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Resenha Sobre Livro "A Origem do Capitalismo

Por:   •  28/11/2016  •  Resenha  •  967 Palavras (4 Páginas)  •  1.383 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Gabriel Breder Krempser Matrícula: 201646024

Thaynan Furtado Freitas Matrícula: 201646046

RESENHA DO TEXTO: “A ORIGEM DO CAPITALISMO”

Juiz de Fora - MG

2016

Resenha do texto: “A Origem do Capitalismo”

No texto, a historiadora marxista Ellen Meiksins Wood explica a origem do sistema capitalista tendo como ponto de partida a violenta expropriação dos camponeses na Inglaterra, responsável pela formação do proletariado moderno. Ellen Wood trás questionamentos sobre o capitalismo ser uma evolução natural da atividade humana, e seu desenvolvimento seria inevitável sempre que sua marcha não encontrasse obstáculos externos.

Wood destaca que o Feudalismo foi sim uma condição necessária para o desenvolvimento do Capitalismo, porém ela não teria sido suficiente para tal. Segundo ela, o Feudalismo produziu diversos resultados diferentes nos quais somente um deles foi o Capitalismo. Nos casos em que ela se desembocou no Capitalismo, isso se deu ao fato de que já havia um sistema capitalista e de pressões competitivas que conseguiu impor a seus rivais políticos, militares ou comerciais. A preposição de que as cidades autônomas que surgiam dentro do Feudalismo foi o fator determinante para o surgimento do Capitalismo e que ele tenha nascido e se criado dentro dessas cidades é uma das convenções mais firmemente estabelecidas e ainda mais do que isso, a implicação que qualquer cidade era por natureza, capitalista desde sempre, o que para Wood, seria a suposição mais questionável dentre todas.

Ela mostra que o Capitalismo com todos os seus impulsos específicos de acumulação e maximização dos lucros teria nascido não nas cidades, conforme é naturalmente ligado por todos, mas sim no campo, em um lugar e época bem específicos. Nas sociedades pré-capitalistas, os produtores tinham acesso direto ao meio de produção e seu excedente era apropriado por meios extra-econômicos. Porém, no capitalismo, o modo de apropriação baseia-se na desapropriação dos produtores legalmente livres e seu único acesso aos meios de produção passa a ser a venda de sua capacidade de trabalho em troca de um salário. Tal relação é medida pelo mercado e embora tenham existido vários tipos de mercado ao longo da história da humanidade, no Capitalismo o mercado tem função distintiva e sem precedentes. O capital e o trabalho tornam-se profundamente dependentes um do outro e essa dependência passa a atuar como regulador principal da reprodução social. Portanto, tal sistema de dependência ocasionou os chamados imperativos de mercado, da acumulação e maximização dos lucros, que significa que o Capitalismo tem que acumular constantemente, buscar constantemente novos mercados e impor seus imperativos a novas esferas da vida. Só quando percebemos o quanto é distinto das outras formas social que precederam a história humana, é que torna-se claro que é preciso mais do que supor que essa forma social sempre existiu de forma embrionária, bastante somente se libertar das barreiras não naturais.

Ao contrario dessa vertente, Wood exemplifica como que na maior parte do mundo, inclusive a Europa, não haviam tais imperativos de mercado, mesmo com a existência de um vasto sistema de comércio nos quais os lucros auferidos baseava-se em comprar barato e vender caro, e não por meio dos princípios do comércio capitalista. Esses princípios não-capitalistas de mercado coexistiam com formas de exploração não-capitalistas, como o Estado que por meio dos impostos extraia o trabalho excedente dos camponeses que constituíam a maior parte da população e detinham a posse da maior parte das terras. Portanto, os camponeses tinham acesso aos meio de produção, à terra, sem terem que vender sua força de trabalho e eram extorquidos pelo Estado por meios extra-econômicos sob forma de impostos.

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