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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS(SUPPLY CHAIN MANAGEMENT) COMO UM MODELO COMPETITIVO E GERENCIAL

Por:   •  30/5/2017  •  Resenha  •  1.553 Palavras (7 Páginas)  •  699 Visualizações

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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS(SUPPLY CHAIN MANAGEMENT) COMO UM  MODELO COMPETITIVO E GERENCIAL

   PIRES, SILVIO R.I. Gestão da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas,2010. 2. ed.

   O texto apresenta discussões a respeito do conceito de Gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management), que se apresenta como um modelo competitivo e gerencial às empresas industriais e é direcionado à estudos acadêmicos.

   O primeiro passo foi a definição do American Production Inventory Society (APICS)para o que seria Gestão da Cadeia de suprimentos, que se divide em: Os processos que envolvem fornecedores clientes e ligam empresas desde a fonte inicial da matéria-prima até o ponto de consumo do produto acabado e as funções dentro e fora de uma empresa que garantem que a cadeia de valor possa fazer e providenciar produtos e serviços aos clientes. Em seguida ele também cita mais conceitos como por exemplo Quinn (1997), Lee e Billington (1993) dentre outros, mais todos eles apresentam a mesma visão que a SCM é uma integração de processos e abrange toda a cadeia produtiva de forma estratégica.

   A respeito da expressão cadeia de suprimentos (SC) é notável que alguns autores não usem esse termo, por se tratar de uma expressão simplista, linear e unidimensional, preferindo utilizar-se do termo redes de suprimentos (supply network) por melhor descrever as ligações laterais, as trocas direções e posicionam a empresa focal como ponto de referência e também por ser a Cadeia de suprimentos composta de redes; essa lógica de rede propõe uma estrutura mais complexa e o contato com o cliente não se dá apenas no final da rede como acontece no sentido de cadeias, daí essa diferenciação.

Pires (2010) também considera a SC uma rede de companhias autônomas, ou semi-autônomas, que são efetivamente responsáveis pela obtenção, produção e liberação de um determinado produto e/ou serviço ao cliente final; dadas as similaridades dos conceitos abordados. Assim, ele ilustra uma empresa focal em seu conjunto de fornecedores, clientes e seus relacionamentos com esses de forma direta e indireta, enfatizando o sentido montante e jusante(o fluxo de materiais e informações ocorre nesses dois sentidos e o fluxo de informações sobre a demanda ocorre no sentido montante).

   Ressalta-se ainda as dimensões da estrutura da cadeia de suprimentos que são horizontal (níveis da SC) e vertical (número de empresas de cada nível da empresa em foco) e mostra que existe uma classificação dos membros da SC em primários (os que executam atividades que agregam valor ao longo da cadeia de certos produtos e serviços) e os de apoio, que são empresas fornecedoras de recursos, conhecimento, suportando os primários, mas não participam do processo de agregação de valor. Essa classificação é útil para determinar os limites horizontais de uma SC, daí concluindo que a origem de uma cadeia de suprimentos é o ponto onde não existem fornecedores primários, apenas de apoio. Já o término é o ponto de consumo, onde não é criado nenhum valor adicional ao produto/serviço ao cliente final.

   O texto parte do ponto de uma indústria de manufatura, portanto é mais usada a expressão cadeia de suprimentos, pois esta atende aos propósitos do autor, embora nas figuras apareça todo um conjunto de relacionamentos e atividades empresariais, porém é bom não desprezar a visão de rede, já que em muitas situações mais complexas é de extrema valia esse entendimento.

   A seguir, são apresentadas algumas diferenças entre as cadeias de suprimentos (SC) e as cadeias produtivas onde esta refere-se ao conjunto de atividades do setor industrial, em que sempre aparece um complemento ao termo, enquanto a SC pode fazer parte de uma ou várias cadeias de produção, dependendo das características dos produtos finais. Outro termo também confundido com a SC é o de Cadeias de valor que tem origem nos trabalhos de Porter, que afirmava que para se ter se compreender os elementos-chave para uma vantagem competitiva devem ser analisadas as várias atividades executadas na cadeia de valor de uma empresa e o modo como elas interagem, onde esse valor refere-se ao quanto os clientes estão dispostos a pagar por aquilo que a empresa oferta.

   Sobre a gestão da cadeia de suprimentos (SCM) é relatado que desde o surgimento dela é confundida com a Logística. Daí Silvio Pires enfatiza que deve-se ter em mente que a Logística é um dos ramos da SCM e não o total, partindo do pressuposto de que também é comum o entendimento de muitos que Transporte é sinônimo de Logística e esta atua dentro do conceito de SCM.

   Continuando o capítulo, Pires discorre sobre a multifuncionalidade da SCM, destacando-a como uma área contemporânea e que possui pelo menos 4 vertentes, a saber: SCM como expansão da Gestão da produção, onde é vista como natural e necessária motivo pelo qual muitas empresas já se adequaram a esse contexto no sentido de explorar novas fronteiras; SCM como expansão logística: é preciso conhecer melhor a SCM como um todo a fim de realizar os processos logísticos adequada e efetivamente; SCM como expansão do marketing: a partir da função de identificar as necessidades do mercado e desdobrá-las em produção; a SC interage com o marketing envolvendo também a cadeia de abastecimento, e avançando no sentido montante; SCM como expansão de compras: questões como comércio eletrônico, parcerias de negócios, novos modelos produtivos forçaram a área de compras a expandir os horizontes se confundindo como SCM dada o envolvimento da área.

   Depois disso, é apresentado o resultado de uma pesquisa de Larson e Halldorsson, cujo propósito principal era definir o que se entendia como sendo o escopo de SCM, onde são identificados quatro visões de COMPRAS, e estão agrupadas em: tradicionalistas a SCM como aspecto estratégico na área de compras; (RE) rotuladores-a SCM é simplesmente um nome atual para o setor COMPRAS; interseccionistas-a SCM não é uma união de áreas, mas uma área que contém elementos de todas as outras áreas; e unionistas- a área de compras é o escopo da SCM.

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