Metonímia - A Gestão de Pessoas

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        RESUMO DO FILME        4

3.        O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA        6

3.1. COMO DEPENDENTE QUIMICO E EMPRESA SE RELACIONAM        6

3.2. MODOS DE INTERVIR NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA NO AMBIENTE DE TRABALHO        8

4.        METODOLOGIA        9

5.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        10

REFERÊNCIAS        11

1. INTRODUÇÃO

Metanoia é um filme de drama de 2015, estrelado por Caique Oliveira, Einat Falbel e Caio Blat. Dirigido por Miguel Nagle, pode ser muitas vezes interpretado com diálogos previsíveis e personagens sem densidade (FOLHA, 2015), entretanto acompanha a história do vício e recuperação do personagem principal, Eduardo, que é mantido sem trabalho no começo do filme, onde a demissão da mãe impulsiona-o a procurar um emprego.

Com as dificuldades de um jovem periférico, ele consegue o provisório trabalho de motoboy e envolve-se com pessoas de má índole, que o carregam para o alucinante e perigoso mundo das drogas.

A OMS (2001) confirma que dependência química deve ser tratada simultaneamente como uma doença médica crônica e como um problema social, envolvendo tanto estado mental quanto físico. Sendo assim, não trata-se de uma escolha totalmente consciente do usuário entrar neste universo.

O crack, por exemplo, é uma das drogas mais complexas de recuperação.  Para Pulcherio (2010), essa droga ilícita tem grande associação com a criminalidade, com envolvimento em crimes para persistir o consumo, como por exemplo: roubos e furtos, e participação no tráfico de drogas. O envolvimento com esse tipo de droga é extremamente perigoso, pois destrói a vida do usuário em diversos aspectos: mental, social, financeiro, emocional etc., assim como pode destruir famílias, relacionamentos, amizades e, principalmente, a vida profissional tanto como trabalhador quanto com os colegas de trabalho.

No ambiente de trabalho, o uso indevido de álcool e outras drogas afeta até 15% dos empregados, aumenta em 5 vezes as chances de acidentes de trabalho, é responsável por 50% do absenteísmo e licenças médicas e também aumenta os custos com rotatividade dos funcionários.

1. RESUMO DO FILME

O nome do filme significa 1. "mudança no pensamento ou no sentimento" ou 2. "arrependimento ou penitência", e é basicamente parte da jornada de redenção do protagonista. Muitos cortes das cenas apresentam a história de Eduardo versus seu caminho dentro da reabilitação, com emocionantes conversas entre ele e a mãe.

O filme trata a questão de dependência química, mais especificamente a dependência de crack, principalmente pois o fundo onde a história discorre é São Paulo, infelizmente dona da capital do crack: a Cracolândia, justamente no centro da cidade megalópole do país. Um dos outros planos de fundo da história é o Jardim Ângela, periferia paulistana, de vida simples, onde vive Eduardo.

A mãe, Solange, tem uma vida difícil e é sempre retratada num plano branco, límpido. Mãe solteira e resiliente, criou Eduardo sozinha e no início do filme, sai do emprego. Além disso, extremamente religiosa.

Seu melhor amigo é Quininho, quem empresta para Eduardo seu veículo de trabalho: uma moto. Apesar de muitos problemas e momentos complicados, o trabalho de motoboy parece bem. Ele chega a se encontrar com pessoas pedindo esmola na rua, e as afasta.

Por intermédio de um playboy entediado, o Jeff (interpretado pelo Caio Blat), ele entra nesse mundo difícil e por muitas vezes sem fim, o das drogas ilícitas e psicotrópicas. Nos primeiros minutos do filme, Eduardo passa por uma iniciação com o grupo de playboys e consequentemente uma Bad trip, ‘viagem ruim’, que é um fenômeno produzido pelo uso ou abuso de Substâncias Psicoativas (SPA). Caracterizando-se como um efeito controverso, estranho e prejudicial, a bad trip é referida como “resultado fortemente condicionado por fatores sociais” (WATTS apud BUNCE, 1982).

Jeff apresenta drogas ilícitas naturais, como a maconha (Cannabis sativa) e o crack, droga e o traficante que conseguia todos os tipos de drogas que mais o afundaram durante o filme. Jeff morre de overdose de crack, álcool e cocaína.

O filme é retratado todo por religiosidade, até então Eduardo tem recaídas atrás de recaídas na recuperação das drogas. A apresentação do anjo é sua redenção. Mas, infelizmente, a religião deve ser tratada apenas como um apoio. Além disso, a internação compulsória (determinada pela Justiça) ou involuntária (autorizada por médico) pode ser autorizada apenas quando o indivíduo estiver colocando em risco a sua vida e a de outras pessoas, acompanhada por uma equipe multidisciplinar capacitada, que identifique os variados níveis de dependência e os direitos constitucionais do paciente (RUIZ E MARQUES, 2015)

1. O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Segundo o CRR da UFMG (2019) a melhor definição sobre dependência química é:

A dependência é uma doença grave pois modifica o modo que o dependente percebe o mundo, as pessoas e a sua relação com a droga. Além de perder o controle sobre o uso, deixando de ser apenas um usuário, o dependente químico também sofre com as consequências da droga no seu corpo. Estas consequências podem vir a se tornar doenças graves como o câncer, problemas cardíacos, hepáticos ou sintomas como impotência sexual, falta de energia ou vontade de suicidar.

Não somente com drogas ilícitas e de origem química, como LSD, crack e cocaína, mas o dependente químico encontra-se na pessoa alcoólatra, no viciado em cigarros (de tabaco, maconha, haxixe etc.).

As influências do mundo externo para entrar em contato com drogas vem de diversos modos: de celebridades, influencers, amigos e até familiares, entretanto, nem todos conseguem atravessar a corda bamba para esquivar-se de uma dependência, independentemente do tempo de uso.

No caso do filme, Eduardo recebe influência de seu melhor amigo, Quinzinho. De primeiro momento, ele considera bobagem o vício de seu amigo por maconha. Porém, ao sair com novas pessoas e criar a visão de que o uso de drogas é “legal” o “descolado”, a pequena diversão apresentada por Jeff parece uma forma vã de se enturmar com as demais pessoas daquele grupo e classe social, que se mostram totalmente diferentes da realidade do protagonista.

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