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A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA INDIANA NAS ARQUITETURAS CHINESA E JAPONESA

Por:   •  18/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  909 Palavras (4 Páginas)  •  626 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA INDIANA NAS ARQUITETURAS CHINESA E JAPONESA

Autor: Mônica Maia Matos

Curso: Arquitetura e Urbanismo

Orientador:  Prof. Rogério Freire Graça

RESUMO

Este artigo objetiva descrever a incidência de elementos da arquitetura indiana antiga sobre as arquiteturas chinesa e japonesa, bem como identificar de que modo e em que escala sua estilística de cunho religioso especificamente budista migrou no espaço geográfico asiático rumo à China e ao Japão.

Palavras-chave: Influência; Arquitetura; Índia; China, Japão.

Num vasto período histórico, durante a antiguidade do subcontinente indiano, os materiais menos duradouros, como madeira, sapé, gesso ou pedregulho rebocado, foram a base material com que se erigiu casas e até palácios cujos vestígios, em sua maioria, naturalmente não chegaram até os dias atuais.

Essa Índia antiga, cujos vínculos religiosos tornaram possível uma certa continuidade cultural, não era exatamente como um país unificado, mas sim uma conformação de alguns principados adjacentes, onde após séculos de alternância de períodos dinásticos mais fortes, permanentes e expansivos, e outros períodos mais suscetíveis a forças invasoras, se destacou a administração de Asoka, príncipe da linhagem dos Mauryas que durou entre 272-232 a.C., quando houve um salto em termos de tecnologia arquitetônica, com grande aperfeiçoamento dos santuários, principalmente budistas. Nesse tempo, até mesmo pedreiros e outros artífices da Pérsia foram trazidos por Asoka para desenvolver a técnica da edificação com alvenaria de pedra.

Essa engenharia de cunho religioso, edificada com materiais mais resistentes, foi desde esse tempo, e em outros períodos posteriores, a base da influência construtiva indiana sobre as arquiteturas chinesa e japonesa. Nesse mesmo sentido, e intimamente entrelaçado à arquitetura, foi que o budismo, enquanto ideologia religiosa migrou da Índia rumo ao sudeste asiático, China e Japão.

Destrinchando aqui os elementos da arquitetura indiana que seriam replicados mais tarde nas culturas chinesa e japonesa, devemos destacar primeiramente a importância da estupa, também conhecida como dagaba, pelo seu caráter irradiador de outros elementos construtivos cuja concepção derivou da sua função funerária primordial. Nesses construtos funerários eram depositadas tradicionalmente na Índia as cinzas dos líderes que faleciam. Seguindo essa mesma tradição, os discípulos de Buda também destinaram as suas cinzas mortais e despojos a estes mesmo locais, subdivididos nesse caso para serem guardadas em dez estupas cujos lugares eram associados à sua vida e ensinamentos, transfigurando assim as estupas de simples montes funerários a monumentos sagrados constituídos de cúpula hemisférica sobre base terral, finalizado por um conjunto escultórico denominado de pináculo, composto pelo tee, o yasti e os chattras.

Mais tarde, os construtores budistas projetaram outros elementos arquitetônicos que comporiam todo um complexo religioso disposto a partir das originárias dagabas. Assim, idealizaram as viharas, pequenos monastérios compostos de celas independentes dispostas ao redor de um pátio central, algumas vezes escavadas em rocha maciça, outras erguidas de forma independente em elevação sobre uma base.

Existia todo um processo ritualístico de acesso às viharas, conhecidas como pradakshina, que consistia em caminhar ao redor da estupa em sentido horário. O caminho da pradakshina era pavimentado e delimitado por balaustradas, formando um muro vazado contínuo que demarcava assim a área sagrada. Nos quatro pontos cardeais da balaustrada eram incorporados elaborados portais em pedra chamados toranas, ornamentados com imagens talhadas que representavam lendas da religião budista. Essas estruturas eram formadas por dois pilares ligados por uma arquitrave, sendo notória a influência de períodos anteriores, quando a construção e a talha eram realizadas ainda em madeira.

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