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A RESENHA ALEGORIA DO PATRIMÔNIO

Por:   •  17/1/2022  •  Resenha  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  170 Visualizações

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RESENHA

O capítulo I do livro Alegoria do Patrimônio, de Françoise Choay, denomina-se Os Humanistas e o Monumento Antigo e vai tratar a abordagem pelas pessoas, estudiosos e artistas acerca dessa construção do monumento, do monumento histórico e como o termo patrimônio flutua e permeia a sociedade em decorrência do tempo. Assim, o capítulo aponta o nascimento do Monumento Histórico, como  é chamado, nas primeiras duas décadas de 1400 a partir da reconstrução da cidade sede do papado de Martinho V. Têm-se aí, um novo clima intelectual que estuda e valoriza o passado histórico, aqui apontado nas Antigas Grécia e Roma e o compara com a produção do momento e seu tratamento e peso nas diversas esferas existentes. Sob essa ótica fica explícita a conclusão que nas eras supracitadas, havia um desprendimento de valor histórico desde peças do cotidiano como vasos e bustos, até a edifícios. Assim, não havia um sentido protetor para guardar essa produção e sua conservação e poupamento foram dados de forma aleatória.

Com a chegada da Idade Média, as relações com as obras parecem ser ainda mais simples e distantes. A incerteza, a miséria e a fome são fatores que distanciam ainda mais a população com os monumentos, já que dentro desse contexto perdem seu sentido e utilidade, muitas vezes sendo transformados em outros equipamentos. Porém, em contrapartida ao exposto anteriormente, nessa mesma época alguns edifícios e obras do paganismo foram deliberadamente cuidadas e mantidas. Essa manutenção, na verdade, é feita por meio de uma reutilização(seja ela global ou fragmentária). Assim, recursos eram economizados e nem mesmo como históricos essas construções eram validadas, já que não existia tamanha distância temporal.

Mas é por volta dos 30 do quattrocento,pós trabalho dos humanistas, que há uma mudança da forma com a qual se via as eras e, a partir daí surge uma série de acontecimentos, reformas, projetos e manifestações que juntas se fazem presentes na chamada renascença. Há então um deslumbramento pela formalidade clássica, vistas nos trabalhos de Brunelleschi, por exemplo, e um momento de desinteressado ato contemplativo, que juntos culminam na separação temporal dessas eras. Dessa forma, há agora um distanciamento formal em relação ao que se tem como Antiguidade. Faz-se importante nessa fase final do capítulo, ressaltar que o trabalho pontífice, bem como as bulas de mesmo título, tiveram papel essencial na tarefa de conservar, restaurar, manter e proteger as obras e os edifícios da Antiguidade, mesmo que os interesses muitas vezes sejam de controle do poder sobre os mesmos anteriormente citados.

Dessa forma, o primeiro capítulo do livro nos faz refletir como os diferentes tempos, interesses, economias, eras e realidades das sociedades citadas tem impacto direto na forma com que tratavam, ou deixavam de tratar o que temos na contemporaneidade como obras e edifícios que configuram o monumento histórico. É interessante observar como o interesse político e econômico, principalmente do clero, teve papel nessa caminhada de manutenção. Ainda que não pelos motivos mais altruístas.

No capítulo II, denominado “O tempo dos antiquários''. Monumentos reais e monumentos figurados”; começa difundido a história de como surgiram os primeiros museus, assim agora denominados, passando pelos antiquários dos colecionadores eruditos. Dessa forma retrata-se as viagens que permitiram um maior conhecimento das antiguidades, bem como a exploração de locais novos e também culturalmente ricos.

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