizada através de estudos bibliográficos. Para compreensão do assunto foi apresentado o conceito de Cultura organizacional e sua importância no contexto organizacional atual, diante o ponto de vista de diferentes autores. Na abordagem sobre liderança, foram discorridas sobre o líder, suas características e habilidades. A questão central da discussão é a relação entre a liderança e a cultura organizacional e da capacidade ou habilidades do líder possui para influenciar  as pessoas em um cenário de mudança.  Pretende-se deste modo demonstrar que cada organização possui uma cultura impar e o impacto que pode ter sobre o crescimento da empresa, bem como a necessidade de uma liderança como um dos fatores fundamentais para o sucesso das organizações.

PALAVRAS CHAVE: Liderança; Mudança; Cultura Organizacional. 

1. INTRODUÇÃO

Com o efeito da globalização e do mercado mundial, surgiu uma nova abordagem no funcionamento das organizações. As mudanças ocorrem o tempo todo, e as organizações estão vivenciando em seus quadros de colaboradores uma diversidade cultural, tendo a necessidade uma liderança para gerir o surgimento da cultura organizacional. Para Rocha & Salles (2005), as mudanças aceleradas que estão ocorrendo no  mundo tem exigido das organizações adaptação e respostas rápidas aos novos desafios,  através de uma liderança que atue no cumprimento do planejamento organizacional, por meio da influencia exercida em seus liderados, caminhando todos ao envolvimento ao rumo dos objetivos empresariais.

Cabe demonstrar que “um estudo de cultura permite compreender as relações de poder, as regras não escritas, aquilo que é tido como verdade, como valores, crenças, mitos e costumes” (ZAVAREZE, 2008, p. 1).

As pessoas estão diretamente ligadas a cultura organizacional da empresa, o conhecimento advindo das pessoas compõe o capital intelectual, o maior bem que uma organização possui. O novo contexto organizacional tem como centro a liderança, cujo papel fundamental, em meio a tantas mudanças e incertezas é manter em seu quadro de funcionários, indivíduos que contribuem na elevação e melhoria do desempenho organizacional, considerando que cada organização possui uma cultura única, que irá causar impacto sobre o desenvolvimento da empresa. Esta liderança precisa ser forte e adequada para gerir, adaptar e mudar está cultura, quando necessário, alinhada ao planejamento estratégico. 

Através de pesquisas bibliográficas, foi possível levantar dados para entender e  analisar o papel do líder na gestão da cultura organizacional, considerando a influencia que poderá exercer sobre seus liderados. O desenvolvimento do assunto permitirá a definição de cultura organizacional, e a abordagem do tema liderança e sua influencia na cultura organizacional, conceituação de liderança, líder, suas características e habilidades. A questão central da discussão é a relação entre a liderança e a cultura organizacional e a importância de uma atuação na condução de seus liderados em um cenário de mudança na organização.

2. CONCEITO DE LIDERANÇA

        Liderança é a demonstrar ou conduzir um grupo de indivíduos para almejar objetivos estabelecidos de forma eficaz e eficiente. Segundo Heilborn (2003), liderar significa conduzir; é aquela pessoa que conduz o grupo, leva-o a algum lugar.

        Para Robbins (2006) liderança é entendida como um processo de influência, no qual os líderes são indivíduos que encorajam com suas ações as pessoas e grupos a seguirem uma única direção para o alcance de objetivos.

        Liderar não é só administrar, vai além, é conduzir e motivar as pessoas, com características diferentes, com destino a um objetivo comum. Com as olimpíadas, este grande evento, podemos citar Bernardinho (técnico da Seleção Brasileira de volei, ISTO É, 2001, p. 65) ”liderança é a capacidade de tirar a máxima performance de sua equipe com padrões de consistência e permanência”.

A liderança é indispensável para a administração da organização, Soto (2002) afirma que sem liderança uma organização seria somente um conjunto de pessoas, sem destino, e que um bom gerente pode não ser um bom líder, no entanto pode adquirir está habilidade com treinamento e experiência profissional. A liderança e administração se complementam, para Lacombe (2011, p. 250), “o gerente administra; o líder inova”.

Para Sculey, citado por Bennis (1996), a liderança diferencia da administração neste sentido;

Liderança normalmente é confundida com administração. Administração requer um conjunto inteiramente diferente de habilidades. No meu entender, liderança gira em torno de visões, idéias, direção, e tem mais a ver com inspirar pessoas quanto a direção e metas do que com a implementação de decisões... Uma pessoa não consegue liderar se não for capaz de empregar mais que suas próprias potencialidades... Você tem que conseguir inspirar outras pessoas a fazer coisas sem literalmente ficar em cima delas com uma lista de tópicos ¾ isto é administração, não liderança (Bennis, 1996, p. 105).

Drucker explica  (1999, p. 47), que a “liderança não é uma posição, é um processo. É um conjunto de habilidades e práticas observáveis, compreensíveis, assimiláveis e disponíveis para todos em qualquer parte da organização”.

A definição de Hunter (2006) para  Liderança  é a  habilidade  de  influenciar   para   trabalharem   entusiasticamente   visando   atingir   aos   objetivos  identificados como sendo para o bem comum, ou seja, para o bem de todo o grupo.

Acrescenta-se que liderança “é a tensão criada pelo fosso entre a situação presente e o sonho. Como toda tensão procura resolução, ela é fonte de energia que leva à criação de algo que não existe. E é isso que fazem os líderes” (SENGE, 1998, p. 6).

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