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Estrutura de mercado do setor supermercadista

Por:   •  23/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.042 Palavras (13 Páginas)  •  435 Visualizações

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Os primeiros supermercados brasileiros surgiram na década de 50, em meio ao governo de Juscelino Kubtschek e de Getúlio Vargas, promotores de uma política de industrialização acelerada. A nova estruturação da sociedade brasileira, voltada para a indústria, concentrava a população urbana e requeria maior atenção ao abastecimento dessa população, principalmente com produtos alimentícios.

Antes do amparo dos supermercados, o comércio do Rio Grande do Sul era feito através da Bolsa de Mercadorias, localizada no Palácio do Comércio,onde os comerciantes locais se reuniam diariamente para realizarem as transações necessárias ao abastecimento das suas vendas.

Já nos anos 70, pode-se dizer que a população estava habituada aos supermercados, que daí por diante cresceu e se diversificou muito. A entrada de redes estrangeiras e processos de fusões e aquisições, ocorridas nos últimos anos da década de 1990, impulsionou ainda mais este crescimento.

Em 1995, o setor de supermercados representava 6,6% do PIB ao Rio Grande do Sul. O estado era o terceiro colocado no ranking nacional de faturamento nacional. No ano de 2013, o Rio Grande do Sul chegou à marca de 4,5 mil lojas distribuídas por todo o estado.

Nesta mesma década, se instalaram no estado as redes de supermercados Risul; a companhia Zaffari; Supermercados Zottis e a Nacional, que em 1997 se fundiram; Grupo Sonae,responsável pelas aquisições dos supermercados Real,dos Hipermercados BIG e do Exxtra Econômico,além de associações com o supermercado nacional. Isso possibilitou que esse grupo passasse a liderar o setor de supermercados do estado, seguido pelo Zaffari e pela Comercial Unido de Cereais. Em 2006, a empresa Wal-Mart entra no estado com a compra do Grupo Sonae, estabelecendo-se como a primeira colocada no ranking estadual dos supermercados, posição esta que ocupa até hoje.

Segundo Simões (2006), os principais fatores responsáveis pelas mudanças na estruturação do setor supermercadista são a alteração nos padrões de consumo, a informatização do setor e a entrada de grupos estrangeiros. O crescimento do setor gera perspectivas otimistas e mostra que os supermercados fazem cada vez mais parte da cultura Rio-Grandense.

2.1 ESTRUTURAS DE MERCADO

Para que analisemos as estruturas de mercado, primeiramente é preciso que saibamos do que se tratam cada uma delas.

Estruturas de mercado são as formas nas quais as empresas se relacionam dentro de determinado mercado, de determinado setor, seja um setor produtivo ou não.

As principais estruturas de mercado perfeita, monopólio, concorrência monopolística (imperfeita) e oligopólio.

2.1.1 Concorrência Perfeita

A concorrência perfeita é uma estrutura caracterizada pela existência de muitas empresas atuando num mesmo mercado e produzindo produtos homogêneos.

Nesta estrutura, a modalidade de fatores é livre, e nenhuma empresa possui poder de mercado. Nessas condições, a empresa apenas escolhe produzir a quantidade correspondente ao seu lucro máximo, que é aquele em que o preço e custo marginal se igualam. O preço é determinado pelo próprio mercado e as firmas não exercem influência sobre ele.

2.1.2 Monopólio

Considera-se monopólio quando uma única empresa produz determinado produto, não há produto semelhante e há uma grande dificuldade para empresas concorrentes do mesmo ramo produzir o mesmo produto ou semelhante.

Vários são os motivos que podem levar um mercado á estruturar-se como monopólio: patentes, licenças governamentais, propriedade exclusiva de matéria-prima ou técnica produtiva,economias de escala que levam ao monopólio natural e etc. Apesar desses fatores, são raros os mercados estruturados em monopólio.Como não há entrada de concorrentes,o monopolista deve ter lucros extraordinários.

2.1.3 Concorrência Monopolística (Imperfeita)

As principais características dessa estrutura é um mercado no qual há um grande número de empresas produzindo determinado produto, sendo que cada empresa produz o seu próprio produto específico, tendo em vista que eles têm diferenciações e o consumidor escolhe o de sua preferência. No início as empresas alcançam lucros altos, porém, em médio prazo, os lucros tendem a atingir um padrão normal.

Quando os produtos das empresas são substitutos muito distantes, a curva de demanda é mais inclinada tendendo a se horizontar conforme aumenta o grau de substituição. Na situação em que os produtos são substitutos perfeitos, temos uma curva de demanda totalmente horizontal, o que significa que o preço é dado pelo mercado, como na concorrência perfeita.

2.1.4 Oligopólio

O oligopólio consiste em uma estrutura caracterizada pela existência de poucas firmas no mercado. Essa estrutura abrange um conjunto de firmas que produzem produtos substitutos perfeitos, ou mesmo substitutos próximos (KNON, 1994).

Sob um aspecto microeconômico, essa estrutura define-se por condicionar as escolhas às decisões das demais firmas do setor As empresas dominantes conseguem fixar preços e termos de funcionamento daquele setor. Tendem a permanecer com lucros extraordinários desde que o oligopólio não seja quebrado.

Bain, Carvalho (2000) estabelece quatro tipos de oligopólios:

1) Oligopólio Concentrado – tipo de oligopólio em que os produtos são essencialmente homogêneos e no qual a competição entre as firmas é feita essencialmente através dos investimentos realizados e não através de preços. Como a relação capital/produto é geralmente elevada, a escala de investimentos também costuma funcionar com a barreira à entrada.

2) Oligopólio Diferenciado – Nessa categoria, enquadram-se os oligopólios em que as firmas competem através da diferenciação dos produtos, ou seja, os produtos são substitutos imperfeitos entre si. Apesar de possível, a competição via preço não é comum, pois poderia pôr em risco a existência das firmas.

3) Oligopólio Competitivo – Neste oligopólio, não há economia de escala importante, e os produtos são poucos diferenciados. Neste caso, é criada uma estrutura de mercado em que existem poucas empresas grandes, que competem via preço, juntamente com empresas menores. Como as barreiras são pouco expressivas, as margens de lucro são limitadas.

4) Oligopólio Diferenciado-Concentrado – Essa estrutura combina características do oligopólio concentrado e do diferenciado. Dessa forma, os produtos são diferenciados, e a competitividade requer uma escala mínima

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