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A Historia da Filosofia

Por:   •  4/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  497 Visualizações

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Curso Completo Filosofia Prof. Ênio Mendes

Origem da filosofia e suas primeiras questões Saída do mito para a filosofia Pontos para ficar atento:  Em que medida o mito tinha uma importância para além da questão religiosa.  Quais condições propiciaram uma nova forma de pensar. O que é um mito?

O mito, resumidamente, é um modelo de narrativa que acompanha a história humana e em alguma medida uma forma de explicação antecede a escrita formal nos mais diversos povos. Todas as civilizações das quais se têm registro apresentaram alguma narrativa mítica ou fantasiosa, expondo que o mito é parte do agir humano e fruto de sua curiosidade e ignorância inicial frente ao mundo externo.

A palavra Mito é uma derivação do grego clássico μυθος (Mythos), e significa aqui basicamente um relato ou uma narrativa acerca do mundo. Se tem uma definição que pode ser dada ao mito é que ele é, para os gregos, um tipo de discurso, e enquanto tal possui uma função e uma configuração específica. O mito é um discurso que para o grego tem a função de revelar uma verdade que se encontrava velada (ἀλήθεια).

Funções do mito:

Mística e Cosmológica A função mística aponta para o assombro humano frente à criação e como se relacionar com tal grandiosidade, lida com o incompreensível e o incomensurável na

existência cotidiana. Entram neste as tentativas de responder qual o lugar do homem no mundo e na realidade social. Função cosmológica é aquela aonde se explica a estruturação do cosmos, ou seja, como a ordem natural se construiu. Mais próxima da preocupação científica acerca da origem do mundo, mas utilizando outro recurso explicativo, no caso o mito.

Sociológica e Pedagógica

Função sociológica é a característica de mitos que pretendem justificar a ordem social. Em sociedades onde o modelo de legislação ainda não se sustenta por meio da razão, a formulação de leis depende do mito como o princípio de construção da moral e da estrutura social. Função pedagógica é quando se encontra no mito as respostas de como viver a vida, levando em consideração as mais diversas possibilidades e compreender o horizonte histórico em que se vive. Esta função curiosamente abarca e depende das outras, na medida que lida com importantes definições sociais, constrói a moral e ensina a criança e ao jovem ouvinte os detalhes da existência. O que fragilizou o mito e abriu caminho para a razão:

Durante muito tempo duas teses vigoraram na explicação de por qual razão teriam os gregos sido os “pais” da filosofia. Estas teses eram as teses do “milagre grego”, a qual apontava para um surgimento espontâneo de uma nova forma de pensamento sem um par; e a tese “orientalista”, a qual dizia que o pensamento grego foi fruto da entrada do pensamento oriental no mundo grego. Contudo, a primeira tese não explica nada, apenas dá um tom especial aos gregos, por outro lado a segunda possui diversas fragilidades, pois não existem contatos em larga escala comprovados, e em alguma medida o pensamento que se seguiu foi bem diverso do oriental. Por isso, na atualidade se propõe um novo caminho. Se assinala que a filosofia teve seu caminho aberto por uma série de fatores, que criaram um “ambiente de possibilidade”. Essas explicações históricas não resumem tudo, mas ao menos explicam em que medida o pensamento se tornou possível.

Pólis

As Polis eram cidades-estados, as quais foram conquistando autonomia em relação a região onde se encontram, em outras palavras, não temos aqui uma nação composta de cidades, mas sim cidades que se comportam como nações. As polis, no formato que se seguiu, significou a lenta transição dos gregos que viviam nos campos e em um modelo feudal, para um modelo mais urbano e complexo, que afastava cada vez mais os seus cidadãos do discurso mítico, antes forte.

1.3.2- As navegações:

A procura de terras, de alimentos, e de metais que já haviam se tornado raros na região, levam as cidades gregas a buscar regiões mais distantes, por meio do mar mediterrâneo. Tal expansão influencia no surgimento da filosofia tanto pelo patamar político quanto cultural. A descoberta de novas formas de ver a realidade, de pensar as estruturas da cidade e a vida, levam

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