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Como estamos cativando nossa vida?

Por:   •  10/8/2017  •  Resenha  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  90 Visualizações

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Mini – ensaio

Identificação do Texto:

Saint – Exupéry, Antoine de. O pequeno príncipe. 48. Ed. São Paulo: Editora Agir, 2006. p. 64-73.

Como estamos cativando nossa vida?

Estamos vivendo uma era em que ter é mais importante do que ser. Em que as re-lações são superficiais e descartáveis e que todos são “iguais a qualquer um”, como a primeira impressão do principezinho em relação às rosas, em O Pequeno Príncipe. Tro-camos de amizades, amores, com a primeira dificuldade. Não cativamos quem está a nossa volta para que cultivemos um bom relacionamento para que ele nos traga boas lembranças ao longo da vida.

A raposa do livro de Exupéry revela ao principezinho seu segredo: “O essencial é invisível aos olhos”. Que quis dizer ela com esta declaração? A vida, assim como as rela-ções, necessita algo além do estar próximo fisicamente. É preciso que se construa uma relação, seja ela qual for. Essa construção deve ser pautada de respeito, consideração, confiança. É preciso que quem vá se relacionar se conheça que “perca seu tempo” nesse processo. Já dizia a raposa, sabiamente, nos idos anos quarenta, que os homens com-pram tudo pronto. Remete a falta de cumplicidade e superficialidade das relações. A ra-posa vai ainda mais além, diz que os homens não têm amigos porque estes não se com-pram nas lojas. Hoje, em muitos casos é o que de fato vemos.

Percebemos um grande individualismo e a troca da convivência física pela virtu-al. Virtualmente estamos rodeados de amigos que em sua maioria são “amigos”, isto é, apenas colegas ou meros conhecidos. Pessoas que passam a fazer parte da nossa vida, observar nossas ações sem um porquê. E, nessa “onda” estamos privando-nos de um abraço fraternos, de uma vida compartilhada intensamente por afinidades. Estamos dei-xando de cativarmos uns aos outros e de fazer com cada um seja especial, seja único, como nos ensina o principezinho com sua rosa.

O príncipe, para cativar a raposa, precisou de paciência. Paciência é um “bem” em falta na correria cotidiana. Esquecemo-nos que uma relação precisa amadurecer e de que o amadurecimento vem com o tempo. Esse tempo irá também testar nossa paciência e o que vemos hoje é que se desiste facilmente, ou seja, não tem paciência de perder tempo com o essencial.

Até quando suportaremos esta vida “fútil”? Acredito que cada um de nós tem seu tempo para estar “seguindo o fluxo” até cansar-se e daí buscar o essencial, invisível aos olhos. Quando se sofre ou se cansa de sofrer é que nos damos conta de quanto tempo foi de fato perdido numa buscar desenfreada de ter. Só então é que se corre atrás do ser, aí é que vamos procurar perder tempo – talvez o termo mais adequado fosse aproveitar o tempo – com o que realmente importa: criar laços. Às vezes, custamos a entender o que nos faz bem e, quando finalmente acordamos pode ser tarde.

Sob esta ótica, devemos inspirar-nos no pequeno príncipe, na raposa, nas rosas e retornar nossos laços afetivos e cativarmos nossa vida buscando aproximar-nos uns dos outros e cercar-nos do essencial que, segundo a raposa é invisível aos olhos, mas certamente é visível ao coração.

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