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COMO USAR OS SEIS PASSOS COM CRIANÇAS

Por:   •  3/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  129 Visualizações

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COMO USAR OS SEIS PASSOS COM CRIANÇAS

Muitos adultos inteligentes ficam sem saber como interagir com seus filhos adolescentes. Então, costumam me perguntar: “Posso utilizar esses princípios com meus filhos?”

A resposta é: sim e não. Vamos explorar primeiro o “Não”. Quando as pessoas fazem essa pergunta, na verdade, estão perguntando: “Você pode me fornecer uma fórmula par controlar meu filho adolescente?” Para esses pais, a má notícia é que os Seis Passos não ajudam a controlar ninguém. Nesse caso específico, podemos até dizer que o inverso é verdadeiro: seguir os Seis Passos significa livrar-se do controle, deixando de lado seus próprios planos, e confiar que outras pessoas encontrarão as melhores respostas às suas perguntas dentro de si mesmas.

Deixe-me ver se fui claro aqui. Não estou defendendo que devemos descartar o conceito de disciplinas ou limites. Quando seu filho de 18 anos pergunta “Você me empresta o carro para ir a uma festa maravilhosa onde pretendo tomar alguns drinques?”, talvez a resposta deva partir de você, e não dele. O cérebro do adolescente ainda não está totalmente formado para saber o que é melhor para ele no longo prazo.

Desconsiderando esses fatos, a resposta “sim” à pergunta sobre os Seis Passos e sobre o filho é que esses modelos podem realmente tornar as conversas com sus filho adolescente menos pesada, e até mais prazerosas para ambas as partes. Vamos explorar mais esse assunto.

DEIXE O PENSAMENTO POR CONTA DELES

De um modo geral, podemos dizer que há dois tipos de cérebro. O primeiro é o cérebro das crianças, desde o nascimento até cerca de sete anos, que assimila tudo à sua volta e armazena com facilidade informações, aparentemente sem o menor esforço. Observe uma família com dois filhos – um de cinco anos e outro de oito – que se muda para outro país. Você notará que o filho mais novo aprenderá o novo idioma fluentemente e que o mais velho terá maior dificuldade pelo resto da vida.

O segundo tipo de cérebro é o dos adultos. Os cérebros dos adultos continuam recebendo novas informações, mas em um ritmo bem mais lento. A teoria da aprendizagem de adultos diz que, quando somos adultos, aprendemos fazendo conexões com informações existentes em nossos cérebros. Aprendemos quando verificamos uma ideia e decidimos sobre sua relevância para nós, sua importância e utilidade. Se acharmos que essa nova informação se adequa bem a nosso pensamento, decidimos registrá-la como uma conexão permanente em nossos circuitos, por meio de várias atividades conscientes e inconscientes. Então, o cérebro do adulto é proativo nesse processo e só aprende quando quer. A criança, porém, escutará cinco idiomas e absorverá todos. Em outras palavras, por volta dos sete anos, as crianças só aprendem quando querem, independentemente do número de vezes que você repita a mesma coisa.

Para mudar o comportamento de uma criança, é necessário mudar a forma como ela pensa. Tentar conseguir isso dizendo à criança “Procure ser mais positivo” tem praticamente o mesmo impacto do que teria sobre um adulto. Precisamos levar essas crianças a pensar sobre o assunto, em vez de simplesmente dizer o devem fazer.

FORNEÇA FEEDBACK POSITIVO

A importância do feedback positivo para as crianças é incontestável. Há até mesmo uma correlação direta e comprovada entro o nível de encantamento de uma mãe diante de uma nova ação de seu filho e a futura inteligência dessa criança. Em geral, o feedback não é apenas útil; ele é essencial para o nosso bem-estar, e até mesmo à nossa sobrevivência. Estudos realizados com crianças que não têm feedback de outras pessoas mostram que se desenvolvimento e sua saúde ficam seriamente comprometidos. Para sobreviver, precisamos das outras pessoas, precisamos interagir.

É interessante observar que isso é semelhante à forma como o cérebro funciona. Uma criança nasce com o dobro do número de neurônios que precisa e seu cérebro se desenvolve de acordo com a utilização das partes ainda não-utilizadas. As partes do cérebro onde não há conexões e onde nenhum fluxo de energia é obtido do mundo externo simplesmente desaparecem. Então, precisamos de feedback não apenas para ser bem-sucedidos, mas também para sobreviver.

Como pais, temos muitas oportunidades de fornecer feedback positivo. É uma questão de perceber o que as crianças estão fazendo bem, ou até mesmo apenas observar o que elas estão fazendo. Fornecer feedback não é tão complicado assim.

Isso tudo está relacionado ao movimento da psicologia positiva, um campo que está comprometido com o aumento de nosso bem-estar como indivíduos, grupos e sociedade. A base da psicologia positiva é compreender nossos pontos fortes e utilizá-los em todos os aspectos de nossas vidas. Nessa abordagem, não procuramos tentar resolver nossas fraquezas.

Como pais, se prestarmos atenção ao potencial de nossos filhos, conseguiremos perceber seus interessas, suas paixões e a maneira como seus cérebros desejam crescer. Assim, podemos ajudá-los a fomentar esses pontos fortes de várias formas. Em primeiro lugar, devemos fornecer a eles muito feedback positivo.

ESTABELEÇA PERMISSÃO

Sempre que apresento aos pais o conceito de estabelecer permissão, muitos deles testam esse conceito e ficam encantados com os resultados. Sem estabelecer permissão, decidimos iniciar conversas envolvendo assuntos mais pessoais, independentemente de as crianças estarem prontas ou não para ter esse tipo de conversa. Não pedimos licença para entrar no mérito pessoal; simplesmente iniciamos uma conversa mais pessoal. Como resultado, elas se esquivam.

Não custa nada pedir permissão. Uma simples pergunta como esta já resolveria o problema: “Gostaria de conversar com você sobre as tarefas dentro da casa. Você quer conversar sore isso agora ou prefere conversar em outra hora?”

Nesse caso, minha principal dúvida é “E se eles disserem não?”, porque há grandes chances de isso ocorrer. Especialmente no início. Mas você sempre tem o direito de pedir permissão para tentar pedir permissão novamente. Seria uma pergunta como: “Posso pedir isso a você novamente mais tarde?” Isso quase sempre dá certo.

PRATIQUE O POSICIONAMENTO

No capítulo sobre o fornecimento de feedback, apresentei a ideia de que, quanto maior a carga emocional de uma conversa, mais posicionamentos devemos utilizar. Você conhece um diálogo com mais potencial para carga emocional do que tentar conversar com um adolescente sobre algo que eles não desejam conversar? Após obter permissão para iniciar uma conversa, o uso de posicionamentos pode fazer total diferença no rumo que ela tomará. Você tem a chance de relatar às crianças seu objetivo, antes de se perder em detalhes, problemas ou, obviamente, no drama e questão.

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