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HISTORIA DA SOCIEDADE

Por:   •  14/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  231 Visualizações

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Verena Alberti pergunta “ ate que ponto uma historia de vida fornece informações sobre a historia da sociedade? O que é historia oral, qual é sua importância e qual o papel do historiador com essa metodologia?

Historia oral é a historia contada, seja por uma testemunha ocular contemporânea do fato, ou transmitida de uma geração à outra através de mitos e lendas, ou ainda passadas cotidianamente no o convívio familiar ou social.  Esta modalidade desconsiderada pelos positivistas, que consideravam apenas documentos escritos e oficiais como fonte histórica, foi requalificada a partir dos “Annales” como meios de preencher lacunas deixadas por outras fontes e de vivenciar as experiências. Para tanto foi desenvolvida uma metodologia para que o entrevistador possa colher informações pertinente de seu entrevistado. È necessário compreender  que a memoria retida, além de fragmentada sofre interpretações de acordo com as experiências individuais bem como do seu contexto social. A historia oral é norteado de imagens e representações que podem refletir a mentalidade comum, ou uma exceção à  regra, numa determinada época e sociedade. Sendo assim a narrativa do pesquisador  deve contemplar sua gama  de fontes e documentos, buscando a comprovação e veracidade dos fatos escritos, e até mais do que isso e identificar os significados daquilo que foi dito, interpretar e assim obter uma veracidade mais próxima possível do seu objeto de estudo.

Disserte sobre micro historia como uma abordagem social. Qual é a importância dessa metodologia para conectar sujeitos, ações, ou seja, a dinâmica da vida dando sentido para além do fato vivido.

A micro- historia consiste em estudar um caso menor do cotidiano em uma determinada época e região, e a partir dai realizar questionamentos variados o quantos forem possíveis com o objetivo de contextualizar todo um período histórico, uma sociedade e/ou uma geração. Portanto um caso um caso “in locus” ira gerar um estudo maior, mais detalhado, com uma descrição mais consistente repleta de problematizações e por consequência com maior probabilidade de  soluções. A micro-historia parte do pressuposto de que todo individuo e/ou documento, reflete uma mentalidade correspondente a sua época e região. E para o historiador / pesquisador compreender  e explorar o caso , este deve cercar-se do maior numero possível de informações, através de estudos e pesquisas para consolidar , problematizar e respaldar seu trabalho. Carlos Ginzburg , é defensor e representante desta modalidade como vemos em seu livro “O Queijo e os Vermes”, ao descrever o caso de Menochio a partir dos documentos de julgamento da inquisição,  em que o personagem é condenado por suas ideias heréticas. Com grande embasamento histórico e diversas problematizações, o autor pode a partir da experiência do personagem Menochio descrever toda a sociedade europeia, seu modo de pensar, agir durante o referido período da Idade Media. Ou seja, a partir do micro de um lugar pequeno o autor Carlos Ginzburg descreveu o macro da Europa Medieval daquele determinado período.

Discuta o papel do historiador diante do passado como um detetive: Quais são seus pontos de partida para uma investigação histórica?

Como um detetive, o historiador segue em busca de pistas, vestígios, fragmentos que remontem e reconstrua uma cena, um acontecimento. Estas pistas que são documentos para o historiador, poderão ser valorizadas ou não de acordo com sua capacidade de analise e problematização do pesquisador. Como exemplo podemos verificar as mais recentes publicações da historiografia brasileira, sendo os documentos utilizados os mesmos, porem a abordagem se diversificou. Neste contexto uma mesma fonte pode fornecer informações variadas, ou ate nenhuma, tudo vai depender do questionamento e valorização por parte do pesquisador. Quanto maior o conhecimento a cerca do tema pesquisado, maior será sua capacidade de questionamento e problematização do tema em estudo.


Analise de decodificação ( emissor, mensagem e meio). Discurso do emissor: Analise  e critica interna e externa. (ENI e Ismênia A Leitura Critica do Documento)

Todo documento em qualquer período tem de ser problematizado, este contem um discurso, ou seja, uma ideia e/ou intenção seja ele um texto, uma imagem ou uma fala, tudo isto se torna uma fonte após passarem por um crivo de questionamentos do historiador. Tudo começa pela sua erudição, em seguida pelo levantamento bibliográfico, seguido da problematização e assim sai seu projeto de pesquisa (fontes).  Na sequencia a classificação (secundaria ou primaria) se pela igreja, Estado, se é digitalizada, escrita, objetos etc. Na sequencia o historiador devera descontruir, decodificar com uma analise: emissor(quem? Órgão ou pessoa), qual a mensagem? (fato ocorrido), qual o meio? (papel, gravação, pintura, escrita), para quem?(receptor) bem como para que este precisa daquilo como ele vê o fato ou acontecimento. Segundo a autora qualquer fonte histórica é um conjunto de códigos. Discurso do Emissor: Analise o que o historiador é capaz de fazer, numa analise  exemplo pq usa uma expressão e não outra? O que realmente diz o discurso, o que esta embutido na mensagem?, ou seja, qual sua verdadeira intenção. Para isto é necessário a erudição sobre o assunto e ai vem a critica interna (que? Para que?, porque? Este é impresso, escrito, falado, analise explícita ou mais implícita. Já a critica externa:  esta implícita mas o contexto pode ser politico, econômico, social, cultural, entre outros.

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