TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Fator Humano

Por:   •  5/1/2024  •  Resenha  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  20 Visualizações

Página 1 de 6

Disciplina: Fator Humano: operações, fisiológicos e psicológico

Identificação da tarefa: Tarefa 2. Envio de arquivo

Pontuação: 14 pontos

Tarefa 2

Aspectos fisiológicos da atividade aérea e seus riscos

Aprofundamos sobre a visão, a audição o equilíbrio e a importância de cada um desses sistemas para a prática da atividade aérea, tanto como funções isoladas quanto através de uma integração complexa de habilidades sensoriais. A sinergia entre esses sistemas não apenas permite o controle preciso da aeronave, mas também desempenha um papel vital na prevenção de acidentes e na promoção de voos seguros e eficientes. Mas o que acontece quando elementos cruciais também podem se tornar potenciais indutores ao erro e causando graves acidentes?

 A desorientação espacial é uma ameaça antiga e persistente na aviação e que desafia até mesmo os pilotos mais experientes. Entender como funcionam os nossos sistemas e os tipos de ilusões mais comuns que afetam nosso organismo pode ser crucial para mitigar os perigos associados a esse ‘clássico’ e perigoso fenômeno. Alguns desse tipos de ilusões, seus efeitos sob o corpo humano e como evita-los são:

  • Autocinese: por definição significa movimento espontâneo/voluntário. Ocorre ao olharmos fixamente para um ponto de luz por algum tempo, onde produz-se a ilusão de movimento desse mesmo ponto. Sua evitação pode ser através do uso da fixação excêntrica ou voltando o olhar para um grupo de luzes sem se fixar em nenhuma em especial;

  • Ilusões de largura e inclinação da pista: Pode ocorrer em aproximação para o pouso, onde uma a pista estreita ou em aclive pode dar ao piloto a impressão de que ele está mais alto do que deveria para realizar o pouso e uma pista muito larga ou em declive pode provocar a ilusão de que o piloto está excessivamente baixo. Uma maneira de se evitar é fazendo bom estudo carta de aeródromo em que o pouso será realizado;

  • Contraste entre a iluminação da pista e escuridão em volta: quando uma pista fortemente iluminada em contraste com um entorno escuro pode transmitir a sensação de que está mais alta do que realmente está, causando o que se chama de ‘Black Hole’. Pode ser evitado com uso de auxílios luminosos, conhecimento da pista e utilização da visão lateral para ter parâmetros;
  • Ilusões provocadas por terreno uniforme: alteração da nossa noção de profundidade, dando a impressão que estamos voando mais alto. Isso pode correr voar sobre a água, neve ou sobre superfícies escuras e pode ser evitado com uso dos instrumentos com checagens constantes de altitude, velocidade e nivelamento;
  • Ilusões causadas por meteorologia: confusão que pode causada pelas condições metereológicas, como a confundir as estrelas com e as luzes da cidade ou voar “guardado”, que é perder quaisquer referências com o solo ou com a água. Tais condições podem fazer nossa visão desconsiderar o horizonte verdadeiro. Pode ser mitigado o risco ao evitar formações meteorológicas que prejudiquem nossa visão ou utilizar as regras de voo por instrumentos ou IFR;
  • Confusão entre uma pista de pouso e uma rodovia: ocorre quando o piloto confunde uma estrada reta iluminada com uma pista de pouso. Pode ser evitado com bom planejamento antes do voo;

Ilusões perceptuais são extremamente complexas por desafiarem justamente um dos pontos mais sensíveis ao fator humano: a percepção do piloto. Ignorar os que seus olhos veem, seus ouvidos escutam e o que se corpo sente se torna desafiador em situações normais; em condições críticas se tornam primordiais.  

Um grande risco associado à essas ilusões é de um Voo Controlado em Terreno (CFIT- Controlled Flight Into Terrain). Embora tenha-se havido dificuldade de entendimento após a criação da expressão e ao longo de seu uso, é um tipo de acidente muito conhecido na aviação e que hoje se possui algumas alternativas de mitigar os riscos. O CFIT refere-se a acidentes nos quais uma aeronave, que está sob controle do piloto, impacta o solo ou uma superfície obstrutiva sem a intenção do piloto. Em suma, uma aeronave que em plenas capacidades de voo vem a colidir com o solo. Existem vários fatores que podemos atribuir à causa, sendo os mais conhecidos o erro de navegação, falhas no sistema de navegação e comunicação e, o que mais se encaixa ao assunto em questão, a desorientação espacial. Sendo esse fator considerado como maior risco associado, vamos destacar três pilares cruciais para mitigação dos riscos associados à desorientação espacial por parte dos tripulantes:

1. Treinamento Intensivo:

O treinamento contínuo emerge como o pilar fundamental para a prevenção da desorientação espacial. Pilotos devem ser submetidos a simulações que reproduzam condições desafiadoras, permitindo-lhes reconhecer e superar ilusões perceptuais. A confiança nos instrumentos deve ser reforçada, proporcionando resistência à tentação de depender exclusivamente dos sentidos.

2. Uso Adequado de Instrumentos:

Instruir os pilotos a confiar nos instrumentos, especialmente em situações desafiadoras, é crucial. O treinamento deve enfatizar a rápida identificação de ilusões e a pronta transição para a dependência dos instrumentos. Essa prática responde diretamente ao desafio de resistir à tentação de confiar excessivamente nas percepções subjetivas.

3. Atualização Tecnológica:

A incorporação de tecnologias avançadas desempenha um papel vital na prevenção de erros decorrentes da desorientação espacial. Sistemas de alerta específicos para esse fenômeno, integrados a sensores e sistemas de navegação, oferecem uma camada adicional de segurança. A tecnologia não substitui a habilidade do piloto, mas é uma aliada valiosa para aprimorar a consciência situacional.

Como vimos, por mais competente e bem treinado possa ser a tripulação, o fator humano inerente a nós trará sempre riscos associados às condições humanas. Ainda dentro de percepções corporais, destaca-se também os sintomas associados à altitude x pressão atmosférica, que são disbarismo e hipóxia. O disbarismo refere-se aos problemas de saúde associados a mudanças na pressão atmosférica, podendo ocorrer durante ascensões ou descidas rápidas, como aquelas experimentadas por mergulhadores e pilotos, onde a pressão atmosférica muda significativamente. Já a hipóxia é uma condição na qual os tecidos do corpo não recebem oxigênio em quantidade suficiente para manter as funções normais. Em suma é um dos efeitos relacionado à falta de oxigênio em altitudes elevadas e pode ser dividida em duas partes: Hipóxia hipobárica, causada pela diminuição da pressão atmosférica em grandes altitudes e a hipóxia hipóxica, causada pela redução na concentração de oxigênio no ar inspirado independentemente da pressão atmosférica.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.6 Kb)   pdf (71.7 Kb)   docx (194.3 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com