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Conforto Ambiental e Mobilidade Urbana no Plano de Requalificação Urbanística e Inclusão Social

Por:   •  5/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  359 Visualizações

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Conforto Ambiental e Mobilidade Urbana no Plano de Requalificação Urbanística e Inclusão Social da Comunidade do Pilar, Recife –PE

Ewerton Cavalcante Silva

Linha de Pesquisa: Planejamento e Gestão

1.0_Introdução

 Nos últimos anos, vem se discutindo sobre a revalorização das áreas urbanas, trazendo em pauta principalmente o desenvolvimento sustentável, a requalificação de espaços, ocupação das áreas urbanas, assim como, a preservação e restauração do patrimônio.

Uma discussão proposta pela Carta de Lisboa (1995), intitulada de Reabilitação Urbana Integrada, define-se como requalificação relacionada a recuperação e operações que objetiva adaptar uma atividade especifica considerando o contexto atual do seu determinado local. Na cidade do Recife, essa requalificação vem por meio do Plano Diretor que prevê melhorias no desenvolvimento urbano e garante o direito a uma cidade sustentável, harmonizando as dimensões sociais, econômicas e ambientais.

Uma das dificuldades notórias na efetivação da proposta mencionada acima para a cidade do Recife e para a aplicação do Plano Diretor se encontra nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e nas áreas pobres com maior vulnerabilidade socioeconômica, por se tratarem de áreas com índice de pobreza elevada, falta de infraestrutura, qualidade ambiental, exclusão social e saneamento básico.

É a partir dos pressupostos elencados acima, que se concentra esse estudo na Comunidade do Pilar, que se localiza no bairro Recife, na região central da cidade, em meio a uma arquitetura histórica de significativa riqueza cultural econômica, onde vivem aproximadamente 1832 pessoas em 568 habitações insalubres.

Visto que, apesar de uma estrutura oferecida pela Prefeitura do Recife por meio do Plano de Requalificação Urbanística e Inclusão Social da Comunidade do Pilar a comunidade continua marginalizada e excluída do seu entorno, pois há uma discrepância na realidade do local. Deste modo, a pesquisa busca compreender a proposta urbanística do PRUISCP do ponto de vista qualitativo quanto aos condicionantes ambientais bioclimático e as condições mobilidade/acessibilidade da comunidade. Considerando que esses são elementos importantes no processo de inclusão sócio espacial da comunidade.

2.0_Objetivo

2.1_Geral

Analisar o Programa de Requalificação Urbanística e Inclusão Social da Comunidade do Pilar e propor diretrizes de intervenção ao plano, com foco no conforto ambiental e mobilidade urbana.

2.2_Especifico

  1. Identificar e caracterizar os aspectos de mobilidade urbana;
  2. Elencar os aspectos de sustentabilidade no plano;
  3. Identificar os possíveis impactos construtivos na comunidade e no bairro em relação as questões bioclimáticas.

3.0_Fundamentação Teórica

O ambiente urbano, é um lugar que operam diversos fatores que geram e formam o espaço urbano. A modificação do espaço requer um planejamento adequado que busque possibilitar o desenvolvimento das cidades, trazendo um planejamento ambiental e dando melhor condição social a população. Reafirmando isso Santos (1978, p. 145) indica que:

(...) o espaço organizado pelo homem é como as demais estruturas sociais, uma estrutura subordinada subordinante. É como as outras instâncias, o espaço, embora submetido à lei da totalidade, dispõe de uma certa autonomia.  

Ao observar os obstáculos de um determinado espaço, habitualmente se pensa no planejamento para obter soluções. Essa dificuldade também é encontrada no espaço urbano, tanto em suas características físicas, econômicas, sociais e culturais. Jorge Wilheim (1979) define o planejamento como uma análise crítica de uma determinada área urbana, buscando apresentar uma proposta desejável e possível, tendo em vista uma estratégia para a melhoria do espaço urbano.

Ao longo dos anos verifica-se que o planejamento vem trazendo diferentes tentativas de compreensão e de ordenamento do espaço. No Brasil esses conceitos se alternam entre mecanismos, legislações e prioridades, ou seja, reconhecer, localizar as predisposições naturais para evolução, assim como “estabelece as regras de ocupação de solo, define as principais estratégias e políticas do município e explicita as restrições, as proibições e as limitações que deverão ser observadas para manter e aumentar a qualidade de vida para seus munícipes” (REZENDE; CASTOR, 2006 apud DUARTE, 2013).

De acordo com Mota (1999) a realização do planejamento vem com critérios de avanços sustentáveis, assim busca compreender as necessidades atuais, para assimilar as possibilidades de um desenvolvimento futuro, fazendo a nova geração consciente das suas próprias necessidades. Nesse contexto o planejamento pretende direcionar as propostas ao desenvolvimento econômico e social do espaço, a inclusão social da população e a sustentabilidade.

Desta maneira, observa-se a importância do planejamento urbano e da necessidade de incorporar suas reflexões e ações, definindo e requalificando os meios para o seu cumprimento.  

Entretanto, mesmo com todo este arcabouço teórico relacionado ao planejamento, identifica-se uma realidade discrepante do desejado. Maricato (1999) aponta que o planejamento não é uma forma tão harmoniosa na prática, as propostas que são sugeridas em determinadas intervenções urbanas não condizem e não se preocupam com a realidade local, elas confrontam os conflitos e contradições quando buscam reverter uma situação específica no contexto geral. É preciso está em parceria com os moradores da área que vão sofrer a intervenção, pois não adianta uma proposta de planejamento urbano, se não houver ações de integração social e conscientização ambiental.

A arquitetura é responsável pela intermediação da compreensão do clima urbano e dos seus microclimas formando assim, os ambientes urbanos cuja percepção está no seu entorno. Dispondo de um conjunto de aspectos que precisam concordar com o espaço urbano para melhor desenvolvimento do ambiente. (MASCARÓ, 2009).

Nesse aspecto o conforto ambiental se tornou cada vez mais necessário e presente, para o aprimoramento da qualidade de vida das pessoas. De acordo com Júnior (2012) o conforto térmico é um dos fatores de maior relevância no conforto ambiental. Temperatura, ventilação e umidade relativa do ar, representam uma interação satisfatória no contato que as pessoas têm com o ambiente.  

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