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Grupo de Estudos de Design e Cultura

Por:   •  8/12/2019  •  Artigo  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  348 Visualizações

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QUELUZ (org.) e Grupo de Estudos de Design e Cultura (CEFET-PR). Design e cultura. Curitiba: Nobel, 1986.

        O capítulo Design e Cultura: os artefatos como mediadores de valores e práticas sociais de Marinês Ribeiro dos Santos apresenta os artefatos como “produtos culturais, mediadores de práticas e de valores socialmente compartilhados”.

A autora conceitua cultura como um processo social de produção de significados, capaz de manter ou transformar aspectos da forma de viver. Dessa forma, a cultura representa a sociedade e o design exerce um papel fundamental na materialização de práticas, valores e tecnologias referentes ao tempo e ao espaço em que os artefatos são produzidos e utilizados.

Sendo assim, os artefatos podem ser considerados produtos culturais, visto que são pensados e gerados para dar suporte as práticas sociais vigentes e podem até contribuir para a transformação destas práticas.

De acordo com a autora, ao nos apropriar de determinado artefato, estamos nos apropriando, também, dos modos de prática e dos significados carregados por ele, embora esses significados possam ser transformados de acordo com as dinâmicas sociais. Assim, o significado dos artefatos não depende somente dele mesmo, mas das relações estabelecidas com o âmbito social, o contexto em que se insere.

Para LARAIA (2003), a cultura é uma espécie de lente através da qual se vê o mundo, dessa forma, diferentes culturas correspondem a diferentes visões e comportamentos. Como consequência disso, podem ocorrer reações depreciativas quando determinado comportamento foge dos padrões considerados “normais” por um grupo social. Como exemplificação dessas diferenças culturais, pode-se salientar o uso de cadeiras no mundo ocidental, enquanto o mundo oriental costuma sentar-se no chão, ou em almofadas.

Dessa forma, percebe-se que os artefatos fazem parte de uma herança cultural e estão intimamente ligados aos valores e crenças dos seus usuários. A preservação dos valores culturais pode se relacionar, ainda, com a saúde física e mental do ser humano: horários de alimentação que variam de acordo com o grupo social, deformações no corpo devido a valores estéticos como o uso do espartilho, o uso de sapatos com salto alto e bico fino, entre outros. Para compreender esses hábitos, é necessário conhecer as relações em conjunto: hábitos, crenças e valores.

Vale ressaltar que os sistemas culturais estão em constante processo de transformação, as modificações podem ser resultado de uma dinâmica interna ou de influência de ouros sistemas. Sendo assim, para Cuche, os sistemas culturais estão permanentemente em processo de construção, desconstrução e reconstrução. Os artefatos, como produtos culturais, também se modificam, acompanhando as transformações de valores e práticas sociais, podendo desaparecer (deixar de ser usado) ou se atualizar (conforme novas necessidades e tecnologias). Sendo assim, os artefatos e seus significados podem ser alterados ao longo do tempo.

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