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Curso de Licenciatura em Música

Por:   •  17/12/2018  •  Projeto de pesquisa  •  869 Palavras (4 Páginas)  •  99 Visualizações

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Universidade Estadual do Maranhão

Núcleo de Tecnologias para Educação

Curso de Licenciatura em Música

ALUNO

Mateus Silva Martins

Atividade:

Atividade 1 - Resenha sobre o texto “Ética e Pós-Modernidade: desafios a uma educação para a sustentabilidade”

UAB-Arari

2018

Resenha sobre o texto “Ética e Pós-Modernidade: desafios a uma educação para a sustentabilidade”

Com base em Paulo Eduardo de Oliveira a pós-modernidade não está definida como uma teoria, mas apresenta-se como um movimento que busca, junto às rédeas do capitalismo a manutenção desse sistema. Ele fala sobre a divisão em que estamos vivendo nas áreas sociais e educacionais, e que para consertar esses pontos necessários será criar no homem uma nova consciência. Ele vem tratando nas páginas do livro a necessidade de uma nova ética e um novo projeto educacional que permeie a sociedade para uma razão aberta, porém, com a modernidade mais cheia de solidariedade. Coloca-se também contra a crescente certificação e predomínio jurídico, contra a estetização da vida, o relativismo e a desaparição de toda orientação normativa. Em síntese, a pós-modernidade é o novo estilo, corrente de pensamento na qual se vive após a crise da modernidade, consequência do desencanto da razão e dos grandes conceitos ancorados nela, da incredulidade nos grandes relatos que têm dado sentido à história, legitimando projetos (sociais, políticos e econômicos) cujos resultados têm conduzido, em certas ocasiões, ao totalitarismo, à destruição e à conformidade.

Paulo achava que, a razão humana não precisava mais depender de explicações metafísicas para orientar a moral, os princípios e os valores. “Se antes, toda a moral se explicava com referência a Deus”, agora, na modernidade, bastavam os princípios da razão para orientar a moral e a escolha de valores. Com isso a pós-modernidade tornou-se, mais do que um modismo intelectual, uma necessidade premente. A ética e a moral da pós-modernidade, cuidam da responsabilidade moral incondicional na qual cada pessoa exerce por meio de suas atitudes o na vida cotidiana.

Para ele a proposta pós-modernizante implica na rejeição integral da modernidade social e cultural, não a perspectiva de um impossível retorno ao passado, mas visando uma desconstrução do projeto moderno como projeto de unificação e homogeneização da história. E assim, possibilitar a emergência de diferenças irredutíveis que escapem das algemas normativas que caracterizou até hoje o pensamento ocidental. O que se verifica, entretanto, é que a posição pós-moderna parece debater-se entre a qualidade do discurso que produz e a integração ao individualismo necessário de uma sociedade que realimenta o consumo através da máxima diferenciação dos gostos, dos estilos de vida e dos valores subjetivos. Apesar disso, a negação de autoridade à consciência moral e sua delegação para os peritos em ética não cumpriu, de modo integral, seus objetivos de ordem e segurança. No decorrer do tempo, a matéria-prima para a composição da ética e a moral, enfraqueceu. Esse fenômeno demonstrou que as agências supra individuais seriam aquelas destinadas a enunciar o que é correto e incorreto a fim de promover a inclusão entre todos.

 A dolorosa tarefa da escolha moral não pertence mais ao sujeito, mas porém aos poucos, esse poder decisório sai do espaço público e migra ao privado. Quem determina o mau ou bom, agora, é o mercado. A decisão sobre a nossa condição moral não pertence ao ambiente público ou privado, mas a cada pessoa. É necessário saber que as escolhas morais denotam comprometimento. E esse comprometimento somente existe porque o outro mostra, pela sua delicadeza de ser, os limites do Ego. A ação moral não existe fora do contexto social. Por isso, qualquer atitude é uma escolha moral. Essa moral envolve um juízo de preferência na qual não precisa ser fundamentado pela razão lógica. É necessário insistir nessa característica. Não há respostas simples, tampouco garantias infalíveis para seu desenvolvimento. Somente quando se compreender a natureza contraria, diferentes a incerteza da moral, a ética deixará de exigir a homogeneização das condutas como meio de se garantir ordem e segurança a todos. Verifica-se, a partir desses argumentos, que a ética e moral crescem sob o mesmo solo fértil no qual a responsabilidade se inova e reinventa na relação infinita. Esse é o horizonte ideal da pós-modernidade, na qual se sabe lidar com a responsabilidade incondicional de todos com todos.

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