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A Teoria Geral Da Administração E A Dinâmica Organizacional: Foco Na Organização Fortaleza Esporte Clube

Por:   •  10/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  9.383 Palavras (38 Páginas)  •  43 Visualizações

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A TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E A DINÂMICA ORGANIZACIONAL: FOCO NA ORGANIZAÇÃO FORTALEZA ESPORTE CLUBE

ALICE DE LIMA CARNEIRO

ANDRÉIA DE OLIVEIRA BATISTA DE GÓIS

JOÃO PAULO QUEIROZ SALES BASTOS

JUSSARA EMILLY DA COSTA BRAGA

RAYLANE MORAIS MENEZES

RESUMO

O artigo apresentado foi desenvolvido por discentes da Universidade Federal do Ceará mediante averiguações abrangentes e vastas a respeito dos assuntos difundidos na disciplina de Teoria Geral da Administração. Ademais, ele tem como propósito analisar a dinâmica organizacional do Fortaleza Esporte Clube, uma organização estabelecida no mercado esportivo brasileiro, com base nos Pilares das Teorias Administrativas, nas suas Concepções Modernas e no Novo Contexto Organizacional, para averiguar o modo como as teorias se aplicam na prática da empresa. À vista disso, como fonte para as pesquisas realizadas foram utilizados livros, artigos, monografias, periódicos, sites da organização, entrevistas com os principais diretores de forma presencial e online, através da plataforma Google Meet.

Palavras-chaves: Teoria Geral da Administração; Fortaleza Esporte Clube.


ABSTRACT

The presented article was developed by students of the Federal University of Ceará through comprehensive and vast investigations regarding the issues disseminated in the discipline of General Theory of Administration. In addition, it aims to analyze the organizational dynamics of Fortaleza Esporte Clube, an organization established in the Brazilian sports market, based on the Pillars of Administrative Theories, its Modern Conceptions and the New Organizational Context, to find out how the theories apply in the company's practice. In view of this, as a source for the research carried out, books, articles, monographs, periodicals, the organization's websites, interviews with the main directors were used in person and online, through the Google Meet platform.

Keywords: General Theory of Administration; Fortaleza Sport Club.

  1. INTRODUÇÃO

                O seguinte artigo tem como intuito a análise da estrutura organizacional da empresa Fortaleza Esporte Clube de modo comparativo às perspectivas da Teoria Geral da Administração. O artigo tem como base o Projeto Teórico Prático (PTP), solicitado e instruído pelo professor Dr. Augusto Cézar de Aquino Cabral, docente da disciplina Teoria Geral da Administração, na Universidade Federal do Ceará (UFC), com a finalidade de investigar a dinâmica organizacional da empresa, em confronto com as teorias ministradas em sala de aula, através de um estudo teórico e prático.
                A partir disso,
        O Projeto Teórico Prático é um pré-requisito para aprovação na disciplina de Teoria Geral da Administração e é um meio que permite uma apuração examinada conforme os pilares, as concepções modernas e o novo contexto de programas e estratégias de mudança da disciplina dentro de uma organização.
                O objetivo específico deste artigo baseia-se na análise das práticas de gestão da empresa Fortaleza Esporte Clube à luz dos pilares da Teoria Geral da Administração, das concepções modernas e do novo contexto organizacional por meio de pesquisas e coleta de dados.
                Em relação aos métodos de pesquisa para a elaboração deste artigo, foi utilizado pesquisas bibliográficas(livros, artigos, entre outros) para a parte teórica. Já na parte prática, foram feitas entrevistas com os gestores da organização, com o intuito de coletar dados para a estruturação do trabalho.
                Este presente artigo está estruturado por duas sessões pré-textuais, sendo elas: resumo e abstract, e seis sessões textuais, referentes a introdução, referencial teórico, metodologia, resultados, considerações finais e referências, respectivamente.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

                O referencial teórico a seguir irá expor as principais escolas e ideais da Teoria Geral da Administração, com foco em suas análises e conclusões mais relevantes.

  1. Pilares da Teoria Geral da Administração

 No fim do século XIX e no início do século XX foi criado a Administração Científica, por um dos seus precursores Frederick Winslow Taylor, que se baseia pelo na aplicação do método científico com o objetivo de assegurar o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos (COELHO ; GONZAGA, 2007).
                Nessa época, o índice de desperdício nas indústrias, principalmente norte-americanas, era bastante elevado, que era causado pela ineficiência do processo de trabalho (BONOME,2009). Com isso, em busca da solução desses problemas, Taylor realizou experiências no local em que trabalhava (como operário e no futuro como chefe de oficina) e permitiram que construísse sua teoria (VIEIRA, 2012). Conforme Lacombe (2012), a Administração Científica de Taylor tinha como destaque às tarefas, redução da taxa de desperdícios, e a diminuição do tempo de produção.
                Taylor se preocupava bastante na eficiência da produção, seu objetivo maior era o máximo de produção, com baixo custo e alta qualidade em um tempo mínimo (LACOMBE,2012). Taylorismo se baseava na divisão do trabalho em pequenas atividades, para que acontecesse a especialização dos trabalhadores nessas atividades, por meio de métodos padronizados, com a finalidade de poupar trabalho desnecessário e tempo (SILVA, 1960).
                A Administração Científica passou por três fases marcadas por determinados estudos, na primeira fase,
  de acordo com Maximiano (2012), o primeiro trabalho de Taylor foi em 1895, The Piece Rate System (Sistema de pagamento por peça). Nele, era analisado o tempo em que o funcionário realizava  em uma atividade dando seu esforço possível, através disso, foi capaz de determinar seu pagamento baseado em seu trabalho.  Já na segunda fase, de acordo com Bonome (2009), em 1903 foi publicado seu livro Shop Management(Administração de Oficina), em que ele expôs sua inquietação com as técnicas de racionalização do trabalho do operário - ORT(Organização Racional do Trabalho), através do estudo de tempo e movimento.  Por fim, a terceira fase foi marcada pelo lançamento do livro de Taylor, Princípios da Administração Científica, lançado em 1911, por meio da abordagem dos aspectos: máximo de prosperidade, foco principal dos sistemas administrativos, identificação dos interesses e ciência administrativas (MAXIMIANO, 2000).
                Em seus estudos, segundo Bonome (2009), Taylor analisou que nesse período as indústrias vivenciava diversos males  que necessitavam ser resolvidos o quanto antes, sendo eles: vadiagem sistemática dos operários, desconhecimento pela gerência das rotinas de trabalho e falta de uniformidade nas técnicas e métodos de trabalho. Além disso, Taylor observou que em todos os trabalhos existentes na época, os operários  compreendiam melhor sobre a execução de suas atividades por meio da observação dos companheiros vizinhos (BONOME,2009). Por isso, ele estabeleceu a ORT - Organização Racional do Trabalho - que consiste nos seguintes aspectos: análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos, estudo da fadiga humana, divisão do trabalho e especialização do operário, desenho de cargos e tarefas, incentivos salariais e prêmios de produção, padronização e supervisão funcional.
                Entretanto, é fundamental ressaltar as críticas referente a Administração Científica, sendo elas: transformação do homem em uma máquina, a
 padronização do trabalho estaria mais relacionada com a intensificação do que como uma forma de racionalizar o trabalho, propõe uma abordagem científica, mas ela mesma necessita de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico e restrição somente nos aspectos formais da organização (COELHO; GONZAGA, 2007). Além disso, Bonome (2009) destaca sua visão crítica acerca da administração científica, as quais são:  abordagem do sistema fechado, abordagem incompleta da organização, superespecialização do trabalhador,visão microscópica do homem.
                Paralelamente aos estudos de Taylor, segundo Bonome (2009), a Teoria Clássica surgiu em meados de 1916, na França, e rapidamente espalhou-se por toda a Europa. Sua origem pode ser observada de acordo com as consequências decorridas da Revolução Industrial. Ela é caracterizada pela sua ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela máxima eficiência.
                A fim de melhor gerir os objetivos da organização, Fayol desenvolveu as funções administrativas (POCCC) que são: previsão, organização, comando, coordenação e controle. (BARRETO, 2017). Além disso, ele também elaborou as funções empresariais, as quais são: funções técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábil e administrativa.
                Fayol definiu também, os 14 princípios da administração que segundo Maximiano (2000), sendo eles: divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal no cargo, iniciativa e espírito de equipe.
                Todavia, é essencial postular as críticas referentes à Teoria Clássica. Conforme Ribeiro (2016), uma das críticas é o racionalismo extremo, em que a preocupação da organização é focada em termos formais e técnicos, esquecendo os aspectos humanos dos trabalhadores e o ambiente de trabalho e a falta de trabalho experimental. Além disso, a abordagem de sistema fechado, abordagem simplificada da organização formal e obsessão pelo mundo (BONOME, 2009).

                A Teoria das Relações Humanas produziu uma nova perspectiva administrativa que pretendia compreender como os processos psicológicos e sociais relacionavam-se com o ambiente de trabalho e, por consequência, no desempenho dos funcionários. Esse conceito demonstrou interesse particular no aspecto humano da organização e deixou um grande legado para a área de administração de pessoas. De acordo com a temática da valorização dos grupos informais dentro das organizações, pesquisadores como Elton Mayo ajudaram a consolidar as bases do movimento de relações humanas (MOTTA E VASCONCELOS, 2006).

Já Chester Barnard, em seu livro de 1938, The Functions of the Executive (As Funções do Executivo), ele identificou o que agora é chamado de “Homem Organizacional”, afirmando que “a mais importante contribuição exigida do executivo, certamente a qualificação mais universal, é a lealdade, o domínio através da personalidade da organização” (KENNEDY, 2000).

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