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O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Por:   •  26/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.851 Palavras (16 Páginas)  •  168 Visualizações

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                                CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

                   PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL IV

      PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

                                            RIO SEMPRE RIO

                                                                         Geovana Gabrielle Aguiar Mota

                                            SOBRAL-CE/2021

Introdução:

  O presente trabalho traz informações sobre o desenvolvimento do plano estratégico do Rio de Janeiro, O Rio Sempre Rio, através do estudo do sobre o plano e sua trajetória estratégica e sua elaboração caracterizada pela participação dos atores sociais relevantes, público e privado, juntamente com sua metodologia participativa que envolveu também os cidadãos. A cidade do Rio de Janeiro ganha destaque nesse cenário de projetos e planos de natureza estratégica, por ser a primeira metrópole brasileira a manifestar um modelo de projeto próprio, tendo como inspiração as experiências internacionais pioneiras. A versão final do plano foi entregue em 1995, entretanto, não representou o fim do Rio sempre Rio.

  O planejamento estratégico da cidade foi iniciado em 1993, no primeiro ano de gestão do prefeito César Maia, que foi caracterizada por uma grande exposição à mídia e pela criação de grandes projetos de reestruturação urbana. Contudo, apesar do plano ter sido desenvolvido e partido de uma iniciativa da prefeitura, o prefeito César Maia não fez desse planejamento estratégico a sua marca pessoal, repetindo que “O Plano é da cidade, não é da prefeitura” (entrevista com César Maia, 25 jul. 1997). Por trás de todo esse projeto houve a liderança do então prefeito com a condução resultante de uma parceria público-privada incorporando atores externos à organização estrutural da prefeitura, esse plano foi desde uma iniciativa local para o desenvolvimento, até o envolvimento de diversas forças de manifestação política e econômica da cidade.

     Apesar do início do plano Rio sempre Rio ter sido em 1993, pouco se era discutido sobre o tema, não existiam diversidade de trabalhos publicados. Dessa forma, era imprescindível e de grande relevância que houvesse um estudo aprofundando, visto que no momento outras cidades do Brasil passam a se interessar em lançar planos estratégicos inspirados na experiência do Rio. O conhecimento pretendido alcançar era relacionado aos aspectos organizacionais do plano estratégico e não somente no aspecto do planejamento urbano ou gestão da cidade, portanto, o foco da análise está direcionado para o funcionamento do Rio sempre Rio. Essa visão do processo organizacional trouxe um importante avanço no estudo das cidades, “A cidade é percebida como uma grande teia de organizações” (Fisher, 1997).

     

     

Rio sempre Rio

  “O contexto das cidades no século XXI”

   Com as grandes mudanças acontecendo no mundo, as cidades consequentemente passam a ser palco dessas transformações, não dá mesma forma, pois as cidades se diferem entre si em diferentes aspectos. No momento vigente em que o plano estratégico estava sendo desenvolvido muitas eram as aspirações a respeito de como seriam as cidades do século XXI. “Uma nova sociedade apoiada em novos modelos de organização e de espaços públicos, fundamentalmente, apoiada em novos valores.” O desejo era de que o futuro não fosse olhado como uma continuação do passado, mesmo que o presente houvesse êxito, era necessário que houvessem mudanças podendo conter inseguranças e incógnitas, mas também podendo ser algo benéfico a todos.

     Muitas previsões dessas mudanças foram apontadas no plano e de fato foram assertivas, como uma maior demanda por todos os tipos de serviços: lazer, cultura, compras, e consequentemente a necessidade de mecanismos eficientes de comunicação e mobilidade para as pessoas. No sistema educativo, transformações envolvendo educação a distância e formação profissional integrada com as empresas. No meio ambiente, o crescimento da preocupação com a qualidade e preservação, que se se convertem em pontos fundamentais para um desenvolvimento eficiente.

    A cidade já era entendida como um espaço simbólico, de integração cultural, da identidade de um povo e não só um espaço que concentra pessoas, a partir dessas perspectivas, as mesmas tornaram- se importantes motivações para a elaboração dos planos estratégicos urbanos visto que as cidades são onde se produzem as respostas para os desafios econômicos, políticos e sociais impostos nesse novo contexto.

“Diagnóstico do Rio”

   Através do plano estratégico, foi desenvolvido pela primeira vez um diagnóstico detalhado envolvendo vários aspectos da cidade do Rio de Janeiro, foi identificado as tendências globais ou locais sobre cada tema e a relação dele com a situação da cidade, por meio do enfoque de pontos fracos e pontos fortes, ou seja, elencando potencialidades do Rio em relação a tendências que deveriam ser desenvolvidas, ou fragilidades que deveriam ser minimizadas para que a cidade cresça sob a ótica do futuro. Os 7 aspectos desenvolvidos foram: Atratividade da cidade, emprego, dinâmica urbana, qualidade de vida, imagem e cidadania e administração pública. “O grande mérito desse trabalho foi a nova forma de abordagem da cidade, organizada de modo abrangente e introduzindo o planejamento estratégico.”

“Planejamento estratégico: Conceitos e benefícios.”

   Além do plano propriamente dito, o Rio sempre Rio traz conceitos importantes para o conhecimento e entendimentos a respeito das motivações e significados envolvendo o planejamento estratégico:

O que é o planejamento estratégico urbano?

• Um pacto de consenso entre agentes públicos, privados e cidadãos em prol de transformações que beneficiem a todos.

• Uma metodologia de transformação da cultura urbana, que permite superar métodos impositivos por novas

formas de antecipação do futuro desejado e possível.

• Um desafio que consiste em definir o futuro desejável e os meios reais para alcançá-lo.

• Um compromisso com a ação

Objetivos

• Determinar metas estratégicas para que a cidade ganhe competitividade e melhore a qualidade de vida a médio prazo.

•Estimular a convergência das estratégias dos agentes locais, com capacidade e recursos organizacionais, humanos e financeiros, para elaborar e realizar um projeto possível da cidade desejada

Atores do processo

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