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O TRANSPORTE PÚBLICO E SUAS RELAÇÕES COM A DINÂMICA URBANA O CASO DO VLT DE LYON – FRANÇA

Por:   •  22/11/2020  •  Resenha  •  1.526 Palavras (7 Páginas)  •  161 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA

PLANEJAMENTO DOS SISTEMAS URBANOS

 

PROF. DR. IGOR J. B. VALQUES

ALUNO: DAVID AMÉRICO NAKAGAWA

TRANSPORTE PÚBLICO E SUAS RELAÇÕES COM A DINÂMICA URBANA:  O CASO DO VLT DE LYON – FRANÇA

Maringá

2020

David Américo Nakagawa

TRANSPORTE PÚBLICO E SUAS RELAÇÕES COM A DINÂMICA URBANA:  O CASO DO VLT DE LYON – FRANÇA

Resenha crítica apresentada como requisito para a Obtenção da nota parcial a disciplina de Planejamento Dos Sistemas Urbanos, pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana da Universidade Estadual de Maringá, ministrada pelo professor Dr. Igor J. B. Valques.

Maringá

2020

CAPÍTULO 15 - TRANSPORTE PÚBLICO E SUAS RELAÇÕES COM A DINÂMICA URBANA:  O CASO DO VLT DE LYON – FRANÇA

        RIBEIRO, E. L., et al. Transporte público e suas relações com a dinâmica urbana: o caso do VLT de Lyon – França. In: Estudos Urbanos: uma abordagem interdisciplinar da cidade contemporânea. 1ª Edição. Tupã/SP: ANAP, 2015.         p.269-289

        O capítulo inicia destacando os transportes como elementos centrais de estruturação do espaço intraurbano, já que ações produzidas no transporte geram impactos na organização urbana e vice-versa. Os autores destacam dois atributos dos transportes no espaço urbano:

- ACESSIBILIDADE, que se trata da facilidade de atingir os destinos desejados, a disponibilidade de espaços viários ou de sistemas adequados à circulação;

- MOBILIDADE, que representa a quantidade de deslocamentos que ocorrem na cidade, tendo como referências o ponto de origem e o ponto de destino, e tem relações com as desigualdades sociais e a segregação;

        Segundo o texto, a escolha do modal de transporte é uma decisão importante para o planejamento e desempenho da cidade, pois a opção entre ônibus e trilho, por exemplo, traz influências diferenciadas no entorno, ocorrendo impactos urbanos, a médio e longo prazos. Assim, a tecnologia pode determinar os impactos ambientais (poluição, ruído, energia, etc).

        Os autores discorrem como na França um processo evolutivo de preocupação ambiental buscando aumento da eficiência da utilização da energia e a elaboração dos Plans de Déplacements Urbains - PDU [planos de transporte urbano], levaram à difusão relativamente recente de linhas de transporte público de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Um sistema flexível, de média capacidade, capaz de atender as demandas ligeiramente superiores às de ônibus, mas não tanto quanto às de metrô, que circula mais facilmente em áreas urbanas pedestrianizadas, como calçadões, áreas centrais, centros universitários, etc. por gerar menos impactos negativos e riscos à população.

        Em seguida são apontadas algumas vantagens secundárias da implantação de novas linhas de VLT (tramway) na França; elas teriam contribuído à melhoria do desenho do mobiliário urbano, por intermédio de suas estações, com formas mais bem elaboradas, exemplos de artes contemporâneas. E ainda, estimularam a integração com os demais modos de transportes (integrações modais, estacionamentos periféricos, bicicletários integradores, etc.), bem como as soluções de acessibilidade às pessoas com dificuldades de locomoção e as informações contínuas e em tempo real.

O VLT DE LYON – FRANÇA

        Começa então um estudo de caso sobre a cidade de Lyon, indicando alguns dos objetivos do PDU (Plans de déplacements urbains) local, aprovado em 1997: a melhoria da qualidade dos espaços públicos urbanos, com redução de impactos, tais como acidentes de circulação, ruído de tráfego e poluição atmosférica; a acessibilidade em todos os setores da aglomeração; e a melhoria da equidade e da segurança.

        Para auxiliar na aplicação do plano, foram implantadas as duas primeiras linhas do VLT moderno em Lyon, T1 (Perrache – Campus La Doua) e T2 (Perrache – Porte des Alpes), que visava: o funcionamento não poluente (não emissor de gás efeito estufa); atender áreas até então isoladas; a melhoria e requalificação urbana do setor servido; e reduzir as áreas reservadas aos automóveis sobre as vias, estimulando mudanças de hábitos nos deslocamentos.

        De acordo com o texto, esse conjunto de implantações  de novas linhas e prolongamento das existentes integrado aos outros modais de transportes, tais como o metrô, os funiculares, os corredores de trólebus e ônibus, o sistema de locação de bicicletas de utilização pública, ofereceu alternativas bem mais viáveis que a utilização do automóvel, contribuindo para descongestionar, requalificar e revitalizar as áreas mais centrais.

        Na sequência, é apresentada uma avaliação das metodologias utilizadas no estudo de impacto dos VLTs franceses e seus enfoques principais. Verificou-se que no caso dos chamados VLTs de primeira geração, particularmente, os de Nantes (1985); Grenoble (1987) e Strasbourg (1995), a metodologia mais utilizada foi a de se avaliar apenas a conformidade com as normas e leis vigentes.

        Já com as linhas de VLT criadas nas cidades que constituem a chamada 2a. geração, as metodologias observadas comparavam a situação das faixas de cada lado do corredor antes e depois da instalação do VLT e também analisaram os impactos de outros setores urbanos como polos atrativos, mudanças de usos, imóveis vazios e balanços comerciais.

        No caso de Lyon, os autores informam que os estudos feitos no ano da inauguração das linhas T1 e T2 do VLT acabaram criando uma má impressão, mais pessimista em relação à segurança e ao comércio, em função das críticas e da memória recente dos impactos negativos ocorridos durante as obras de implantação. Mas que 4 anos depois, em 2005, foi realizada uma nova pesquisa focada em dois trechos de ruas centrais sob influência das linhas, comparando evoluções ocorridas ao longo do tempo, uma enquete mais subjetiva, visando compreender aspectos mais ligados ao comportamento dos consumidores e às mudanças nas próprias características comerciais.

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