Os Primórdios da Administração e Novas Abordagens da Administração

1 . INTRODUÇÃO

Para elaboração do referido APS deve-se escolher 02 (dois) temas relacionados ao conteúdo programático, portanto, aqui falarei sobre Os Primórdios da Administração e Novas Abordagens da Administração.

Este trabalho se propõe buscar nos conhecimentos em administração em seus primórdios a fim de entendermos melhor sua evolução, bem como, os conhecimentos atuais. Nenhuma ciência pode ser desenvolvida sem levar em consideração sua história.

2. HISTÓRIA

Grande foi a influência dos filósofos no nascimento da Administração, Fracis Bacon (1561-1626) antecipou-se ao princípio da administração “princípio da prevalência do principal sobre o acessório”, ao perceber e demonstrar a necessidade de se separar o que é essencial do que é acidental ou acessório. René Descartes (1596-1650), considerado o fundados da Filosofia Moderna, descreve seu método filosófico denominado método cartesiano, cujos princípios são: princípios da dúvida sistemática ou da evidência – onde não se deve aceitar como verdade qualquer fato, sem que antes haja a evidência de que aquilo é verdadeiro; Princípio da análise ou de decomposição – onde divide-se cada dificuldade ou problema em tantas partes quanto for necessário à adequação e à solução; Princípio da síntese ou da composição – onde devemos conduzir ordenadamente nossos pensamentos e nosso raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis, passando gradualmente para os mais difíceis; e, princípio da enumeração ou da verificação – faz-se recontagens, verificações e revisões ao ponto de que haja total segurança de nada haver omitido ou deixado à parte.

Além das influências acadêmicas, houve também a influência da Organização Militar, Sun Tzu (general filósofo chinês) demonstrou em seu livro sobre a arte da guerra a preparação dos planos, da guerra efetica, da espada embainhada, das manobras, da variação de táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da organização do exército. O princípio da unidade de comando é o núcleo das organizações militares e é utilizado em outras organizações, onde há os escalões hierárquicos de comando.

Na época de Napoleão cada general ao comandar seu exército, era responsável por todo o campo de batalha, porém, para guerras de maior alcance foi observado a necessidade de descentralização do comando, exigindo novos princípios de organização e planejamento.

Karl Von Clausewitz (1780-1831) é considerado pai do pensamento estratégico, defini a guerra como uma continuação da política por outros meios, a guerra é um jogo de estratégia, onde deve haver eficaz administração do exército.

As influências filosóficas e bélicas são de extrema importância para a Administração, mas não se pode falar em administração, sem que se fale sobre as Grandes Revoluções, dentre elas a 1º Revolução Industrial e a 2ª Revolução Industrial. A mecanização da indústria e da agricultura, a aplicação de força motriz à indústria, o desenvolvimento do sistema fabril, o forte desenvolvimento dos transportes e da comunicação, a invenção do motor elétrico e a combustão interna, diminuiu as atividades artesanais, trazendo grande desenvolvimento às industrias, fazendo crescer, também, a necessidade de processos coordenados.

Estes princípios foram fundamentais para as bases na Administração Científica e à Teoria Clássica como veremos a seguir.

2.1 – Administração como ciência

A Administração como ciência teve seu início no século XX, quando o americano Frederick Winslow Taylor desenvolveu a Administração Científica e o francês Henry Fayol a Teoria Clássica da Administração.

A Administração Científica de Teylor tinha como foco a produtividade e eficiência em nível operacional da empresa, onde o foco principal era a divisão do trabalho, as tarefas e a divisão dos cargos, partindo de baixo para cima, ou seja, das partes (operários) para o todo (organização). Estuda-se, então, os movimentos necessários para a relização de atividades, o tempo necessário e a especialização do trabalhador. Desta maneira, o foco da teria era a tarefa.

Enquanto Taylor, na América, estudava a tarefa, Fayol desenvolvia sua teoria baseado na estrutura organizacional, ou seja, a disposição dos setores da empresa e as relações entre os mesmos. Por este motivo afirma-se que a Teoria Clássica pesquisa de maneira inversa à Administração Científica.

2.1.1 – Administração Científica

O nome Administração Científica se baseia na aplicação de métodos da ciência à Administração a fim de aumentar a eficiência e eficácia industrial.

Taylor tem uma criação rígida, baseada em disciplina, trabalho e poupança. Escreve um livro sobre técnicas de racionalização do trabalho do operário. Efetua minucioso estudo das tarefas desenvolvidas por cada operário e percebe que um operário mais produtivo desmotiva-se rapidamente quando percebe que outro trabalhador que produz menos recebe o mesmo pagamento que ele. Daí a importância em remunerar melhor o trabalhador que mais produz.

Para Taylor, Administração Cientifica é “A combinação de ciência em lugar do empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não-individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade”.

Aqui podemos perceber que Taylor busca metodologias científicas para analisar, estudar e executar tarefas administrativas.

Através de seus estudos, Taylor vê a possibilidade de se eliminar movimentos desnecessários, tornando as tarefas dos operários mais úteis e mais rápidas, desta maneira, tornando o processo produtivo mais lucrativo. Elimina-se o desperdício de força humana, racionaliza-se a seleção e adaptação dos operários, destribui uniformemente o trabalho, treina- se os operários, define-se métodos de normas para execução do trabalho e estabelece uma base uniforme para salários e prêmios de produção.