TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Revisão textual

Por:   •  18/6/2015  •  Artigo  •  3.071 Palavras (13 Páginas)  •  119 Visualizações

Página 1 de 13

4.1        ANÁLISE DOS PADRÕES DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE DAS MULHERES

O conceito de acessibilidade e mobilidade é objeto de debate e reflexões, em certos casos os termos podem dar vazão a dúvidas e equívocos, como apontam Ullysea Neto E SIlva(2004):

Na literatura pode-se muitas vezes encontrar uma certa confusão no que tange à conceituação, e respectivas medidas, de acessibilidade e de mobilidade, principalmente quando estas medidas relacionam-se apenas à questão da facilidade ou impedância nos deslocamentos. Nesta situação interpreta-se a acessibilidade como um atributo dependente unicamente do sistema de transporte sem considerar o grau de atração das oportunidades oferecidas nas potenciais zonas de destino, ficando mesclados os conceitos de mobilidade e acessibilidade (ULYSSÉA NETO e SILVA, 2004: p. 774).

Na Geografia Urbana os termos também estão associados a explicações de transformações socioespaciais, sendo conceitualmente ligada a as relações entre transporte, renda, uso e valorização do solo. Em outra referência, Sathisan & Srinivasan (1998) caracterizam acessibilidade como à capacidade de alcançar certo lugar, por outro lado mobilidade com a facilidade com que o deslocamento pode ser realizado. Este conceito será de melhor adaptação para o presente estudo.

A partir da década de 90 o mercado de trabalho no Brasil apresenta  crescente participação das mulheres, logo  afetando a composição da mão-de-obra de modo geral das atividades potencialmente geradoras de renda. Como consequência  a acessibilidade e mobilidade necessita de ser verificada pela perspectiva oriunda do gênero, considerando que homens e mulheres apresentam percepção distintas com relação ao seu cotidiano no transporte coletivo.

Observamos que ocorre padrões distintos nas informações referentes a acessibilidade entre os sexos nas principais Regiões Metropolitanas Brasileira, o qual poderá ser ilustrado por meio dos  dados    

Tabela 4.1 - Acessibilidade das Populações Masculina e Feminina

Principais Regiões Metropolitanas Brasileiras – 2001

[pic 1]

Sendo a categoria de ALTA ACESSIBILIDADE referente a viagens com duração inferior 30 minutos. MÈDIA ACESSIBILIDADE referente a viagens com duração compreendidas entre 30 minutos e uma hora. E a BAIXA ACESSIBILIDADE destinada a viagens com duração superior à uma hora. No município de Belo Horizonte, situado no Grupo 2, os índices de ALTA ACESSIBILIDADE apresentam 53,0% para população masculina e 56,1% para a população feminina, diferença de 3,01% entre os gêneros.  Os dados podem estar relacionados com a preferência das mulheres em exercer atividades próximas de sua residência  devido a necessidade de realizar inúmeras tarefas em um mesmo dia.  Para os índices de MEDIA ACESSIBILIDADE, na RMBH apresentam 32,0% para população masculina e 32,1% para a população feminina, diferença de 0,10% entre os gêneros mostrando equilíbrio entre os mesmos. Analisando os índices de BAIXA ACESSIBILADADE, na RMBH  apresentam 14,9% para população masculina e 11,9% para população feminina.  

4.2        ANÁLISE DO TRANSPORTE SUPLEMENTAR EM BELO HORIZONTE SOBRE A ÓTICA DE PERCEPÇÃO DAS MULHERES

Por meio da percepção o indivíduo organiza e interpreta as impressões sensoriais para se contextualizar perante determinado meio, do ponto de vista cognitivo, além de processos mentais outros fatores irão causar influência na percepção do conforto e a qualidade dos serviços prestados pelo transporte publico.

Está percepção do conforto e a qualidade de determinados serviços e utensílios públicos está associado a fatores individuais como idade, dimensões corporais, força e flexibilidade. Concluindo que as características dos gêneros por si  atribuem certas distinções para os aspectos físicos e comportamentais entre  homens e mulheres. Contudo torna-se necessário auferir a necessidade de cada gênero para incorporar  qualidade no sistema de transporte público de modo a atender com igualdade toda a população que faz o uso deste equipamento.

Podemos observar pela, cujo dados mostra claramente a diferença entre a estatura média entre os gêneros e grupos etários. A população masculina apresenta estatura média próxima a 10 cm superior a população feminina no estado de Minas Gerais, segundo o IBGE 2009.

Tabela 4.2 - Estatura média da população de Minas Gerais por Sexo e grupos etários

[pic 2]

Devido a esta e outras distinções entre os gêneros, este trabalhou levantou informações relevantes para a classificação das condições de satisfação das usuárias do transporte coletivo suplementar de Belo Horizonte, por meio de um questionário aplicado pela Internet no período de 01 de maio de 2013 a 07 de junho de 2013, hospedado no domínio publico de endereço www.suplementarbusbh.blogspot.com.br, que recebeu aproximadamente 600 visitas ao longo da pesquisa conforme ilustrado na figura 01 e foram coletados aproximadamente 90 votos de mulheres com idade acima de 15 anos.

[pic 3]

                                                        Fonte: própria

O questionário foi composto por 20 perguntas para parametrizar os atributos de conforto, cada pergunta possuía 5 opções de resposta para aferir a satisfação e o perfil das usuárias do transporte público suplementar de Belo Horizonte, que apresentavam a seguinte valoração: (0) indiferente; (1) muito satisfatório; (2) satisfatório; (3) insatisfatório; (4) muito insatisfatório.

Os parâmetros de conforto foram divididos em fatores internos e externo apresentados abaixo: Fatores Internos, referentes as condições de infraestrutura dos ônibus correspondem aos anseios e às reais necessidades das mulheres, associadas às ações de embarque, desembarque e permanência nos veículos durantes as viagens.

  • Número de assentos no interior dos ônibus
  • Distância entre os bancos
  • Altura dos degraus
  • Dimensão da catraca/roleta
  • Altura dos balaustres
  • Local para acondicionar bagagens no interior dos ônibus
  • Condições de higiene
  • Condição de permanência nos ônibus durante a viagem
  • Quantidade de pessoas dentro dos ônibus

Fatores externos, referente a qualidade do entorno, espaços para a espera dos ônibus.

  • Condições de pavimentação A qualidade do entorno, espaços
  • Condições de iluminação
  • Condições de higiene
  • Condições de segurança no local
  • Condições do abrigo
  • Condições de conforto nas ações  de embarque e desembarque

Após a conclusão da pesquisa iniciou-se o processo de analise e organização dos dados obtidos por meio de tabulação utilizando o software Microsoft Office Excel 2        007 para compreensão da percepção das usuárias  nas diversas situações que envolvem uso do transporte suplementar  de Belo Horizonte. As informações coletadas subsidiaram a avaliação dos diversos parâmetros de conforto que foram apresentados.

4.2.1        Perfil das usuárias

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20.5 Kb)   pdf (733.5 Kb)   docx (838.8 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com