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Resumo dos capítulos I e II do livro história da riqueza do Homem

Por:   •  15/4/2016  •  Resenha  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  2.251 Visualizações

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Resumo do livro História da riqueza do homem- Leo Huberman

1- Sacerdotes, Guerreiros e Trabalhadores (Capítulo I).

Leo Huberman inicia seu livro evidenciando as características do trabalho e da economia - que era baseada na terra - nos séculos de X à XII na Idade Média, com o objetivo de mostrar que já existia uma relação de subordinação e domínio dos trabalhadores aos seus senhores, sendo que sociedade feudal consistia de três classes sociais: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores, e o homem que trabalhava produzia para ambas as outras classes, eclesiástica e militar.

O trabalho era realizado no solo e na fabricação de vestuário, a terra era cultivada não em campos contínuos, tal como hoje, mas pelo sistema de faixas espalhadas e eram divididas em “feudos” nas quais o povo da aldeia trabalhava. Essas terras eram divididas em duas partes: Um terço ficava para o senhor do feudo e a outra parte era dividida entre muitos arrendatários que trabalhavam não só nas terras que arrendavam, mas também na propriedade do seu senhor.  O número de terras que um indivíduo possuía, representava a sua riqueza, sendo que quem não possuía terras era pobre, chamado “servo”.

O trabalho era feito para benefício do senhor feudal, a sua vontade era a prioridade, criando assim uma situação desfavorável ao trabalhador, pois recebia apenas o pagamento de dois a três dias da semana e tirava do solo apenas o suficiente para sua sobrevivência miserável. Em função da economia baseada na distribuição de terras, aconteciam muitas guerras em busca de poder. Para vencer as guerras, era preciso aliciar e contratar guerreiros, concedendo-lhes terra em troca de certos pagamentos e promessa de auxílio, quando necessário. Os príncipes e nobres que mantinham terras em troca de serviço militar concediam-nas a outros, nas mesmas condições. “A terra era a chave da fortuna do homem” por que a terra produzia praticamente todas as mercadorias de que o homem precisava.

“O costume do feudo”, que tinha a força das leis no século XX, constitui a chave para a compreensão do sistema feudal. Não havia um governo forte na Idade Média capaz de se encarregar de tudo. Aí organização, baseava-se num sistema de deveres e obrigações do servo pelo seu senhor e do senhor para o seu servo. Nessa perspectiva, “haviam vários graus de servidão”,  o senhor do feudo, como o servo, não possuía a terra, mas era, ele próprio, arrendatário de outro senhor, mais acima na escala. 

No topo desta pirâmide estava o clero, poder político-religioso, formado pela Igreja Católica Romana, que foi a maior proprietária de terras no período feudal, pois era uma instituição poderosa, com maior prestígio e expansão do que qualquer coroa, devido ao seu poder territorial; e pelo seu cunho religioso, pois os homens daquela época doavam terras e submetiam-se ao seu domínio em troca de assistência social aos pobres e médica aos doentes, e acreditavam que ganhariam benefícios em sua vida espiritual em troca do seu trabalho. A igreja exigia tanto dos ricos, que a prioridade da igreja muitas vezes passava a ser a riqueza em vez da religião. Desse modo a igreja fez sua riqueza tornado-se a detentora de até metade das terras da Europa ocidental. A Igreja, sob certos aspectos, não era tão importante quanto o homem acima de todos, o rei, mas sob outros o era muito mais.

Abaixo estava a nobreza, formada pelos senhores feudais, os reis e os cavaleiros que possuíam grandes propriedades de terra e detinha o poder militar. Pagavam à Igreja o dízimo do que era gerado nos feudos e cobravam taxas abusivas de impostos aos camponeses que os cultivavam. Por fim, na base da pirâmide havia os servos, composta de camponeses, artesãos e empregados de serviços gerais.

Em suma, o sistema feudal era organizado em vários níveis de hierarquização. O clero e a nobreza constituíam as classes governantes. A Igreja prestava ajuda espiritual, enquanto a nobreza, proteção militar. Em troca exigiam pagamento das classes trabalhadoras, sob a forma de cultivo das terras, ou seja, as classes mais poderosas como o clero e os reis dominavam as classes que estavam mais abaixo nestes níveis, de onde também tiravam o seu sustento, fazendo assim suas riquezas.

 

  1. Entra em Cena o Comerciante (Capítulo II)

Neste capítulo podemos perceber o início do desenvolvimento do comércio na Idade média. O capital da época era estático e não continuamente em movimentação, como as fortunas de hoje. Basicamente a economia era baseada no feudo, pois tudo que era consumido no feudo provinha do próprio feudo. Assim, o estado feudal era praticamente autos suficiente, pois produzia aquilo que era necessário para o seu próprio consumo. Dessa forma, o giro de capital não era tão relevante para a nobreza e a igreja, devido ao próprio sistema do feudalismo. Porém, algumas exceções podiam existir, por exemplo, alguém podia não ter lã suficiente para fazer seu casaco, consequentemente o intercâmbio de mercadorias se fazia necessário.

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