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A Mobilidade Urbana

Por:   •  18/3/2019  •  Monografia  •  4.544 Palavras (19 Páginas)  •  170 Visualizações

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Mobilidade Urbana é além de um deslocamento ou uma viagem, é todo um sistema para satisfazer a necessidade de passeio dos habitantes do local. Associada à infraestrutura, gestão do trânsito, segurança das rodovias e investimentos da cidade. Trata-se também, de toda a ligação de deslocamento da cidade, tanto transporte individual, quanto público, a mobilidade é a junção de todos os meios de locomoção dos moradores.

A infraestrutura na mobilidade urbana, trata-se de todo o conjunto de obras e suportes para o uso do solo urbano, isso é, as redes básicas de condução e distribuição como rede viária, água potável, redes de esgotamento, energia elétrica, gás, telefone, entre outras, que viabilizam a mobilidade das pessoas, o abastecimento e a descarga, a dotação de combustíveis básicos, a condução das águas, a drenagem e a retirada dos despejos urbanos.

A má conservação das calçadas para o pedestre é um dos temas abordados pelo grupo, pois, no passeio do pedestre, são encontrados diversos buracos, desgastes, calçadas estreitas e em grande maioria não são acessíveis, e, com isso, dificulta a circulação, ocasionando em desconforto, incentivando o transporte individual, onde acaba se tornando mais confortável e seguro.

O incentivo ao transporte individual começou a ser implantado no Brasil por volta de 1950, onde, o inventivo ao transporte individual é visto como luxo e conforto até os dias de hoje. As cidades foram projetadas para os carros e não para as pessoas, assim, sobrecarregam as vias com o transporte individual, gerando congestionamento, maior número de acidentes e etc.

A expansão da rede de mobilidade requer uma série de fatores para ter uma boa qualidade, o planejamento é essencial e a ligação e facilidade no transporte também, assim, o público tem incentivo ao transporte público.

A abrangência de uma rede é de extrema importância para a mobilidade urbana, junto com a infraestrutura, pois, tendo uma rede abastecida e qualificada, o fluxo da mobilidade gira, ocasionando em uma cidade interligada e equipada. O planejamento interligado de todos os setores da cidade é de extrema importância, pois, com ele, a infraestrutura ocorre facilmente, evitando transtornos e problemas.

A má conservação do passeio urbano na escala do pedestre

A calçada é um elemento presente no dia a dia da população quando exercem o seu direito de ir e vir e, esse elemento está cada dia mais incluso em discussões que tratam a mobilidade urbana e qualidade de vida como temas principais, já que, como o uso de veículos individuais estão sendo cada vez mais desestimulados, como podemos ver no novo Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, que incentiva praças e ciclovias, a população está tomando posse do espaço público e recebendo cada vez mais visibilidade e atenção como pedestres.

A utilização do passeio público na cidade de São Paulo é um problema visível e incomodo para grande parte da sua população: a situação das suas calçadas. Esse problema é consequência da falta de planejamento, fiscalização e manutenção das mesmas, já que na maioria das vezes elas são repletas de buracos, desgastadas, estreitas e com obstruções que dificultam ainda mais a sua utilização.

A prefeitura sancionou uma lei que determina, desde 2013, que as calçadas devem ter no mínimo 1.90m de largura, sendo 1,20m de passagem para pedestres e 0.70m para outros usos, como plantio de arvores, rampas de acesso e postes. Houve também uma padronização arquitetônica para organizar melhor o passeio público, onde calçadas com até 2 metros de largura serão divididas em três faixas, diferenciadas por textura ou cor, e as que possuem mais de 2 metros também serão diferenciadas, porém, em três faixas, como mostra o exemplo abaixo, de uma calçada acessível:

É possível notar sem dificuldades que essa lei não é seguida na maior parte da cidade, já que existem calçadas tão estreitas que mal cabem uma pessoa, fazendo com que os pedestres tenham que realizar o seu percurso no meio da rua, invadindo o espaço destinado aos carros e correndo sérios riscos de atropelamento.

Pode-se dizer que a principal causa desse problema que, atualmente, tomou proporções ainda maiores foi a falta de planejamento do passeio público, já que, onde foi planejado, foi para pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, já que essas pessoas passam pelas barreiras que existem nas calçadas sem nenhum esforço e as vezes nem percebe, enquanto pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiências ou mobilidade reduzida sofrem para realizar percursos considerados simples.

A falta de planejamento das calçadas para pessoas com necessidades especiais acontece em quase toda a cidade, são raras as exceções de locais com rampas, pisos táteis, elementos que facilitem a vida das pessoas com qualquer tipo de restrição, fazendo com que essa parcela da população dependa de outras pessoas para ajudarem na locomoção, o que nem sempre é possível, pois nem todos tem alguém a disposição ou condições financeiras para pagar alguém para ajudar.

Cabe ressaltar que a falta de acessibilidade do espaço construído, às pessoas com deficiência, acelera ainda mais o processo de afastamento de convívio, fazendo com que a exclusão espacial e a exclusão social tenham o mesmo significado. Portanto, muitas das limitações e incapacidades de algumas pessoas se devem à deficiência do espaço construído de abrigar diversidades, demonstrando que “a deficiência em si não é o fator causador da imobilidade e sim a falta de adequação do meio” (DUARTE e COHEN, 2004, p. 6).

Toda pessoa em algum momento da vida já teve ou ainda terá a capacidade de mobilidade reduzida, seja por ser criança e precisar do auxílio de um adulto, seja por alguma necessidade específica, como transportar alguma carga com as mãos, portanto, a boa condição das calçadas favorece a todos.

De acordo com a pesquisa Renova Centro20/30, os buracos constituem 91,91% dos problemas relatados pelas pessoas entrevistadas em 2016.

Esse problema está ligado diretamente à má administração dos governantes, pois, como já foi dito anteriormente, não existe uma manutenção dos passeios públicos, mas não há uma fiscalização nos que estão em mau estado. Isso faz com que a ocorrência de acidentes, como quedas com graves consequências sejam cada vez mais frequentes.

Dados apontam que, na cidade de São Paulo, ocorrem cerca de 500 acidentes em calçadas por dia. Atualmente esses tipos de acidentes também contam como acidentes de trânsito.

Buracos e passeios malconservados são vistos com

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