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O Cenário de Transformações e a Mudança Organizacional

Por:   •  30/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  14.007 Palavras (57 Páginas)  •  149 Visualizações

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SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO        
  1. Formulação do Problema        
  2. Objetivo Geral        
  3. Objetivos Específicos        
  4. Justificativa        
  1. REFERENCIAL TEÓRICO        
  1. O Cenário de Transformações e a Mudança Organizacional        
  2. O Contexto de Mudança        
  3. Atitudes Frente à Mudança        
  1. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA        
  1. Caracterização da Organização, Setor ou Área do Objeto de Estudo        
  1. A Empresa Pública – Sebrae        
  2. A Empresa Privada – Grupo Empresarial Viva        
  1. Caracterização da Mudança nas Organizações Estudadas        
  2. População e Amostra        
  1. Amostra da Empresa Pública        
  2. Amostra da Empresa Privada        
  1. Instrumento de pesquisa        
  2. Procedimentos de coleta e de análise de dados        
  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO        
  1. Comportamento das Variáveis        
  2. Relações entre as Variáveis        
  1. Preditores de Atitudes de Ceticismo Frente à Mudança        
  2. Preditores de Atitudes de Temor Frente à Mudança        
  3. Preditores de Atitudes de Aceitação Frente à Mudança        
  1. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES        

REFERÊNCIAS        

  1. INTRODUÇÃO

Em razão da premente necessidade de renovar-se, com vistas em manter-se no mercado de maneira competitiva, é que as organizações procedem a mudanças. Estas não ficam ilesas às reações dos indivíduos, os quais ora podem recebê-las de maneira favorável –  a depender de uma conjuntura de fatores -, ora podem assumir posturas de resistência frente aos novos contextos promovidos pelas mudanças. Essas atitudes, favoráveis e contrárias, têm sido objeto de investigação de alguns estudos desde a década de 1970, como atesta, entre outros, Neiva (2004) no trabalho Percepção da mudança organizacional: o papel das atitudes e das características organizacionais. Na esteira das investigações sobre o tema, este trabalho tem por interesse verificar a percepção da mudança organizacional pelos indivíduos de duas empresas de Brasília, a saber, uma da iniciativa pública e a outra do setor privado, respectivamente, o Sebrae e o Grupo Empresarial Viva. Em ambas, no intervalo de 1 ano – considerando desde os meses iniciais de 2010 até o primeiro trimestre de 2011 – foram empreendidas mudanças de âmbito externo e interno, cujos resultados - sobretudo no que dizem respeito à percepção da mudança pelos próprios funcionários - serão examinados pelo presente trabalho. Para tanto, importa contextualizar a mudança organizacional dentro de uma perspectiva ampla, refletindo acerca do processo de mudanças sentido em vários âmbitos da

realidade por emergência da globalização.1

A velocidade e a natureza das mudanças ocorridas nas últimas décadas no que dizem respeito às exigências dos clientes, à competitividade do mercado e à globalização requerem das empresas um novo posicionamento. Segundo a Fundação Nacional da Qualidade - FNQ (2008), em virtude dos processos inovadores verificados na realidade atual, tais como a globalização, as novas exigências de mercados consumidores, o aumento da competitividade, os antigos desequilíbrios de demandas da sociedade, a evolução tecnológica e a disputa por recursos, é indispensável que as organizações realizem mudanças significativas no modo como gerenciam os negócios, a fim de não perderem oportunidades e caírem no ostracismo. Schein (1997), ao ser citado por Zanelli e Bastos (2004, p. 440), aponta que as intensas

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1 Entendida por Pierik (2003, p. 454, apud GONÇALVES, 2006, p. 3) “como um fenômeno multidimensional que envolve a mudança na organização da atividade humana e no deslocamento do poder de uma orientação local e nacional no sentido de padrões globais, com uma crescente interconexão na esfera global”.

mudanças nos ambientes tecnológico, econômico, político e sociocultural vêm transformando as práticas até então consagradas nas organizações em problemas a serem enfrentados. Assim, em ambientes de negócios que desafiam a adequação de estratégias organizacionais,  estruturas e processos, a capacidade organizacional de compreender e implementar mudanças emerge como uma capacidade crucial (LINES, 2005).

Ao longo dos últimos 10 anos, cerca de 3,5 bilhões de pessoas ingressaram paulatinamente no mercado, trazendo uma quantidade imensa de novas oportunidades. Sem falar que as mudanças na tecnologia e nos mercados estão criando oportunidades tanto para as empresas grandes quanto para as pequenas, sendo imperativo, para a sua sobrevivência, aproveitar essas oportunidades (PRAHALAD, 2006). Como já foi constatado por Nadler, Shaw e Walton (1994, p.15 apud NEIVA, 2004), “as companhias que sobreviveram nas últimas décadas foram aquelas hábeis em responder rápida e efetivamente às condições de mudança ambiental”.

Gestores e presidentes de empresas, ansiando pelo aumento da lucratividade, eventualmente recorrem a mudanças na estrutura, na hierarquia, nos sistemas de remuneração e nos recursos tecnológicos para manter a competitividade no mercado (FNQ, 2008). Dessa maneira, requeridas pelo ambiente de negócios e chanceladas pelos gestores e presidentes das empresas, as mudanças organizacionais encontram legitimidade e suporte por parte dos agentes envolvidos para serem realizadas. Tais mudanças são apontadas por Neiva como:

[...] qualquer alteração, planejada ou não, em componentes que caracterizam a organização como um todo – finalidade básica, pessoas, trabalho, estrutura formal, cultura, relação da organização com o ambiente –, decorrente de fatores internos  e/ou externos à organização, que traz alguma conseqüência, positiva ou negativa, para os resultados organizacionais ou para sua sobrevivência (NEIVA, 2004, p. 23).2

Amenakis e Bedeain (1999), no trabalho intitulado Organizational change: a review of theory and research in the 1990s, realizaram uma revisão da literatura sobre mudança organizacional no decorrer de 10 anos e elencaram os 4 temas de pesquisa mais comuns, a saber: (a) questões de conteúdo, que largamente focam a substância da mudança organizacional contemporânea; (b) questões de contexto, que principalmente abordam as forças ou condições existentes no ambiente interno e externo da organização; (c) questões   de[pic 3]

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