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Cafés Monte Bianco

Por:   •  19/5/2016  •  Resenha  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  978 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTAO FINANCEIRA E CONTROLADORIA

ESTUDO DO CASO: CAFÉS MONTE BIANCO

DISCIPLINA: CONTABILIDADE

ALUNO: MILTON RABELO

TUTOR: PROF.

CONTABILIDADE

O estudo de caso refere-se à empresa Cafés Monte Bianco, localizada em Milão, fundada há mais de 80 anos e conhecida por oferecer os melhores produtos do continente europeu. A empresa produzia cafés do tipo Premium e de marcas próprias, as quais foram responsáveis por salvar o hotel durante os anos de crise.

O corrente CEO da empresa, Giacomo Salvetti, é neto do fundador, Mario Salvetti, o qual passou várias décadas trabalhando em plantações de café na America do Sul, retornando à Itália para combinar os melhores grãos que havia encontrado em sua trajetória no novo continente. Em pouco tempo, a Cafés Monte Bianco se tornou conhecida pela alta qualidade de seus cafés, mantendo-se a empresa nas mãos da família ao longo de oito décadas. A cada ano, o senhor Giacomo passava 2 meses viajando em plantações ao redor do mundo aprendendo sobre cafés, tendo a empresa uma equipe de pesquisadores que atuavam em busca de novos sabores e testando produtos existentes.

Apesar de comandar uma empresa definitivamente bem posicionada no mercado, o senhor Salvetti mantinha uma postura financeira agressiva, investindo grandes somas de dinheiro na produção ao longo de cinco anos. Uma das razões para esse bom posicionamento no mercado foi o investimento em marcas próprias para duas importantes cadeias de supermercados italianos.

Diante disso, o senhor Salvetti, com a ajuda de sua equipe, passou a coagitar mudanças no rumo financeiro nas linhas de produção nas quais atuava, de modo que aumentar a produção das marcas próprias significaria reduzir, ao menos parcialmente a produção do café Premium diante de recursos financeiros limitados.

Parte da diretoria coagitava a transição completa da produção para marcas próprias, as quais, conforme citado anteriormente, haviam salvado a empresa durante a última recessão, quando a demanda por cafés Premium diminui sensivelmente. Por outro lado, cafés Premium eram a essência e marca registrada da empresa, de maneira que dedicar toda a capacidade produtiva para marcas próprias seria uma mudança de rumo que, inclusive, contrariaria sua missão.

 Dessa maneira, para proceder de uma maneira financeiramente sensata, o senhor Giacomo precisava de mais informações que o fornecessem mais clareza sobre a lucratividade da estratégia de atuar apenas em marcas próprias. Assim, solicitou ao seu time de executivos, um levantamento financeiro mais detalhado.

 Constatou-se que o mercado de marcas próprias era consideravelmente exigente quanto aos preços e capacidade de fornecimento, apesar do custo de produção ser menor. A adoção de produção de marcas próprias traria um impacto de redução de custos em todos os setores da empresa, ficando o custo fixo da produção 781 milhões de liras italianas a menos. Outra vantagem da produção de marcas próprias a ser citada seria a simplificação do plano de produção, já que este tipo de café pode ser estocado ao contrário do Premium, o qual seria um produto de um nível de qualidade consideravelmente mais alto. Segundo o levantamento realizado, a transição completa da empresa para a produção de marcas próprias levaria a uma grande economia com despesas de vendas, diminuiria em 75% os custos de P&D e em 50% as despesas administrativas. No entanto, a diretoria não levou em consideração um importante dado que seria o fluxo de caixa, uma vez que o café Premium era negociado com recebimento em 30 dias, enquanto que no setor de marcas próprias, trabalhava-se com o prazo de 90 dias, detalhe que pesava fortemente contra os planos de parte do time executivo a favor das marcas próprias.

Dessa maneira, com investimentos na infraestrutura e capacidade de produção, o senhor Giacomo poderia explorar ambos os mercados, não perdendo o de cafés Premium, responsável pela grande credibilidade conquistada pela empresa ao longo de seus 80 anos, estando também a mesma presente no mercado de marcas próprias, o qual apesar de ter um prazo de recebimento maior, é menos vulnerável às instabilidades econômicas eventualmente vividas na economia. Em suma, explorar a fabricação de ambas as marcas pode ser uma ideia financeiramente certeira e pouco arriscada, uma vez que preservaria a identidade que a empresa construiu ao longo de oito décadas, ao mesmo tempo em que se atuava em um setor mais estável como o de marcas próprias.

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