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Resumo do Cândido Malta. Reinvente seu bairro: Caminhos para você participar do planejamento de sua cidade

Por:   •  27/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.349 Palavras (14 Páginas)  •  87 Visualizações

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CAMPOS FILHO, Cândido Malta. Reinvente seu bairro: Caminhos para você participar do planejamento de sua cidade. São Paulo: Editora 34, 2003.

“O ambiente de moradia, uma espécie de âncora do cidadão no espaço urbano, é o nosso ponto de partida. Mas será focado o ambiente interno detalhado da moradia, ou seja, a sua arquitetura específica, mas sim o tipo de edifício em que se localiza, e o que este tipo pressupõe como estilo de vida urbano. Os edifícios como organização interna pressupõem uma ideia de cidade e isso é poucas vezes percebido. Como, por exemplo, a ausência de quintais ou espaços de lazer privados ou lote de moradia produz provavelmente uma carência a ser resolvida no espaço coletivo da rua, da praça ou até em espaços privados ou semi privados de vizinhos. [...]” (P.15)

O nosso estilo de conviver em coletividade é bastante semelhante em diferentes espaços, e consequentemente os mesmo desafios a serem enfrentados.

“Essa abordagem pela frequência da demanda tem a qualidade de colocar a questão da mobilidade urbana em foco, que é o maior problema urbano da cidade. Em princípio, podemos dizer que para o morador interessa que, quanto maior for a frequências da demanda, mais fácil deve ser o acesso a esse comércio ou serviço. [...]” (P.18)

Quanto maior a cidade e maior o número de habitantes mais temos que facilitar a locomoção, e não construindo mais vias, pois isso estimula o uso aumenta a quantidade de veículos, devemos deixar o espaço mais propício e que convide as pessoas a se locomoverem de bicicletas ou a pé.

“De um lado, há o problema da família fazer com que a criança vá para a escola sem segurança. Isso ocorre tanto com a criança que precisa ser levada no colo e acompanhada pela mãe ou pessoa mais velha de confiança, como com aquela que pode ir sozinha, a pé ou de condução.” (P.19)

Hoje com a falta de segurança nas cidades as torna um ambiente perigoso para todos e ainda mais para as crianças é preciso criar políticas públicas de segurança e infraestrutura que permitam que todos transitem de forma segura.

“A proximidade espacial do comércio e dos serviços estará definida pelo mercado imobiliário, em grande medida, quando não houver planejamento público ou privado interferindo nessa lógica, no que se refere àqueles que são oferecidos pelo setor privado. Aqueles que dependem de oferta pública ficarão na dependência de critérios públicos de localização de seus equipamentos de educação, saúde e lazer.” (P.21)

Hoje a configuração da cidade não é pensada de forma coletiva e sim nos interesses particulares, prova disso é quando pessoas principalmente de baixa renda precisam percorrer longas distâncias todos os dias, seja para trabalho ou em busca de algum serviço.

“Esse espraiamento da tranquilidade encontra-se hoje conflitando com o uso cada vez mais intenso dos veículos, que provocam a degradação ambiental do espaço de uso coletivo. Inclusive a violência urbana do roubo, do assalto e do sequestro, por sua vez, se soma à poluição ambiental trazida pelo excesso de veículos, e conjuntamente empurram os cidadãos para trás de grades e paredes e trancas e sistemas cada vez mais sofisticados de alarme e supervisão, isolando-os do espaço de uso coletivo, separando e isolando os cidadãos entre si.” (P.24)

Esse tipo de comportamento é prova de que medidas são feitas de forma individual e não forma coletiva, pessoas cada vez mais se isolando, com a falta de políticas públicas voltadas para segurança coletiva estimula o pensamento e a medidas individualistas.

“Lutar pela qualidade de vida, o que para a maioria dos cidadãos provavelmente significa um estilo de vida mais tranquilo, é lutar por um cálculo científico de intensidade de usos permitida pelo zoneamento em coerência com determinado sistema de transporte existente ou a ser construído, previsto por um sério e sistemático planejamento. É isso que esperamos ainda do novo Plano Diretor, num segundo tempo, como se verá a seguir.” (P.27)

Hoje a maioria das pessoas batalham todos os dias para conseguir uma melhor qualidade de vida, como conseguir chegar mais rápido no trabalho, morar em lugar seguro, morar perto de equipamentos básicos e ter direito ao lazer, entretanto, tudo isso já deveria ser proporcionado a todos através de um plano diretor.

“O nível dos Planos Regionais e das subprefeituras apresenta dificuldades técnicas de definição, pois as bacias de circulação não coincidem minimamente com as dos distritos mais por critérios burocráticos e políticos, e não por problemáticos urbanas a serem resolvidas, como a dos congestionamentos, por exemplos, é preciso se raciocinar por bacias de tráfego.” (P.31)

A maioria das grandes cidades sofrem com problema de mobilidade urbana, é preciso que o poder público pense e formas de resolução do problema, o que não acontece.

“Pesquisas realizadas nos Estados Unidos por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, na região metropolitana de São Francisco, mostram que lá existe uma concordância pública de que, para até três veículos por minuto, ou cerca de 180 por hora, há uma convivência pacífica e até produtora de uma animação da vida de rua e, portanto, entre os moradores e usuários dos prédios lindeiros a ela e os que passam por ela a pé ou no interior de veículos. Aumentando para a faixa de três a oito veículos por minuto, o nível de perturbação passa a ser pior porém tolerável. Mas quando o seu número aumenta para mais de oito por minuto, ou seja, um veículo a cada 7 ou 8 segundos, entra-se na faixa de um nível ambiental da rua muito desagradável e os cidadãos abandonam as ruas como espaço de convívio e se isolam dentro dos lotes e suas edificações, criando barreiras protetoras entre o espaço público degradado e o espaço privado, resguardado. No entanto, por isso os especuladores querem mudar o zoneamento, permitindo usos mais intensos ao longo dessas vias, que

vão se transformando em corredores de circulação.” (p. 32)

Quanto maior o tráfego de veículos em determinadas vias, menos as pessoas usam o espaço público e procuram sossego nos espaços privados, por isso deve-se pensar em espaços propícios para circulação de pessoas a pé ou bicicleta menos vias para carros.

“Esse conceito corresponde a um sistema de linhas de transporte coletivo, sobre trilhos ou sobre pneus, formando malhas que, quando estamos dentro de

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