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GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Por:   •  5/10/2018  •  Artigo  •  2.911 Palavras (12 Páginas)  •  171 Visualizações

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 A GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS[1]

MAYZA GALVÃO SANTOS[2]

RESUMO A educação compreende todas as manifestações humanas que buscam a apropriação da cultura produzida pelo homem. A escola nesse cenário se apresenta como um espaço privilegiado, para produzir e estimular a socialização do saber por meio de ações educativas. Uma gestão pautada na democracia além de proporcionar visões compartilhadas pelos vários segmentos internos e externos da comunidade escolar promove também a divisão de responsabilidades e o acompanhamento das ações, enriquecendo os processos de busca coletiva de soluções para os problemas que surgem na escola. Percebendo que a escola não está isolada do sistema social, político e cultural; assim como compreender que, enquanto profissional da educação tem uma importante função a exercer: oportunizar meios para que a educação de qualidade torne-se uma realidade para todos.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão escolar, democracia, participação e educação.

INTRODUÇÃO

Ao longo da história foram construídas várias maneiras de organização, a exemplo disso temos as escolas de administração que traduzem concepções, políticas e diferentes formas de ver e se posicionar diante das mais variadas dificuldades encontradas por uma gestão.

A administração é o processo de planejar para organizar, dirigir e controlar recursos humanos, materiais, financeiros e informacionais visando realizar objetivos.

A escola como instituição social deve ter especificidades, pois existe uma diferenciação da gestão de uma escola para a gestão de uma empresa. A escola é uma organização social dotada de responsabilidades e particularidades que diz respeito à formação do cidadão por meio de práticas políticas, sociais e pedagógicas.

Atualmente temos alguns princípios que regulamentam a gestão democrática no ensino público, buscando a construção de uma escola que seja pública e popular, com participação da comunidade onde professores, coordenadores, supervisores, orientadores educacionais, funcionários, pais e alunos tomam as decisões coletivamente criando a autonomia da escola.         Vivemos em um país democrático, pelo menos é o que ouvimos diariamente. Sendo um ambiente de socialização, com uma missão coletiva, como vem sendo trabalhada a democracia na escola? As decisões são tomadas com a participação efetiva de todos os seus membros?

         

A GESTÃO PARTICIPATIVA

A escola em geral principalmente hoje conta com certa autonomia, para desenvolver suas ações educativas de acordo com dispositivos jurídicos, e com a comunidade escolar, não apenas na gestão dos recursos financeiros e humanos, mas também na organização do trabalho e na determinação do currículo, entretanto, os estabelecimentos precisam conciliar autonomia no contexto escolar com uma política nacional ou regional de educação que disponha de recursos diversos, pedagógicos, ambientais, estruturais, profissionais, financeiros, psicológicos e estrutura familiar capazes de garantir o sucesso dos alunos.

Para tanto, a instituição necessita contar com uma equipe organizada de profissionais que se disponha a assumir coletivamente um conjunto de responsabilidades que lhes competem sobre três critérios: desenvolver os melhores dispositivos que favoreçam o avanço da aprendizagem dos alunos; identificar as dificuldades de aprendizagem do aluno para empregar novas metodologias e instaurar um clima que permita desenvolver as competências individuais e coletivas. Em conformidade com (Luck, 2001, p. 72):

Deve-se ter em conta que a motivação, o ânimo e a satisfação não são responsabilidades exclusivas dos gestores. Os professores e os diretores trabalham juntos para melhorarem a qualidade do ambiente, criando as condições necessárias para o ensino e a aprendizagem mais eficaz, e identificando e modificando os aspectos do processo do trabalho, considerados adversários da qualidade do desempenho. As escolas onde há integração entre os professores tendem a ser mais eficazes do que aqueles onde os professores se mantêm profissionalmente isolados. (Luck, 2001, p. 72).

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A produtividade está diretamente relacionada com a satisfação, envolvimento participativo, o clima que envolve as ações, o grau de motivação que geram maiores e melhores expectativas para todos os envolvidos no trabalho da escola, a participação provoca um efeito benéfico tanto na satisfação, como na produtividade.

Outro elemento indispensável dentro da escola é a cooperação profissional, quando ela existe contribui muito com o êxito das ações pedagógicas e estruturas que os estabelecimentos necessitam para promoverem bons resultados na sua gestão. Essa cooperação permite que os profissionais preparem-se melhor para enfrentar os desafios, vençam as incertezas e partilhem as responsabilidades, como afirma Davis (2002, p. 81),

Ao invés de impor, de imediato, às escolas a obrigação de resultados, conviria ajudá-las a gerir melhor e a ampliar os saberes profissionais existentes. No entanto, se consideramos que o saber está sempre ligado a pessoas e que ele depende de experiências e culturas locais, fica evidente que não se pode contentar-se com uma simples “troca” de saberes, sendo necessário engajar os atores envolvidos em um processo de aprendizagem coletiva, no qual uns aprendem com os outros e o conjunto constitui um desafio importante.

O novo modelo sugere a distribuição de poderes e obrigações aos subsistemas, associações, diretores, professores e pais a responsabilidade de desenvolverem ações que melhor enquadre os novos paradigmas. É preciso que a equipe pedagógica assuma não apenas no que se refere à exploração e ao uso de materiais didáticos, mas também uma prática de auto avaliação que permitam verificar e introduzir os reajustes necessários para o bom andamento do trabalho. (Perrenoud, 2002).

As atribuições do gestor têm função relevante no desenvolvimento dos educandos. Outra situação que exige reflexão sobre gestão participativa da escola é de como sujeitos envolvidos nessa gestão compreendem a escolha de atuação dos dirigentes escolares pode contribuir para superação de conflitos, melhoria do trabalho das relações extraescolares e da qualidade do ensino.

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