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Resenha o Gigolô das Palavras - Luís Fernando Veríssimo

Por:   •  18/8/2021  •  Resenha  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  699 Visualizações

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RESENHA

A presente resenha abordará o texto “O Gigolô das Palavras” por meio de um dos capítulos do livro “O Gigolô das Palavras” escrito por Luís Fernando Veríssimo no qual o autor utiliza a crônica para abordar sobre a suposta importância da gramática para um escritor e utiliza argumento para provar que de nada adianta uma gramática perfeita, se não houver um bom uso da linguagem.

        De modo geral, o autor, afirma através da crônica que a gramática deve ser utilizada apenas no seu contexto básico, ou seja, a título de evitar erros e má colocações muito relevantes, pois na maioria das vezes, os erros de gramática são passados despercebidos, tornando-a assim, dispensável de certa forma durante a escrita. O fato, é que para que se possa escrever um bom texto, é necessário acima de tudo, talento.

        É possível distinguir uma pessoa que escreve bem, através do talento e também da linguagem que ela utiliza nos seus textos. Uma pessoa que escreve assertivamente, escreve de forma clara e objetiva, e consegue através do texto estabelecer uma comunicação com o leitor. Conforme alinhado por Veríssimo (1982, p.10) “gramática é o esqueleto da língua”. Considerando os argumentos citados anteriormente, pode se afirmar que por mais que a gramática mantenha o português de pé, ela sozinha não informa nada, pois ela é apenas uma estrutura que sozinha não consegue chegar a lugar nenhum.

        Por conseguinte, referencia a gramática através de uma analogia, na qual ele compara o relacionamento entre uma mulher e um gigolô, afirmando que se um escritor passasse a respeitar completamente a gramática, ele seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel (VERÍSSIMO, 1982).

        Veríssimo durante sua argumentação acaba de referindo à gramática como “patroa” e ainda firma que (1982, p.10) “a gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda”. Trazendo este trecho para os dias atuais, podemos perceber que ele faz uma total referência sexista de superioridade do sexo masculino, além de referenciar ainda mais a cultura patriarcal da sociedade que incentiva, de certa forma, a violência contra o sexo feminino.

        Porém, devemos considerar que o texto escrito por Veríssimo vem do ano de 1982, época em que por mais que já se falasse em sexismo, equidade de gênero, entre outros movimentos contemporâneos, tais assuntos não ganhavam visibilidade e por muitas vezes mal eram considerados como errôneos dentro da sociedade. Por isso, subentende-se que Veríssimo não teve a intenção de fazer um comentário de cunho pejorativo, mas com o passar do tempo, com as várias transformações da linguagem, atualmente, o texto pode ser interpretado desta maneira.

        Portanto, percebe-se que durante os anos os textos podem ganhar novas interpretações, e assim, causar novos impactos aos leitores. Contudo, vemos que a obra de Veríssimo vem trazer apenas uma reflexão e uma crítica ao apego dos escritores à gramática, enquanto no seu ponto de vista, existem diversos outros elementos dentro da escrita que são essenciais para a escrita de um texto.

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